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Blanquette de Vitela Atualizada

Blanquette de Vitela Atualizada

Por Julia

Carne de vitela submersa em caldo aromático, cozida até alcançar maciez sem desmanchar. Pequenas cebolas douradas, cogumelos salteados completam, envolvidos por molho espesso feito com base em roux leve, creme e gemas que equilibram textura e sabor. Aromáticos clássicos junto a cenoura e aipo para estrutura. Uma adaptação substitui a farinha por amido de milho para leveza, troca o bouquet garni por manjericão e alecrim, e inclui limão siciliano para frescor no final. Método de cozimento aprimorado com etapas repaginadas e tempos ajustados, garantindo sabor intenso e textura perfeita. Ideal para quem valoriza detalhes, sabores que evoluem e aula prática dos segredos da cozinha francesa em casa.
Preparo: 45 min
Cozimento:
Total:
Porções: 6 porções
#francês #conforto #elegante #prato principal #comfort food
Já testei dezenas de modos pra blanquette. A receita clássica francesa é linda na teoria, mas tem umas pegadinhas que acabavam deixando a carne dura ou o molho embolotado. Mudei a farinha por amido pra um molho mais leve; troquei o bouquet pra ervas mais perfumadas da horta. Senti falta de frescor, aí entra o limão na finalização – não espalha aroma, mas dá aquela nota inesperada. Cozinhar a carne no caldo gelado, levar a fervura branda… Sem pressa e sem pular etapas, porque isso mantém tudo íntegro e saboroso. É comida francesa com alma brasileira, toque pessoal. Um prato elegante, mas daquelas que abrigam histórias na cozinha, panela, e faz lembrarem do conforto da casa.

Ingredientes

  • 1,0 kg cubos de vitela (coxão mole, preferencialmente)
  • 1 cebola média descascada
  • 3 cravos-da-índia
  • 3 ramos de manjericão fresco
  • 1 ramo pequeno de alecrim fresco
  • 1 folha de louro
  • 3 cenouras cortadas em pedaços grossos
  • 2 talos de aipo picados
  • 3 dentes de alho descascados
  • 2 litros de caldo de galinha caseiro ou de boa qualidade
  • 300 g de cebolinhas pérola descascadas
  • 200 g de cogumelos Paris fatiados
  • 100 g de manteiga sem sal
  • 40 g de amido de milho
  • 150 ml de creme de leite fresco 35%
  • 1 gema de ovo
  • Raspas de 1 limão siciliano (para toque final)
  • Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
  • Sobre os ingredientes

    Vitela de boa qualidade é essencial; prefira cortes que não desmanchem na hora do cozimento, como coxão mole ou interior de coxa. Não tenha pena do bouquet garni - erra quem acha que dá pra deixar direto, eles soltam amargor se cozinharem demais. O uso do amido substitui farinha e torna o molho mais leve, ideal para quem quer tirar aquela impressão grudenta. Se não achar cebolinhas pérola frescas, cebolas baby ou cortadas em pedaços funcionam bem, desde que douradas devagar. Caldo caseiro deixa tudo mais rico, mas caldo pronto é opção válida desde que não seja exageradamente salgado.

    Modo de preparo

  • Comece imergindo os cubos da carne em água fria e leve ao fogo até ferver rápido; isso tira o sangue e impurezas. Cozinhe só uns três minutos — a carne não deve começar a cozinhar de verdade aqui. Escorra e lave com água fria para remover espuma e sujidades. Seque a panela que vai usar para o cozimento principal.
  • Espete a cebola com os cravos; aroma forte que aparece só assim. Amarre as ervas – manjericão e alecrim junto da folha de louro como um sachê improvisado. Isso permite retirar fácil depois. Nada de deixar ervas soltas, podem causar amargor.
  • Na panela limpa, devolva a carne; acrescente o bouquet, além das cenouras, aipo, alho e o caldo de galinha gelado – assim ela cozinha por igual. Leve a ferver e diminua. Mantenha fervura branda, borbulhando de leve, sem cobrir, por volta de 1h5min a 1h15min. Teste com garfo, deve estar macia sem despedaçar – vitela é delicada demais para desmanchar.
  • Enquanto isso, derreta uma colher generosa da manteiga, refogue as cebolinhas e os cogumelos em fogo médio-alto. O segredo: deixá-los dourar bem antes de mexer. Eles precisam perder um pouco da umidade e ganhar textura corada, ter leve crocância. Reserve.
  • Retire os legumes e as ervas do cozido, coe tudo. Guarde um litro do caldo filtrado; se faltar, complete com água fria. Recoloque a carne na panela limpa e acostume-se com o líquido limpo, um base neutra para o próximo passo.
  • No fogo médio, derreta a manteiga restante, junte o amido de milho em chuva rápida e mexa sem parar para cozinhar o gosto do amido cru, apenas uns 40 segundos. Isso evita que empelote depois. Vai engrossar devagar; adicione o caldo em fio, sempre mexendo rápido com batedor para não embolar.
  • Assim que o molho atingir consistência cremosa, comece a incorporar a carne, as cebolinhas e os cogumelos. Abaixe o fogo e deixe uns cinco minutinhos, os sabores se alinham, os pedaços absorvem o molho. Se faltar líquido, ajuste com água; o molho não deve ficar grosso como creme de leite batido, mas aveludado.
  • Para dar toque final, bata a gema com creme e incorpore ao molho em fio, mexendo vigorosamente fora do fogo para não talhar. O calor dos ingredientes termina o cozimento da gema. Acerte sal, pimenta e adicione as raspas do limão siciliano, que trazem leve acidez e frescor.
  • Sirva com arroz branco soltinho ou batatas ao vapor, para aproveitar essa textura aveludada da blanquette. Evite aquecer repetidas vezes, a gema pode talhar e a carne endurecer.
  • Dica: Se usar frango no lugar da vitela, mantenha a mesma técnica; o tempo de cozimento reduz para 50 minutos, e uso ervas como tomilho e louro, sem manjericão. Cebolinhas podem ser substituídas por cebolas médias cortadas em quatro, refogadas até dourar.
  • Dicas de preparo

    Dar uma pré-cozida curta na carne em água fria fervente vai limpar tudo e evitar sabores estranhos. Jamais apresse o cozimento; a blanquette pede fogo baixo e paciência, textura é tudo aqui. Filtrar legume e ervas ajuda a evitar molho turvo, a textura deve ser lisa e brilhante. Refogar cebolinhas e cogumelos separadamente traz contraste que o molho apesar de cremoso não cobre, dá aquela crocância que faz toda diferença. A gema misturada com creme na finalização é o segredo que dá corpo e leveza junto, evitando o uso excessivo de cremes. Toques cítricos no final revitalizam o prato, uma pequena revolução no tradicional. Testei variações, sempre atento aos sinais visuais e textura, esqueça relógio — a mão e o olho dizem mais.

    Dicas da chef

    • 💡 Use carne de qualidade. Coxão mole é perfeito; não desmancha. Não tenha pressa no cozimento, é devagar que ela fica macia. Lembre-se do caldo gelado. Assim, a carne cozinha melhor e fica suculenta.
    • 💡 Se não tiver amido de milho, farinha pode ser usada, mas o molho não vai ser tão leve. No refogado das cebolinhas e cogumelos, não mexa muito. Deixe dourar bem, textura é fundamental. Essa crocância vai brilhar na combinação.
    • 💡 Para quem não acha cebolinhas pérola, cebolas cortadas funcionam também. Douradas são essenciais. O caldo caseiro enriquece, mas pode usar comprado. Desde que não seja muito salgado, dá pra usar. O gosto da base é tudo.
    • 💡 Fique de olho na textura do molho. Não deixe muito grosso, aveludado é o ideal. Quando for incorporar a gema com creme, tire do fogo antes. Assim evita talhar. A acidez do limão siciliano é um detalhe que faz diferença.
    • 💡 Ah, e se a carne for frango, reduza o tempo de cozimento. Uns 50 minutos funcionam bem. Mas mantenha as ervas simples, tomilho e louro combinam. Não use manjericão. O gosto traz leveza, mas o frango pede uma abordagem diferente.

    Perguntas frequentes

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