Aller au contenu principal
RF

Barrinhas de Limão Revisitadas

Barrinhas de Limão Revisitadas

Por Julia

Versão adaptada das clássicas barrinhas de limão, com ajustes na crosta e recheio para um toque pessoal e prático. A crosta troca a farinha tradicional por metade integral e um toque de açúcar mascavo para cor e sabor mais terroso. A manteiga vira óleo de coco, ótima para quem busca subtileza e textura quebradiça. O recheio perde o creme para virar leite de coco, junto com raspas e suco de limão siciliano, que trazem acidez vibrante. A receita orienta a usar sinais visuais de forno e textura para saber o ponto, mais confiável que tempo exato. Resultado são 36 quadradinhos que equilibram doce e azedo, e textura macia. Um desafio com retornos deliciosos na cozinha.
Preparo: 30 min
Cozimento: 55 min
Total:
Porções: 36 quadradinhos
#limão #desserto #caseiro
Essas barrinhas de limão são um exercício de paciência e observação. Troquei a farinha branca aos poucos por integral para um fundo mais rústico. Manteiga virou óleo de coco para uma crosta que esfarela na boca sem pesar. O recheio de limão ganha leveza com o leite de coco e um toque de amido que evita que vire uma baba. Sempre fui da teoria que cozinha não pode ser só seguir receita, tem que sentir – quando a crosta dobra cor e cheiro, quando o recheio não é líquido demais. Aprendi mexendo com diferentes fornos e ingredientes e trouxe esse equilíbrio, com ajustes, para um resultado que cativa a vista e o paladar.

Ingredientes

Crosta

  • 155 ml farinha integral (2/3 xícara)
  • 155 ml farinha branca (2/3 xícara)
  • 50 ml açúcar mascavo (1/4 xícara)
  • 3 ml fermento em pó (1/2 colher chá)
  • 90 ml óleo de coco (justo derretido, 6 colheres sopa)
  • Recheio de limão siciliano

    • 200 ml açúcar refinado (quase 1 xícara)
    • 25 ml amido de milho (2 colheres sopa)
    • 125 ml suco de limão siciliano (1/2 xícara)
    • 2 ovos caipiras
    • 125 ml leite de coco integral
    • Raspas finas de 1 limão siciliano
    • Açúcar de confeiteiro para polvilhar

Sobre os ingredientes

Usar farinha integral na medida certa é fundamental para não perder a textura crocante. O açúcar mascavo precisa estar bem dissolvido para não criar grumos e transformar o sabor da crosta. O óleo de coco deve estar líquido, não quente, para não alterar a farinha – isso acontece porque o óleo quando quente cozinha a farinha, atrapalhando a textura final. Para o recheio, amido de milho é o segredo para estabilidade; se quiser mais firme, aumenta a dose com cuidado. O limão siciliano traz acidez mais aromática, mas pode usar lima ou outro tipo, ajustando o açúcar. O leite de coco é substituto leve do creme, oferece um frescor e um toque tropical. Fácil de achar, ótimo substituto para quem evita lactose.

Modo de preparo

Preparar a crosta

  1. Forre um prato quadrado 20x20 cm com papel manteiga deixando bordas para puxar a massa depois. Nada de untar, deixa grudar vai facilitar.
  2. Misture as farinhas, o açúcar mascavo e o fermento - perceba que o açúcar mascavo dá um tom mais marrom e um aroma mais caramelo. O óleo de coco deve estar só líquido, não quente, senão estraga a farinha.
  3. Com as mãos, misture até formar uma areia grossa, depois compacta tipo farelo de pão. Compressão é a alma da crosta bonita. Pressione firme no fundo com a palma da mão - massa uniforme é segurança contra queimar.
  4. Leve ao forno modesto, 175 graus (não mais que 180, direto igual receita original pode endurecer), por 28 a 33 minutos. Observe bordas começando a escurecer, centro firme ao toque. Deve parecer resistência mas não queimada. Se borbulhar, talvez cravou óleo demais.
  5. Recheio

    1. Enquanto a crosta assa, bata farinha de milho (amido) com açúcar numa tigela.
    2. Junte os ovos e misture bem, depois suco e raspas de limão. Aqui entra o leite de coco em vez da nata - fica mais leve, uma experiência fresca, mas quem quiser pode substituir por creme de leite. Sempre respeite a textura: quer líquido, porém levemente espesso. O amido estabiliza.
    3. Quando crosta sair, imediatamente despeje o recheio por cima. Quente ajuda a aderir.
    4. Reduza o forno para 160 graus. Volte a forma por 22 a 27 minutos. A dica é: os cantos firmam primeiro, centro deve tremer levemente tipo gelatina mole. Não deixe ficar totalmente duro, seca na hora de resfriar.
    5. Deixe esfriar perto da janela, para cortar custo na refrigeração. Depois cubra com filme plástico e guarde na geladeira ao menos 3 horas, ideal umas 4, até firme e fácil de cortar. A textura vai doçurando e harmonizando o azedinho do limão.
    6. Para desenformar, use as bordas de papel para puxar, corte com faca afiada em quadrados uniformes. Sempre limpe a faca entre os cortes para evitar massa grudada.
    7. Polvilhe açúcar de confeiteiro. O contraste branco brilha e dá charme, e o açúcar também suaviza um pouco a acidez intensa. Sirva em temperatura ambiente ou frio.
    8. Se não tiver óleo de coco, pode usar manteiga clarificada. Para acidez menos intensa, reduza a quantidade de suco em 10 ml e aumente o açúcar em 20 ml.
    9. Caso recheio fique muito líquido, aumente amido em colher pequena. Se crosta ficar dura, experimente diminuir tempo no forno ou dar uma leve descansada na massa antes de assar.
    10. Sempre provar uma barrinha para ajustar açúcar, limão e textura. Aprendi que forno varia, olhar cor e textura vale mais que tempo exato. Um som estalado quando toca crosta é indício que está no ponto.
    11. Sons do forno - crosta dando leve estalo, aroma de limão misturado com doce queimado do açúcar mascavo, faz cozinha ficar convidativa. Rigor nas medidas?Nem tanto, tradição pede olhar, sentir, conhecer massa e recheio.

Dicas de preparo

Trazer a crosta no ponto certo, leve e firme, exige atenção no momento inicial. O segredo é pressionar com a mão para não ficar esfarelando demais. Fornos nem sempre são iguais; o tempo indicado é guia, o que importa é que a crosta ganhe cor dourada e cheiro de noz. Para o recheio, bater manualmente evita incorporar ar demais – assim o recheio fica denso e estável. Derramar rápido na crosta quente favorece aderência e final firmeza. A redução do forno é uma estratégia para cozinhar o recheio sem que a crosta queime. O recheio deve estar firme nas bordas, um pouco trêmulo no meio, sinal de que ainda vai firmar no frio. Paciência é necessária para resfriar bem; cortar quente é receita para desastre. Limpar faca entre cortes evita borrões e retém a apresentação. Polvilhar açúcar de confeiteiro no fim dá charme e sabor na medida.

Dicas da chef

  • 💡 Farinha integral é essencial. Faz diferença na textura. Não exagere. Se ficar muito, a crosta perde crocância. Sugiro começar com metade e ajustar.
  • 💡 Óleo de coco deve estar morno, não quente. Se não, a farinha cozinha. Essa mudança estraga a crosta. A crosta precisa ficar perfeita, esfarelando na boca.
  • 💡 Cuidado com o tempo de forno. Olhe bem. Crosta deve dourar. Veja as bordas. Não deixe muito tempo. Se passar, endurece. Aprendi isso da pior forma.
  • 💡 Recheio deve estar cremoso. Se ficar muito líquido, aumente amido. Não pode ser baba. Um truque: bata a mistura devagar, assim não incorpora ar demais e fica perfeito.
  • 💡 Na hora de esfriar, paciência. Público quer barrinhas bonitas. Não corte quente, vai esfarelar. O sabor muda também. Resfriar bem é fundamental.

Perguntas frequentes

Você também vai gostar

Ver todas as receitas →