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Avós recheados de maçã

Avós recheados de maçã

Por Julia

Bolinhos cozidos no fogo, embebidos em calda de bordo com pedaços de maçã no centro. Uma sobremesa que combina tradições canadenses com toque brasileiro. Sem ovos, sem castanhas, textura que equilibra maciez e firmeza. Levemente adocicado, aroma intenso de baunilha e a rusticidade do bordo dissolvendo na boca.
Preparo: 25 min
Cozimento: 20 min
Total: 45 min
Porções: 16 porções
#sobremesa #canadense-brasileira #fruta #calda doce #vegan
Figuras do meu aprendizado na cozinha — bolinhos cozidos no xarope de bordo, recheados com fatias de maçã. Receita típica do Canadá, mas adaptada aqui com toques mais brasileiros, como a pitada de canela e o uso ocasional de leite vegetal. Sempre observei como o aroma do bordo se intensifica com a baunilha e como o cozimento cuidadoso faz toda a diferença para textura final — macia, mas sem virar papinha. Aprendi a reconhecer quando está no ponto pelo formato dos bolinhos e a fervura da calda, que precisa ser constante, mas controlada pra não caramelizar demais. Cozinhar assim é escutar a panela e sentir o cheiro se espalhando, saber qual é o momento de retirar.

Ingredientes

  • 420 ml (1 3/4 xícara) de farinha de trigo comum
  • 25 ml (1 1/2 colher de sopa) de açúcar cristal
  • 8 ml (1 1/2 colher de chá) de fermento químico em pó
  • 25 ml (1 1/2 colher de sopa) de manteiga derretida
  • 5 ml (1 colher de chá) de extrato puro de baunilha
  • 200 ml (um pouco menos de 1 xícara) de leite integral ou leite de amêndoas para versão vegana
  • 500 ml (2 xícaras) de xarope de bordo claro
  • 400 ml (1 2/3 xícara) de água filtrada
  • 1 maçã média, preferencialmente Gala ou Fuji, descascada, sem sementes e cortada em 16 pedaços
  • 1 pitada de canela em pó (opcional, para um toque especial)
  • Para finalizar: Sorvete de creme ou nata fresca (opcional)
  • Sobre os ingredientes

    Alterei um pouco as quantidades para harmonizar com ingredientes facilmente encontrados aqui no Brasil e para obter uma massa mais leve e menos doce. Trocar parte do leite por vegetal serve para quem tem intolerância e ainda mantém a massa úmida. Use fermento químico fresquinho para garantir a expansão dos bolinhos – velho tende a não funcionar bem. O açúcar foi reduzido para balancear o doce intenso do xarope de bordo. A canela é opcional, mas confere um toque de conforto, combinando especialmente com maçãs gala, muito comuns por aqui. Caso não tenha manteiga, óleo de coco é uma substituição apropriada, mas altera o sabor, fique ligado.

    Modo de preparo

  • Misture bem a farinha, o açúcar e o fermento numa tigela grande; deixando tudo bem uniforme. Use uma colher de pau para não ativar o glúten antes da hora; isso deixa a massa firme, mas fofinha depois.
  • Junte a manteiga derretida ainda morna - cuidado para não queimar; o calor intenso pode cozinhar o leite na mistura e formar grumos. Adicione o extrato de baunilha e o leite aos poucos, mexa até formar uma massa homogênea porém um pouco pegajosa.
  • Enquanto isso, coloque o xarope de bordo com a água numa panela larga e funda e leve ao fogo alto até começar a borbulhar, criando aquele som de fervura patrolada; é quando a calda está pronta para receber os bolinhos.
  • Um truque que aprendi: molhar as mãos com água gelada para modelar as bolas de massa evitando que grude. Faça cerca de 16 bolinhas, não muito grandes, senão demora e cozinha por fora e por dentro fica cru. Em cada bolinha, pressione um pedaço de maçã no meio, até sentir que está bem firme; isso garante que o centro fique úmido e com sabor na medida.
  • Com cuidado, coloque cada bola na calda quente, uma por vez, para não baixar a temperatura do xarope. Vá acomodando sem apertar; os bolinhos vão crescer e soltar um cheiro de caramelo e maçã cozida que avisa que tá quase no ponto.
  • Cubra a panela com uma tampa, mas deixe uma pequena abertura pra o vapor escapar; mexer pode desmanchar os bolinhos. Ajuste o fogo para médio e deixe cozinhar por uns 18 minutos, até que eles incharem e ficarem com uma textura macia, mas firme ao toque. Se o tempo estourar, a massa fica grudenta e pesada.
  • Depois do cozimento, retire com uma escumadeira e coloque num recipiente fundo para servir. A calda deve estar brilhante, levemente espessa, perfeita pra mergulhar cada bolinho.
  • Sirva quente, acompanhando com sorvete de creme ou uma colherada de nata fresca para equilibrar a doçura e a densidade; lembro a primeira vez que fiz e servi; o contraste emociona. Sem sorvete também funciona, só preste atenção pra molhar bem na calda.
  • Se quiser dar um toque diferente, substitua o xarope de bordo por mel de florada silvestre, ou o leite por um vegetal como aveia, adicionando capricho no aromatizante - use casca de laranja ralada junto à baunilha na massa.
  • Dicas de preparo

    A ordem do preparo importa para evitar que a massa fique dura ou líquida em excesso. Misturar os secos antes evita formação de grumos de fermento. Para acrescentar a manteiga e baunilha, espere que a temperatura dos ingredientes líquidos esteja morna para não estragar o fermento. Molhar as mãos é um conselho prático para evitar que a massa grude – sempre subestimado. O segredo está em observar o formato dos bolinhos e a intensidade da fervura; uma calda muito quente queima por fora, que deixa cru por dentro. O cozimento ideal produz bolinhos que flutuam ligeiramente e têm aroma doce forte; o visual deles ajuda a entender se eles passaram do ponto. Sirva logo depois para garantir a melhor experiência. Enrolar os bolinhos com cuidado e manter a temperatura constante são as maiores dificuldades. Tentei também usar panela de ferro, mas a fundo de inox fino distribuía melhor o calor.

    Dicas da chef

    • 💡 A massa precisa ser bem misturada. Sem grumos. Use colher de madeira. Evita o glúten. Bolinhos fofinhos, textura leve. Sabe, cada detalhe conta. Mistura seca primeiro. Depois, adicione os líquidos. Mantenha a calma na temperatura. Erro comum é deixar a manteiga quente demais.
    • 💡 Gelando as mãos é dica prática. Massa gruda fácil. Molhar com água fria. Forma pequenas bolinhas. Não muito grandes, cuidado. Pede paz na modelagem. Cada bolinha deve receber um pedaço de maçã. Pressione bem. Centrar a maçã é chave. Garante suculência no recheio.
    • 💡 A fervura da calda dá sinal. Não deixe secar, tá? Isso queima e endurece. Lembre-se, panela tampada. Pequena abertura para o vapor sair. Menos chance de desmanchar os bolinhos. Fogo médio é crucial. Cozinhe por 18 minutos; eles incham e ficam parecendo nuvens.
    • 💡 Se preferir uma versão vegana, use leite de amêndoas. Funciona muito bem. Ou leite de aveia, gosto suave. Doçura do xarope é intensa. Reduza o açúcar na massa. Canela, a meu ver, é opcional. Mistura sabores, mas não domine. Rale casca de laranja também. Um toque fresco.
    • 💡 Dica valiosa: sirva imediato. Calda brilha e os bolinhos ainda macios. Sorvete ou nata fresca? Salva o dia. Equilibra a doçura intensa. Reconhecer o ponto é fundamental. Pegue a prática de olhar e sentir. Cosinha é muito sobre intuição. Aprendi isso com o tempo.

    Perguntas frequentes

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