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Bebida de soja cremosa

Bebida de soja cremosa

Por Julia

Uma bebida vegetal feita com soja amarela, água filtrada e açúcar mascavo. Elaborada com método artesanal que envolve molho das sementes, purê, coagem com pano fino e cozimento lento. Resultado: líquido cremoso, com doçura natural, boa para beber quente ou frio. Sem lactose, glúten, sem ovos. Opção vegana prática, rica em proteínas. Pode durar até uma semana na geladeira. Ideal para quem quer evitar industrializados e conhece a bagunça de fazer bebida vegetal em casa.
Preparo: 25 min
Cozimento: 35 min
Total: 60 min
Porções: 6 porções
#vegan #saudável #artesanal #receita caseira
Já tentei fazer bebida de soja um monte de vezes. Sempre aquela luta contra o cheiro forte e a textura granulada. Com o tempo, peguei as manhas. O segredo está no molho longo e na coagem cuidadosa, sem força demais no pano. Bater metade da soja por vez com a água filtrada ajuda a extrair melhor o líquido, sem empurrar o bagaço pra peneira. O cozimento é crucial: fervura forte para tirar o cheiro e depois fogo médio para engrossar. Adição do açúcar mascavo no final com gengibre fresquinho transforma a coisa numa bebida aconchegante, fácil de tomar fria ou quente. A pele do pano precisa ser fina, limpíssima — se tiver cheiro ruim estraga tudo. Joguei fora vários lotes até acertar isso. Vale investir na qualidade da soja e nem pense em substituir por soja instantânea ou farinha — a textura e o sabor ficam bem diferentes, mais industrializados. Quem não tem pano de algodão pode tentar com um pano de musseline, só cuidado para não rasgar na hora de espremer. A okara (bagaço) não vai no lixo — faço bolinho, bolo ou até misturo com cereal na manhã seguinte. Faz bagunça, sim, mas o sabor e a textura compensam.

Ingredientes

  • 150 g soja amarela seca (de boa procedência, prefiro orgânica)
  • 2,4 litros água filtrada (divididos)
  • 35 g açúcar mascavo (3 colheres de sopa cheias)
  • 1 pitada de sal marinho
  • 1 pedaço de baunilha natural (opcional para aroma)
  • 1 colher de chá de gengibre fresco ralado (para toque especial)
  • Sobre os ingredientes

    Soja amarela seca deve ser de boa qualidade; prefira orgânica para evitar agrotóxicos. Molho longo é essencial para hidratar e reduzir o amargor e cheiro típico. A água precisa ser filtrada para não ter cloro, que altera sabor. O açúcar mascavo oferece um sabor mais complexo e é melhor que refinado, ajuda a equilibrar o amargor residual. Troque por melado ou agave se quiser. O gengibre fresco traz uma camada aromática inesperada, só um tiquinho para não dominar a bebida. A baunilha natural é opcional, uso para dar um toque doce e perfumado. Pode experimentar substituir a soja por feijão branco para versão ainda mais suave; o tempo de cozimento muda, fique atento ao cheiro e textura para não passar do ponto. No frio, a bebida engrossa um pouco; se quiser ralar textura líquida, acrescente um dedo de água filtrada ao esquentar antes de servir. Manter a panela tampada só até a fervura, porque vapor forte tira o aroma.

    Modo de preparo

  • Colocar a soja em uma tigela grande. Cobrir com bastante água fria, deixar de molho por 13 horas em temperatura ambiente. Checar se as sementes continuam submersas, repor água se secar rápido. Não tente acelerar com água quente; piora o sabor e textura.
  • Passado o período, escorrer a água e lavar a soja em água corrente para eliminar impurezas e deixar cheiro menos forte. Reserva.
  • Forre uma peneira média com 7 camadas de pano de algodão limpo, tipo pano de prato fino – o tipo musseline funciona, mas deve ser bem limpo e sem cheiros. A peneira deve encaixar sobre uma panela grande, pois vai coar o líquido aí.
  • No liquidificador, bater metade da soja com 600 ml de água filtrada até virar creme quase liso, textura grossa é normal, não bata demais a ponto de esquentar pelos segundos extras.
  • Despejar devagar o creme na peneira forrada. Repetir com a outra metade da soja e mais 600 ml de água. Por fim, despejar o restante da água (1,2 litros). Isso ajuda a extrair o máximo do líquido das fibras.
  • Juntar as pontas do pano formando um saco, torcer delicadamente com os dedos ou usar um pilão, como espremedor manual. Se apertar demais, tudo fica duro para limpar depois. O objetivo é extrair todo o líquido, aproximadamente mais de 2 litros.
  • Descartar a massa que restou (okara). Pode usar em outras receitas, tipo bolo vegano ou bolinho, quando processada junto com farinha ou aveia. Nunca jogue fora, vale gastar a energia.
  • Transferir o líquido coado para a mesma panela. Ligue fogo médio-alto, começar a ferver. Vai formar uma espuma densa na superfície, retire com colher ou espátula para evitar amargor. Mexa ocasionalmente para não grudar no fundo.
  • Quando levantar fervura, abaixe o fogo para médio e deixe cozinhar mais uns 25-30 minutos. Vai reduzir um pouco, ganhar uma cor levemente amarelada e aroma de castanha tostada.
  • Nos últimos 5 minutos, acrescente o açúcar mascavo, a pitada de sal, o gengibre ralado e, se quiser, o pedaço de baunilha amassado para liberar o aroma. Misture garantindo dissolução. Observe que o líquido fica mais espesso, quase aveludado.
  • Desligue o fogo, retire o pedaço de baunilha e deixe esfriar um pouco antes de transferir para garrafas ou potes limpos. Pode beber quente, morno ou na geladeira para refrescar. Consistência cremosa vai agradar quem curte bebida vegetal nada aguada.
  • Guarde na geladeira, dura até 7 dias bem fechada. Se mudar cheiro ou sabor, descarte, pois pode azedar rápido pelo açúcar e ausência de conservantes.
  • Dica: variações podem substituir açúcar mascavo por melado de cana ou xarope de agave para adoçar mais natural, ou usar noz-moscada ralada para notas mais quentes. Evite bater no liquidificador com água quente para não amargar nem cozinhar a soja antes da hora.
  • Dicas de preparo

    Deixe a soja de molho num lugar fresco da cozinha — evitar lugares quentes para não fermentação precoce. Use uma panela larga para colocar a peneira e coletar o máximo. O pano de algodão deve estar limpo, sem cheiro nem umidade parada, isso interfere na bebida. Na hora de bater, faça em pulsos curtos para não esquentar a soja, que pode fazer amargar. Coar lentamente evita que o pano entupa, facilite jogando a massa do liquidificador aos poucos. Espremer o pano com moderação, sem forçar demais para não destruir as fibras e facilitar limpeza depois. No cozimento, mexa com colher de pau, sempre da lateral para o centro, para não riscar a panela. Remover a espuma é básico para não ficar amargo e garantir sabor limpo. A fervura deve ser monitorada para evitar transbordamento. O açúcar entra só quase no final para caramelizar levemente e não queimar. Se quiser beber logo, espere pelo menos esfriar até morno para não perder sabor. Pra conservar, potes bem fechados na geladeira e sem contato com metais fortes. Se engrossar demais ao frio, dilua com água quente ao reaquecer.

    Dicas da chef

    • 💡 Molho prolongado é crucial. Sofrendo muitas falhas antes. A soja precisa realmente de 13 horas. Não acelere. Água quente mata sabor. Use um recipiente grande.
    • 💡 A coagem é fundamental. Panos precisam estar limpos e sem cheiro. Mais camadas são melhores. Isso ajuda a extrair sem pressa. Evite forçar o pano na hora de espremer.
    • 💡 Cozinhar com cuidado. Fogo alto remove a espuma amarga. Depois diminua para médio. Permita que os sabores se concentrem e a cor mude. Quando tudo estiver bom, a castanha se destaca.
    • 💡 Adoce ao final do cozimento. O açúcar mascavo se dissolve melhor assim. Mistura dá um sabor profundo. Se não tiver, use melado. Também funciona! Cuidado com o sabor.
    • 💡 Okara não é lixo. Aproveite. Misture na massa para bolinhos. Pode ser um lanche. Use como complemento. Cada pedaço vale a pena. Não deixe para trás.

    Perguntas frequentes

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