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Bostocks com Ruibarbo

Bostocks com Ruibarbo

Por Julia

Combina ruibarbo com brioche douradinho e creme de amêndoas num equilíbrio raro. O ruibarbo vira compota levemente ácida, com açúcar na medida e toque cítrico de limão. A pasta de amêndoas, substituída por creme de castanha de caju para aliar cremosidade e sabor diferente, mistura ovos que dão firmeza mas mantém maciez. O toque final fica por conta das sementes de girassol, trocadas pelas de abóbora, acrescentando crocância e visual rústico. A preparação pode parecer longa, mas os tempos são flexíveis – a dica é observar texturas e aromas, nunca depender só do relógio. A crocância do topping e a superfície dourada do brioche indicam o ponto certo. Sabor e técnica na mesma fornada.
Preparo: 35 min
Cozimento: 45 min
Total:
Porções: 8 porções
#ruibarbo #brioche #sobremesas inovadoras
Conhecer o ruibarbo foi um choque no paladar, especialmente sua acidez vibrante que desafia a doçura. Adaptar uma receita clássica francesa, o bostock, me fez brincar com texturas e sabores, trocando ingredientes para algo com cara de Brasil. O ruibarbo vira uma compota brilhante, quase translúcida, que exige atenção para não virar purê. Prefiro usar mel para a calda, mais próximo da terra e da flora brasileira. A montagem parece simples: brioche tostado, compota, creme cremoso e sementes que estalam a cada mordida. Mas tem truques – o pão tem que resistir à umidade, o creme precisa ser liso e aerado, e o forno deve dourar tudo na medida. Recomendo sentir cada etapa, deixar a cozinha perfumada com o cítrico do limão e o toque doce do mel. A chegada ao ponto certo é visual e tátil, não só relógio.

Ingredientes

Compota de ruibarbo

  • 360 g ruibarbo em cubos — quanto mais fresquinho, melhor; se usar congelado, descongele e escorra o excesso de líquido
  • 150 g açúcar cristal — menos que o original para fugir do muito doce e respeitar o azedinho do ruibarbo
  • 15 ml suco de limão siciliano — indispensável para cortar a doçura e trazer acidez fresca
  • Calda

    • 50 ml água filtrada
    • 25 ml mel de abelha — substituição do xarope de bordo para um toque brasileiro mais terroso e menos doce
    • Montagem

      • 8 fatias de pão brioche com cerca de 2 cm de espessura — se não encontrar brioche, pão de fermentação natural com casca fina funciona
      • 200 g creme de castanha de caju — substitui a pasta de amêndoas, textura mais leve, sabor neutro com leve adocicado natural
      • 2 ovos caipiras — ovos bem frescos para dar mais corpo à mistura
      • 55 g sementes de girassol torradas — cruzou com sementes de abóbora, deixa crocante, sabor de terra e contraponto interessante

Sobre os ingredientes

Reduzir o açúcar do preparo do ruibarbo respeita seu gosto azedinho natural, que muitos brasileiros não estão acostumados, então não exagere — melhor corrigir no final com mel ou açúcar refinado, caso queira mais doce. Substituir a pasta de amêndoas por creme de castanha de caju tira o peso da mistura, deixando mais leve, além de ser uma alternativa fácil de achar aqui. O mel, embora menos doce que o xarope de bordo, traz aroma floral e notas herbais que combinam com fruta e castanha. Caso não tenha ruibarbo, o morango mais ácido funciona bem, mas cuidado com a textura que fica mais macia, podendo encharcar o pão. Sempre use pão com certa firmeza e crocância para segurar a umidade da compota e do creme — o brioche é tradicional, mas pão de fermentação natural é substituto válido. As sementes de girassol entram para trazer contraste crocante e sabor terroso diferente do usual.

Modo de preparo

Compota de ruibarbo

  1. 1. Aqueça uma panela média, jogue o ruibarbo, açúcar e suco de limão. Mexa para não grudar. Assim que ferver, reduza pra fogo baixo; deixe cozinhando, mexendo de vez em quando, até o ruibarbo estiver translúcido e o líquido com aparência de calda grossa — deve levar uns 20 minutos, mas confie nos olhos: ruibarbo deve estar macio, quase derretendo, mas sem virar purê.
  2. 2. Tire do fogo, deixe esfriar um pouco. Não cubra ainda, a umidade residual pode alterar o ponto final da compota.
  3. Calda

    1. 3. Misture água com mel, reserve. Esse líquido vai dar brilho e umidade na hora da montagem. Pode aquecer ligeiramente se o mel estiver muito denso — deve ficar fluido para pincelar fácil.
    2. Montagem e forno

      1. 4. Pré-aqueça o forno a 200 °C — forno alto pra tostar o pão rápido sem ressecar.
      2. 5. Coloque as fatias de brioche numa assadeira com papel manteiga ou tapete de silicone; leve ao forno só as fatias por 4 minutos — deve formar uma crosta dourada, mas ainda macias por dentro. Cuidado para não torrar demais.
      3. 6. Enquanto isso, na tigela do processador, bata o creme de castanhas com os ovos, um a um, até misturar bem. Raspando a lateral do bowl pra garantir que tudo fique uniforme. Essa etapa é crucial para criar uma pasta cremosa mas firme, não muito líquida.
      4. 7. Pincele, com pincel culinário, cada fatia de brioche com a calda de mel e água — esse passo impede que o pão resseque no forno, e ajuda a caramelizar a cobertura.
      5. 8. Distribua uma camada generosa da compota de ruibarbo em cima das fatias. Depois, coloque 2 colheres de sopa do creme de castanha sobre a compota, espalhando levemente — sem afogar o ruibarbo.
      6. 9. Finalize com as sementes de girassol, espalhando uniformemente para garantir crocância e contraste visual.
      7. 10. Leve ao forno por cerca de 15 minutos. Fique de olho: a superfície deve adquirir uma cor dourada, com bolhas pequenas e firmes, indicando que o creme está cozido e levemente caramelizado.
      8. 11. Retire do forno, deixe esfriar uns minutos antes de servir. Não coma quente demais — o sabor do ruibarbo se destaca mais quando amornando, e o creme firma um pouco.
      9. Dicas finais

        1. Se não tiver ruibarbo, substitua por morangos azedinhos ou fruta da estação levemente ácida — aipim é ousado, mas tente se quiser.
        2. Para versões veganas, substitua os ovos por purê de maçã e use melado de cana no lugar do mel ou xarope.
        3. No processo de cozimento da compota, controlar o fogo é vital para não deixar queimar no fundo. Mexa delicadamente, sem pressa, para preservar textura levemente crocante de alguns pedaços de ruibarbo.
        4. Use um pão que suporte um pouco de umidade; pão muito macio desmancha na hora da montagem.
        5. Se sobrar compota, conserve na geladeira para comer com iogurte natural, sorvetes ou purês.

Dicas de preparo

Primeiro passo vital é a compota. Ruibarbo só desmancha completamente se passar do ponto; tem que amornar depois de pronta para firmar sem endurecer demais. A mistura de água com mel deve estar fluida para ser pincelada fácil no pão, criando barreira contra ressecamento. Tostar o pão antes não é só questão visual; cria uma casquinha que segura melhor as camadas finais. O creme de castanha com ovos deve incorporar ar para ficar leve e não pesado, por isso uso processador. Pincele o pão antes de colocar a compota para garantir umedecimento por igual, evitando manchas secas. O forno tem que estar forte para dourar rápido sem secar a massa; 15 minutos é um ponto médio, mas vá observando a cor do creme — dourado e firme, sinais de que está no ponto. Esfriar rápido após o forno evita que o creme desande. Um cuidado: mexa delicadamente a compota para não perder pedaços inteiros e equilibrar crocância e cremosidade.

Dicas da chef

  • 💡 A compota de ruibarbo é essencial. Mexa com cuidado, observe a cor. Se passar do ponto, fica purê. O ideal é um equilíbrio entre firmeza e cremosidade. O sabor deve brilhar, não esconda o azedo. Libere o frescor do limão. Essa etapa exige paciência.
  • 💡 Cuidado com a escolha do pão. O brioche é ideal por sua textura. Mas um bom pão de fermentação natural também dá certo. Não escolha pães muito macios ou eles podem desmanchar. Crocância é tudo. Um pão que suporta umidade é fundamental.
  • 💡 A calda precisa ser fluida. Se o mel estiver muito grosso, aqueça levemente. É crucial para umedecer o pão. Use um pincel culinário para distribuir bem. Isso evita que resseque no forno. Não subestime esse passo, ele faz diferença.
  • 💡 Misturar o creme de castanha de caju e os ovos deve resultar em uma massa leve. Use um processador. Assim ganha ar e fica cremosa. Espalhe uniformemente sobre a compota. Não afogue o ruibarbo. O visual é parte da apresentação.
  • 💡 Fique de olho no forno. Os primeiros 15 minutos são cruciais. Se dourar demais, o creme amarga. Ajuste a temperatura se necessário. Um truque é abrir a porta do forno para observar. A cor dourada e pequenos bolhas são sinais de que tudo está no ponto certo.

Perguntas frequentes

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