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Bolinhas de Chocolate Brasileiras

Bolinhas de Chocolate Brasileiras

Por Julia

Adaptado da clássica receita francesa, esse docinho não leva ovos nem lactose. Substituí o açúcar tradicional por mascavo, o cacau por chocolate vegano e acrescentei café coado para dar um sabor mais intenso. Mistura de texturas entre o crocante do floco de milho e o sabor cítrico da raspinha de laranja. Fácil, rápido, sem forno, perfeito para beliscar no fim da tarde junto com um café fresco.
Preparo: 20 min
Cozimento: 0 min
Total: 20 min
Porções: 12 porções
#doces #veganos #lanche
Na minha busca por um docinho rápido que não precise de forno e satisfizesse a vontade do pessoal aqui em casa, encontrei essa variação das famosas boulettes au chocolat, adaptadas para ingredientes que a gente tem às mãos no Brasil. Troquei o açúcar tradicional por mascavo, que traz um toque mais profundo e úmido. Usei manteiga vegetal para evitar lactose mas mantém aquela cremosidade que segura a massa. O segredo? O café forte – que dispensa a bebida depois, porque ativa o sabor do chocolate sem amargar. E a raspinha de limão, que veio de um experimento tentando evitar o enjoativo do chocolate puro, virou marca registrada. Rápido, fácil, dá para fazer com as crianças, e hospedar com uma cerveja preta ou cachaça envelhecida, para os adultos. Mas se não tiver os flocos de milho certos, pode trocar por aveia grossa – uma ousadia que aprovamos em casa. As bolinhas são de fácil armazenamento, mas deve ficar geladinha para o ponto certo. Adaptações fazem dessa receita um clássico com sotaque brasileiro, aquele sabor artesanal que só tem quando você faz com intimidade e seu próprio toque.

Ingredientes

  • 180 ml açúcar mascavo
  • 110 g manteiga vegetal ou ghee
  • 400 ml flocos de milho tipo Osvaldo Cruz, grosseiramente amassados
  • 120 ml coco ralado fresco
  • 60 ml chocolate vegano em pó
  • 5 ml essência de baunilha natural
  • 20 ml café forte coado, frio
  • raspas de 1 limão siciliano
  • coco ralado extra para enrolar ou granulados veganos
  • Sobre os ingredientes

    Usar açúcar mascavo em vez do branco muda totalmente o resultado; traz umidade e um sabor mais profundo. Se não encontrar manteiga vegetal, ghee (manteiga clarificada) funciona bem, só perde o aspecto 100% vegano. Para os flocos, não vá atrás dos mais finos – eles precisam estar crocantes, assim conservam aquela textura que quebra o padrão do docinho mole. O cacau deve ser de boa qualidade, mas pode experimentar o chocolate vegano em pó, encontrei versões com sabor mais intenso e menos amargo. Café coado, preferencialmente fresco e forte; substitua por cachaça ou rum para um toque mais brasileiro e alcoólico, mas não exagere para não desequilibrar a doçura. O coco ralado fresco é o melhor, mas o seco potente também dá certo — só asseque o excesso para não afetar a umidade da bola. Raspas de limão siciliano trazem brilho ao aroma, mas podem substituir por laranja ou tangerina, dependendo da estação.

    Modo de preparo

  • Primeiro, bata a manteiga vegetal com o açúcar mascavo numa tigela até conseguir um creme homogêneo e levemente aerado; a textura tem que ficar macia ao toque, sem ficar corrida.
  • Misture o chocolate em pó com o coco ralado e as raspas de limão para dar aquele aroma que corta a doçura — o toque cítrico ativa o paladar, não subestime.
  • Junte os flocos de milho grosseiramente amassados; se bater demais vai perder a crocância que faz diferença, então mãos leves mas firmes ao envolver tudo.
  • Acrescente a baunilha e o café coado - essa combinação equilibra o amargor com a doçura do açúcar mascavo; se quiser, pode usar cachaça ao invés de café para dar um perfil tropical, fica outra história.
  • Incorpore tudo com as mãos, vale essa mão na massa mesmo; a textura tem que ser consistente pra modelar.
  • Faça bolinhas pequenas, do tamanho de uma noz, com cuidado para não esfarelar; se estiver muito seca, um fiozinho de água ou café, mas nada de exagerar, senão gruda demais.
  • Passe cada bolinha no coco ralado ou nos granulados veganos para dar acabamento e textura; essa etapa é fundamental pra evitar que grudem e também dá um visual artesanal.
  • Guarde na geladeira por pelo menos 15 minutos - se não esfriar bem, desmancha na hora de servir. Se improvisar na geladeira, o ponto da manteiga vai ajudar a ajustar a firmeza.
  • Prepare-se para ouvir aquele som firme do crocante ao morder, enquanto o aroma da baunilha e do limão invade a cozinha.
  • Sempre que fizer, ajusto as raspas de limão; às vezes substituo por laranja pra dar uma variação de sabor, especialmente no inverno, quando o cítrico heavy é melhor.
  • Dicas de preparo

    A ordem dos ingredientes e o cuidado com as texturas fazem diferença. Sempre misture o açúcar e a manteiga primeiro para conseguir uma base cremosa; rápido, sem bater demais para não virar uma papa. Incorporar os sólidos com leveza ajuda a manter o contraste crocante. A baunilha e o café entram quase no final para fixar o aroma – se adicionar antes demais, o sabor se perde. Modelar com as mãos sujas de mistura ajuda a sentir a textura ideal; se a massa esfarela, é hora do café ou um pouco de água. Passe no coco ralado com delicadeza para não deformar a bola; esse passo é fundamental para uma boa apresentação e para evitar que grude. Leve à geladeira – mas atenção para não deixar tempo demais e ficar dura demais, a textura tem que ser macia e firme na medida, um ponto que só se aprende no tranco. Escuto a mudança na consistência ao apertar – é quando sei que está na medida certa. Serve com café fresco e pão de queijo, experiência que depois conto.

    Dicas da chef

    • 💡 Use açúcar mascavo. A textura muda, mais úmida. Se não achar, pode usar açúcar demerara. Mas o sabor e a umidade não são os mesmos.
    • 💡 Para a manteiga, ghee pode funcionar. Não fica 100% vegano. Outra opção é óleo de coco, mas dá um gosto diferente. Experimente e veja qual combina mais com você.
    • 💡 Flocos de milho são o segredo. Escolha os mais crocantes. Se não tiver, aveia grossa pode funcionar. O resultado é diferente, mas pode surpreender.
    • 💡 Café fresco é fundamental. Não use sabor prontos. Se não tiver café, tente usar cachaça. Não coloque demais, a doçura precisa se equilibrar.
    • 💡 A geladeira é crucial. Se não ficar por 15 minutos, desmancha. Mas cuidado, não deixe tempo demais. Fica dura, quando morde não é agradável.

    Perguntas frequentes

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