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Abacaxi flambado com rum

Abacaxi flambado com rum

Por Julia

Abacaxi cortado em quartos, caramelizado num banho de manteiga e bordo, envolto em baunilha e flambado com rum escuro. Receita sem nozes, lactose e glúten, adequada para vegetarianos. Técnica que explora aromas e texturas, resultando num prato quente, suculento e com toque alcoólico delicado. Serve quatro, ótima finalização rápida pra jantar informal ou sobremesa simples. Conta com truques para evitar queimar e dicas pra substituir rum por cachaça sem perder charme. Caramelo homogêneo e a crosta dourada sinalizam ponto de cozimento, enquanto flambagem dá cheiro envolvente e dramático. Pode acompanhar sorvete pra refrescar e contrastar.
Preparo: 18 min
Cozimento: 12 min
Total: 30 min
Porções: 4 pessoas
#receita acessível #culinária brasileira #sobremesa quente
Já fiz várias versões desse abacaxi flambado e percebi que a chave está na paciência. Não adianta correr no caramelo, se queima, amargo, tira a graça. Precisa do momento exato em que o xarope com manteiga e baunilha começa a borbulhar devagar e fica com tom dourado, brilhante. Aí o abacaxi solta seu líquido, mistura, carameliza por fora. Depois a flambagem, que além de drama sensorial, cozinha rápido e solta aroma intenso de rum – meu segredo é usar cachaça envelhecida pra um toque mais brasileiro. Finalizar quente, molhadinho, com contraste do sorvete acrescenta frescor. Sempre deixo a panela tampada pra terminar cozimento uniforme e evitar que seque. Pode apostar numa pitada de noz-moscada durante o preparo do caramelo; quebra a doçura e dá um quê exótico. Fica sofisticado, mas é facílimo na cozinha pra quem tem olho pro ponto certo e paciência pra flambear.

Ingredientes

  • 1 abacaxi médio
  • 120 ml xarope de bordo (¼ de xícara mais 1 colher)
  • 50 g manteiga sem sal
  • 1 fava de baunilha, aberta e sementes raspadas
  • 60 ml rum escuro (ou cachaça envelhecida)
  • pitada de noz-moscada ralada (substituição surpresa)
  • Sobre os ingredientes

    Abacaxi maduro, firme, é essencial. Não use fruta muito mole senão desmancha ao cozinhar. O xarope de bordo pode ser substituído por mel claro ou açúcar mascavo dissolvido em água quente (70 ml com 1 colher de manteiga). A manteiga não pode ser salgada porque altera o sabor e reduz a caramelização correta. A fava de baunilha entrega aroma natural, mas pode ser substituída por essência, com menos intensidade. Escolha rum escuro para flambagem; cachaça envelhecida deixa mais tropical e mais brasileiro. Noz-moscada é um toque extra opcional para quebrar a doçura. A flambagem deve ser feita com álcool com potência mínima de 40% para pegar fogo de verdade. Nunca congela abacaxi antes — perde textura e sabor. Use panela com fundo grosso para distribuir calor sem queimar. Teste o ponto do caramelo observando cor e cheiro — passa do âmbar claro e escurece demais vira amargo.

    Modo de preparo

  • Comece pelo abacaxi. Descasque com faca afiada e corte em quatro fatias longas. Remova o miolo duro com cuidado pra não perder muita polpa. Reservar numa tigela.
  • Pegue uma panela larga ou frigideira de fundo grosso. Coloque o xarope de bordo, manteiga e a fava de baunilha com suas sementes. Ligue fogo médio-baixo. Mexa de leve pra ajudar a mistura incorporar. A hora é aquela em que começa a formar bolhas pequenas e a cor fica âmbar claro, sinal de caramelo começando.
  • A bacana é sentir o aroma, o doce e a baunilha dançando pelo ar — quase um convite. Quando vir que o caramelo está ligeiramente espesso, mas não queimado nem escuro, é hora de por o abacaxi. Com cuidado, coloque-os com a parte arredondada pra baixo na panela – ela vai criar a crosta dourada.
  • Deixe por 2-3 minutos sem mexer até que a base esteja douradinha e começando a caramelizar. Se virar antes, perde a crosta; se deixar demais, queima tudo. O barulho vai ser aquele crepitar gostoso, quase abafado. Retire com pegador para só virar a fruta.
  • Hora do rum: cuidadosamente despeje o álcool na panela. Vai soltar vapores fortes, um cheiro explosivo. Não retire a panela do fogo. Use um fósforo longo ou acendedor pra flambear. Sempre se protege, mantenha distância. O fogo sobe alto e rápido, mas não demora a sumir. Essa flambagem libera aroma complexo e cozinha rapidamente a fruta por dentro.
  • Tampe a panela e abaixe o fogo. Deixe cozinhando uns 3-4 minutos até o caramelo ficar uniforme, brilhante. O tempo varia, melhor ver pela textura e brilho do molho que deve engrossar um pouco e envolver a fruta.
  • Retire a fava de baunilha para não amargar. Sirva imediatamente, quente. Molhe a fruta com o caramelo e, se quiser, coloque uma bola de sorvete de creme ou coco. O contraste quente-frio é um clássico.
  • Dica: se não tiver xarope de bordo, use mel claro, mas diminua um pouco a manteiga para não pesar. Cachaça envelhecida deixa a flambagem mais brasileira e incorpora nuances rústicas.
  • Problema comum: fogo apagando na flambagem. A panela pode estar fria demais; aqueça levemente antes do rum. Ou álcool muito fraco. Use rum com pelo menos 40% de teor.
  • Se o caramelo começar a queimar, tire rápido do fogo, mexa com colher molhada — ajuda a parar o cozimento. Não esqueça que açúcar queima muito rápido, fique sempre de olho no ponto antes de colocar o abacaxi.
  • O truque com noz-moscada é adicionar uma leve pitada no caramelo antes do abacaxi. Vai dar um toque inesperado, mas sutil, que lembra as misturas de tempero nordestinas com frutas tropicais.
  • Dicas de preparo

    O segredo está no ponto do caramelo. Ao aquecer xarope, manteiga e baunilha no fogo médio-baixo, fique atento à mudança: bolhas pequenas, brilho intenso, aroma doce e persistente. Coloque o abacaxi devagar, para não bagunçar a crosta que começa a formar. Virar cedo demais evita a caramelização. Flambar sensorialmente — fogo alto, cheiro alcoólico marcante que some rapidamente. Tapar a panela após flambagem cria vapor e mantém suculência. Observe a textura do molho que engrossa e gruda na fruta. Retire a fava antes de finalizar para evitar amargor. Servir quente, com sopa quente e sorvete gelado para contraste. Caso o fogo não pegue, aqueça a mistura, teste o álcool e não use panela fria. Se o caramelo escurecer rápido, retire do fogo e mexa com colher umedecida. Praticidade: pré-aqueça os utensílios e tenha o fósforo em mãos pronto para acender, evita drama na flambagem. A pitada de noz-moscada torna o prato mais complexo, porém discreto.

    Dicas da chef

    • 💡 Use um abacaxi maduro. Não pegue o muito mole, senão desmancha. O certo é firme, bem docinho. Caramelo precisa de atenção. Fique de olho, não deixe escurecer. Na hora de flambear: panela muito fria não rola. Aqueça antes. Se não pega fogo, pode ser o álcool, tem que ter pelo menos 40%.
    • 💡 Se o caramelo queimar, tire do fogo já. Use colher molhada pra dar um jeito. Dica: pitada de noz-moscada faz uma diferença incrível. Não sou fã de receitas sem personalidade. É sutil, mas traz um ar exótico. Mistura bem com a baunilha e o doce do abacaxi.
    • 💡 O xarope de bordo pode ser trocado por mel. Mas diminua a manteiga, não pode pesar. O sabor fica diferente, mas não menos gostoso. Se for usar cachaça envelhecida, é excelente. Taste uma aqui, outra ali depois que flambar, deixa mais tropical. Valoriza o prato.
    • 💡 A altura do fogo na flambagem conta muito. Fogo baixo não resolve, e se é alto demais pode passar do ponto. A prática é a mestre. Tente várias vezes, aprenda a controlar temperatura. Sempre tampo a panela após flambagem pra evitar que fique seco. Cozinha bem.
    • 💡 Ao servir, não esqueça do sorvete. O contraste quente e gelado é uma explosão. Um especiaria lá, um sabor acolá. Tem que ter paciência para o caramelo, não dá pra correr. O segredo é o brilho e as bolhas pequenas que vão subindo antes de colocar o abacaxi.

    Perguntas frequentes

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