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Brioches do Jejum

Brioches do Jejum

Por Julia

Versão adaptada dos tradicionais brioches du carême com ingredientes remodelados pra dar um toque diferente sem perder o charme. Farinha integral e açúcar mascavo substituem parte do original, substituição de uvas passas por cranberry seca que amolecem na hora do preparo adicionando um sabor levemente ácido. A massa domina o ponto ideal quando está elástica e não grudenta, sinal pra não errar na fermentação. O glacê, mais ácido por ser com limão tahiti, é o detalhe que balança o doce do conjunto. Assa até as crostas ficarem douradas e firmes, mas ainda macias ao toque. Consegue se guardar por dias e retocar o brilho do glacê antes de servir.
Preparo: 30 min
Cozimento: 25 min
Total: 55 min
Porções: 24 porções
#doce #café da manhã #receita fácil #francês #crunchy
Brioches, mais precisamente as chamadas do carême, são essas massas levemente doces, macias por dentro com uma casquinha fina e crocante. Tenho uma relação antiga com elas, já que a primeira tentativa sempre parecia uma pedreira, dura e sem vida. O segredo está em observar a textura da massa e a fermentação, não no relógio. O aroma que invade a cozinha quando tão dourado é puro conforto, misturado com a manteiga e o açúcar mascavo que uso pra dar um quê a mais sem exagerar. Cranberries são minha substituição preferida para as tradicionais uvas passas, trazem um azedinho que contrasta bonito com o glacê de limão, que nem sempre é comum aqui, mas faz toda diferença.

Ingredientes

  • 900 ml de farinha de trigo tipo 1
  • 150 ml de farinha de trigo integral
  • 12 ml de fermento biológico instantâneo (1 sachê)
  • 3 ml de sal
  • 100 ml de açúcar mascavo
  • 100 ml de manteiga sem sal em temperatura ambiente
  • 3 ovos levemente batidos
  • 250 ml de leite morno (em torno de 35 °C)
  • 250 ml de cranberry seca
  • Leite para pincelar
  • Glaçagem

    • 1 clara de ovo
    • 300 ml de açúcar de confeiteiro
    • Suco de 1 limão tahiti

    Sobre os ingredientes

    Use farinha de trigo orgânica ou tipo 1 para buscar um equilíbrio entre estrutura e leveza; o integral faz a massa mais rústica, com um sabor agradável, mas não passe de 15% para não endurecer a massa demais. Açúcar mascavo confere umidade e leve toque caramelizado, ótimo pra cor e sabor. A manteiga deve estar realmente mole, para incorporar fácil sem escaldar o fermento. No lugar das cranberries, damascos secos ou figos podem funcionar, lembrando de hidratar antes. O leite deve estar morno, chega perto de uma temperatura confortável para o corpo; quente demais mata o fermento, gelado não ativa nada. O glacê aproveita a acidez do limão tahiti para balancear o doce do açúcar de confeiteiro, fica uma cobertura brilhante e firme. Pincelar com leite é melhor que gemas por evitar crostas duras demais, especialmente se gostar da massa mais macia.

    Modo de preparo

  • Misturo as farinhas e o sal num bowl grande; espalho o fermento pra não acabar ‘queimando’ com o sal direto; juntei açúcar mascavo que traz uma doçura mais profunda, menos agressiva que o refinado.
  • Com a manteiga amolecida, multiplico a mistura, acrescento os ovos, finalmente o leite morno, que uso pra ativar o fermento sem matar – quem já jogou leite quente sabe a decepção. Misturo até formar massa mole.
  • Sigo pra bancada bem enfarinhada e amasso por uns bons 7 minutos, estiquei um pouco porque testei: se amassa pouco, os brioches ficam pesados. A massa deve soltar das mãos e ficar maleável, meio brilhoso e macio.
  • Jogo as cranberries, espalho na massa, amasso devagar por mais 3 minutos pra distribuí-las, sem esmagar.
  • Transfiro direto pro bowl untado e cubro com pano úmido. O segredo é deixar num canto sem corrente de ar, temperatura ambiente, algo por volta de 25 graus; demora cerca de 1h15 até ela dobrar de volume. Dou uma cutucada pra ver se solta devagar, aí tá no ponto.
  • Enquanto isso, eu já preparo a assadeira com papel manteiga — sempre prefiro pra evitar que grude na hora de tirar.
  • Bato no olho e divido em 24 bolinhas, faço uma leve pressão pra acomodar e não fugir durante o descanso final.
  • Coloco tanto na assadeira, mantenho uma certa distância porque vão crescer de novo; pincelo levemente com leite (não exagerar, senão a crosta não fica crocante).
  • Com uma tesoura afiada, faço uma cruz em cima, pequena porém visível — pra mim esse foi o passo mais delicado, se cortar demais a massa derrama durante o cozimento, seca tudo e abre demais.
  • Mais um descanso de cerca de 55 minutos, até que cresçam quase o triplo, um pouco mais do que o primeiro fermento.
  • Forno pré-aquecido a 175 °C, com a grade no meio, assegura um cozimento uniforme sem queimar a base. Aí vem o cheirinho irresistível tirando do forno, aquela cor dourada que brilha – quando o toque é firme, mas macio, e o cheiro de manteiga se espalha, tá assado. Cerca de 25 minutos, mas sem fixar no relógio, olho no brilho e textura.
  • Deixo esfriar em grade para manter a crocância por fora e evitar umidade por baixo.
  • Enquanto isso misturo vigorosamente o glacê com clara, açúcar e o limão, que dá uma leve acidez pra tirar tanta doçura da massa e das cranberries.
  • Com saco ou colher, faço linhas cruzadas em cima de cada brioche, rápido antes que endureça. O brilho fica incrível e o sabor ácido-doce casa com o brioche fazendo uma bela combinação.
  • Guardo em recipiente fechado, mas é melhor consumir em até três dias, senão seca. Caso endureça, uma passada rápida no microondas por 10 segundos dá vida nova.
  • Dica: não queira substituir fermento instantâneo por fresco na mesma quantidade, vai precisar ajustar a proporção e o tempo de fermentação — cada um tem seu ritmo. Também evitou usar manteiga gelada, que endurece a massa e prejudica o crescimento.
  • Quem não acha cranberry pode usar damasco seco picadinho, fica mais sutil e menos ácido, mas a parte branca do brioche vai escurecer um pouco.
  • Pincelar leite no lugar da gema evita a crosta muito dourada e dura demais. Gosto do equilíbrio do leite pra manter maciez sem perder a cor.
  • Dicas de preparo

    A massa precisa de um tempo de amassamento maior para desenvolver o glúten, que garantirá maciez e elasticidade. A hidratação dos frutos secos dentro da massa é fundamental para evitar que fiquem duros na hora de assar. Fermentação dupla: atenção na segunda etapa para não ultrapassar demais e ver a massa desinflar, é erro comum. A cruz na superfície ajuda a massa a crescer controladamente na hora do forno, controlando o rompimento da crosta. Forno constante e pré-aquecido, manteiga derretida ou ovos para pincelar modificam o resultado da textura da casca, escolhe conforme preferência. Glacê deve ser aplicado logo que esfria para que fixe com brilho, não espere esfriar demais. Em casa, dificilmente sobra porque o cheiro e o sabor chamam pra mesa assim que esfriam…

    Dicas da chef

    • 💡 A farinha tipo 1 é fundamental. Não troque por integrais na mesma quantidade. Até 15% de farinha integral é perfeito. Evita que a massa fique dura. A textura deve ser leve, solta, quase brilhante ao finalizar. E sempre sinta a maciez ao amassar.
    • 💡 Use leite morno, em torno de 35 °C. Testar com o dedo. Muito quente mata o fermento. Caso contrário, nada acontece. E não esqueça a manteiga, que deve estar bem mole. Essa é a chave. Incorpora na massa sem complicação, evitando que a mistura seque.
    • 💡 Se as cranberries não estão disponíveis, damascos secos servem bem. Hidratar antes. Assim evitam de ficar duros no final. Lembre-se da importância da fermentação, não ultrapasse o tempo do segundo descanso. Cuidado, senão a massa desinflará.
    • 💡 Pronto pra assar? Asse a 175 °C. Forno pré-aquecido é vital. Mantenha a grade no meio pra assar por igual. Observar ao invés de cronometrar. O cheirinho vai te guiar. Quando o cheiro de manteiga e açúcar surgir, retire do forno. Cor dourada é tudo.
    • 💡 Sobre o glacê, aplicá-lo ainda morno é melhor. Assim adere e brilha. Se esfriar demais, não fixa. Pincelar com leite ao invés de gema melhora crocância. Não devia ficar duro demais. E o leite mantém a maciez da massa.

    Perguntas frequentes

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