Butterscotch na Neve

Por Julia
Doce crepitante feito com açúcar caramelizado, siropos variados e um toque alcoólico. Mistura o doce do butterscotch tradicional com toque especial brasileiro. Textura firme que estala na boca, servido direto sobre a neve ou gelo. Receita reformulada para evitar erros comuns, substituindo ingredientes para adaptar a realidade brasileira. Processo que exige mais observação do que relógio, aprendendo a reconhecer sinais visuais e olfativos para parar o cozimento. Tradicional técnica de caramelização com alternativas para manteiga e álcool. Ideal para entusiasmar quem quer aventura na cozinha doce.
Preparo:
20 min
Cozimento:
35 min
Total:
55 min
Porções:
6 porções
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#brasileiro
#sobremesa
#cachaça
#caramelo
Já testei várias versões de doces de caramelos na vida — mas nada que consiga preservar o cheiro do butterscotch e ainda escorregar bem sobre a neve. A adaptação para o nosso jeito de cozinhar me forçou a trocar ingredientes e aprender com erros de cristalização e textura errada. Achei que trocar o xarope de milho por melado dava um toque de brasilidade, mais profundo e rústico. A cachaça envelhecida substituindo o whiskey é um achado que traz aroma sem perder a força alcoólica, fundamental para a textura final. Manteiga sempre boa qualidade; maracutaia é trocar por margarina vegetal e ainda sair daquele drama lá em casa onde a lactose incomoda. O sucesso está em perceber o ponto no visual e cheiro do caramelo, prestar atenção nas bolhas, isso é que vale pra não passar do ponto nem fechar antes da hora. É uma receita viva, você vai entendendo o tempo, o calor, o cheiro - uma dança que te envolve na cozinha. O resultado, crocante e nem duro demais, nem mole levando culpa. Provei com rapadura polvilhada, e esse é meu ritual secreto, faz estalar na boca e deixar o doce com ar de festa.
Ingredientes
Sobre os ingredientes
Melado de cana é o coringa para substituir o xarope de milho e traz mais sabor e uma cor linda para esse doce; facilmente encontrado em feira e mercados locais. Usar açúcar cristal evita aquele doce artificial demais do refinado, mais natural e com menos chance de cristalizar errado. No lugar do scotch, a cachaça envelhecida tem aromas que lembram o defumado e notas de carvalho, fundamental para o gosto final, mas cuidado com a qualidade, escolhi a intermediária. O toque do sal marinho amplia as notas doces e ajuda a equilibrar sem virar enjoado. A manteiga pode ser trocada por margarina vegetal para quem tem intolerância, só cuide para não usar chantilly ou cremes culinários que soltam água. Água filtrada sempre — não jogue direto da torneira, o que tem na água pode mexer com o ponto do açúcar, aprendemos isso na pele. E a rapadura no final? Aromatiza e dá crocância inesperada, mas se quiser substituir, açúcar mascavo ou uma mistura com coco ralado seco funcionam, mais textura do que sabor exatamente.
Modo de preparo
Dicas de preparo
O segredo nunca está no relógio. Cozinhar açúcar é um território de olfato e visão — as bolhas, a cor da mistura, o som da fervura. Depois que coloquei termômetro, aprendi a usar mais pra confirmar que não queimei. O ponto dos 116-118 graus é onde o doce endurece firme mas não vira pedregulho. O truque da água depois que derreteu tudo evita o caramelo ficar muito espesso ou amargo — só cuidado para não ativar cristalização com mexidas demais. Eu prefiro deixar a panela quieta no último estágio e confiar no termômetro. Usar a neve como base serve para resfriar rápido, fazer a mistura virar docinho crocante na hora — a rapidez da textura que muda é um espetáculo pra cozinhar. Rapadura no final dá um twist rústico, outro grau na textura que a gente normalmente não prevê. Pra guardar, massa colada? papel manteiga e pote hermético tem que ser. Tudo isso ensina que doce bom é misturar técnica e intuição, e que cada cozinha vai pedir um ajuste. Se passar do ponto, vira uma pedra que desafia o dente, se não chegar lá, melado mole demais.
Dicas da chef
- 💡 Use açúcar cristal, faz a diferença na textura. Evita aquele gosto artificial. Melado de cana é coringa, traz um sabor bem mais profundo. E use sempre panela grossa. Minha dica?
- 💡 Olho é sua melhor ferramenta. As bolhas na mistura falam sobre a temperatura. O aroma doce é como um sinal. Sons de estalos vem quando o caramelo tá indo bem. Presta atenção em tudo isso.
- 💡 Cuidado ao adicionar água. Faça devagar. Se mexer demais pode cristalizar. Use água filtrada, essencial. E o sal marinho? Ele amplia o sabor. Não subestime isso.
- 💡 Se não achar rapadura, açúcar mascavo também funciona, mas não o refine. Deixa a textura bem rústica. E não se esqueça da manteiga. Prefira sempre a de boa qualidade.
- 💡 Melhor guardar em pote hermético. Papel manteiga ajuda a não grudar. Mas não deixe na umidade. Isso pode deixar o doce mole. Ajuste sempre conforme seu ambiente.