Aller au contenu principal
RF

Carne Bovina Braisée com Pimentões e Tomatinhos

Carne Bovina Braisée com Pimentões e Tomatinhos

Por Julia

Ratatouille carnuda onde a carne de pallet de boi cozinha lentamente com pimentões coloridos e tomatinhos que explodem em sabor. O toque da pancetta garante um fundo defumado enquanto o vinho branco harmoniza a acidez e o caldo traz umidade. A roquette no final adiciona frescor e crocância ao prato servido sobre purê de batatas. Um prato reconfortante que exige paciência e atenção aos detalhes para extrair cada nuance de textura e aroma.
Preparo: 30 min
Cozimento:
Total:
Porções: 4 porções
#carne #prato principal #receitas fáceis #culinária de conforto
Imagina uma panela soltando aquele cheiro profundo de carne lento cozida, com pimentões coloridos e tomatinhos que estouram na boca, liberando frescor e umido sabor. Muita gente acha que braseado é complicado, mas no fundo é questão de paciência e observação - aguardar a carne amolecer sem perder o caldo rico que se forma no fundo. Eu já tentei mil variações, até que descobri que o lento cozimento aliado a uma boa selagem e o ajuste dos líquidos faz toda a diferença para conseguir pedaços macios, úmidos e com um molho que se agarre na língua. A rúcula, no fim do prato, é o contraponto perfeito para cortar a gordura e trazer crocância fresca. Serve na mesa, esquece de pressa e vem comer sem culpa.

Ingredientes

  • 950 g de paleta bovina sem osso, em 4 pedaços
  • 30 ml de azeite de oliva
  • 120 g de bacon cortado em cubos (substituindo a pancetta para um sabor brasileiro)
  • 2 cebolas médias picadas
  • 2 pimentões (1 vermelho e 1 amarelo), sem sementes e picados
  • 8 dentes de alho picados
  • 350 ml de vinho branco seco
  • 350 ml de caldo de galinha
  • 450 ml de tomatinhos vermelhos e amarelos
  • rúcula a gosto
  • sal e pimenta-do-reino moída na hora
  • Sobre os ingredientes

    Substituir pancetta por bacon é mais acessível e entrega sabor defumado parecido, sem precisar correr atrás. Tomatinhos mistos (vermelhos e amarelos) dão um toque visual e sabor doce versus ácido, explorando texturas e cores. O vinho branco deve ser seco e de boa qualidade; um verde, tipo português, funciona bem e ainda leva o prato para outro patamar. Caldo caseiro sempre ajuda mas pode usar cubinho dissolvido em água quente – prefira o menos salgado, pois o reduce vai intensificar sabores e pode ficar salgado rápido. Alho muito picado libera aroma, mas cuidado para não queimar durante a refoga — mexa com frequência. A temperatura do forno levemente menor do que o tradicional garante que a carne amacie sem embolar ou perder a umidade. Caso não tenha forno à prova, transfira a panela com tampa para uma assadeira funda. Sal e pimenta são guarda-chuvas essenciais de temperos; ajuste sempre no fim.

    Modo de preparo

  • Posicione a grade do forno no centro e preaqueça a 170 °C. Eu prefiro essa temperatura um pouco abaixo do convencional para garantir cozimento tranquilo e uniforme.
  • Aqueça uma panela pesada que possa ir ao forno, um dutch oven funciona muito bem. Aqueça o azeite e sele os pedaços de carne, virando para dourar todos os lados, sem mexer demais, para formar aquela crosta saborosa e caramelizada. Tempere com sal e pimenta agora, ajuda a realçar o sabor da carne.
  • Retire a carne e reserve. No mesmo óleo, jogue o bacon e deixe ganhar cor, liberar gordura. Em seguida, acrescente cebola, pimentões e o alho; refogue até as cebolas ficarem translúcidas, quase douradinhas. Se a panela estiver seca demais, pingue um fio de azeite.
  • Coloque a carne de volta, regue com o vinho branco e o caldo de galinha. Suba o fogo para levar à fervura. Assim, o álcool do vinho evapora e o líquido começa a impregnar os sabores da carne e dos legumes.
  • Tampe a panela e leve para o forno pré-aquecido. Deixe cozinhando por cerca de 1 hora e 15 minutos. Não tem segredo – a carne deve começar a amolecer e os líquidos a reduzir um pouco.
  • Abra o forno, acrescente os tomatinhos espalhados para que eles cozinhem delicadamente e soltem seu suco, deixando a mistura mais rica. Cubra novamente e volte ao forno mais 1 hora – observe a maciez da carne espetando com uma faca, ela deve praticamente se desfazer no toque.
  • Destampe, aumente o fogo do forno para 200 °C e deixe mais 25 minutos para reduzir a graça dos líquidos e concentrar o sabor. É essa etapa que vai deixar o molho aveludado, brilhante e denso na medida.
  • Retire com cuidado a carne e mantenha aquecida num prato coberto com papel alumínio. Se quiser, pode deixar o forno desligado ainda quente para manter tudo quentão.
  • Volte o molho ao fogo no fogão, em fogo médio, e reduza por uns 10 minutos para pegar o ponto final, mexendo de vez em quando. Ajuste o sal e a pimenta. Esse molho não pode ficar aguado – tem que agarrar na colher e escorrer devagar.
  • Sirva os pedaços de carne sobre purê de batatas (prefira batata baroa ou macaxeira para um toque brasileiro) e nappe com o molho. Finalize com punhados de rúcula para o toque picante e crocante que corta a gordura.
  • Dica: Se não gostar de vinho branco, pode usar suco de uva branco com uma colher de vinagre de maçã para dar acidez sem perder sabor.
  • Erros comuns: não selar bem a carne antes do forno deixa o prato sem profundidade. Também, não tirar a carne para descansar antes do molho pode resultar em molho aguado e carne ressecada.
  • Serve pra quem gosta de comida que abraça, de panela quente, com cheiro que invade a casa inteira. Pra esperar na cozinha, com olho confiante no forno, atento aos sinais da carne.
  • Dicas de preparo

    Selar a carne cria uma camada que prende sucos, evita que ela resseque e confere sabor caramelo. O uso da mesma panela para refogar aproveita os sabores deixados na superfície – por isso não lave, só remova o excesso. O vinagre de maçã ou suco de uva branco amaciam e substituem o vinho branco para quem não quer álcool, mas reduzem o aroma. Ao colocar a carne no forno, use sua intuição para perceber quando os líquidos começam a borbulhar levemente; a carne deve estar parcialmente coberta para cozinhar por igual. Controle o tempo observando a textura da carne - ao espetar deve ceder sem resistência absurda. A redução final do molho é crucial para alcançar uma textura cremosa – preste atenção para não queimar. A roquette é uma escolha nossa que não aparece no prato francês original, mas faz uma diferença absurda, equilibrando gordura com frescor. Para deixar o molho com brilho, pode adicionar uma colher de manteiga sem lactose no fim do cozimento e mexer vigorosamente. Usar purê cremoso de batata é quase obrigatório – pra mim é o abraço final nesse prato rústico.

    Dicas da chef

    • 💡 Selar bem a carne é fundamental. Isso cria uma camada que guarda os sucos. Acher que tá bom, não é só cor. Escute o chiado da carne. O som, a textura. Quando você toca, deve ser firme.
    • 💡 O bacon é uma ótima substituição para a pancetta. É mais fácil de achar e o sabor defumado é incrível. Se preferir, use toucinho. Mas, olhe o sal na receita. O bacon é salgado.
    • 💡 Para o purê, batata baroa é melhor. Tem um sabor adocicado e cremoso. Pode fazer com batata comum, mas a textura muda. E não esqueça de temperar bem com manteiga e sal.
    • 💡 Lembre-se da textura. Ao espetar a carne, deve ceder com leveza. Se estiver dura, não está pronta. Use um termômetro se precisar, mas olhe sempre. O aroma vai te guiar.
    • 💡 Se o molho ficar aguado, não tem problema. Pode reduzir no fogo enquanto remove a gordura que se forma. Cozinhe até que ele se concentre. É a chave para o sabor.

    Perguntas frequentes

    Qual o melhor vinho para usar?

    O vinho branco deve ser seco. Se não quiser vinho, suco de uva com vinagre de maçã. O suco proporciona um leve ácido, ajuda a equilibrar o prato.

    Como armazenar a carne e o molho?

    O ideal é em pote cerrado na geladeira. Pode congelar também. A carne não deve secar. Quando reaquecer, adicione um pouco de água para ajudar.

    Posso usar outros legumes?

    Claro. Berinjela, abobrinha são boas opções. Misture no forno. Providencia mais textura. Mas adapte o tempo de cozimento conforme o que usar.

    O que faço se não tiver forno?

    Use uma panela tampada no fogão. Baixe o fogo. Cozinhe lentamente. Assim, a carne fica macia. Mas preste atenção para não queimar.

    Você também vai gostar

    Ver todas as receitas →