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Cerejas flambadas com twist

Cerejas flambadas com twist

Por Julia

Cerejas em calda ganham vida no fogo com um toque de conhaque e açúcar mascavo. A gema dessa mistura é o equilíbrio entre o doce, o álcool que queima rápido e o calor que cozinha as frutas sem perder a textura. A adição de noz-pecã tostada cria crocância inesperada, transformando o clássico numa sobremesa rústica e moderna. Em vez da tradicional creme de baunilha, experimente com sorvete de queijo cremoso para surpresa garantida. Serve quatro e sai rápido, ótimo para emergências na cozinha e finais com cheiro de infância e barulho da chama se apagando.
Preparo: 7 min
Cozimento: 7 min
Total: 14 min
Porções: 4 porções
#sobremesa #frutas #flambe
Já faz umas vezes que inventei essa brincadeira com cerejas flambadas e só vou te adiantar uma coisa: o segredo não está só no fogo que dança enquanto o álcool queima. É na hora de escolher o açúcar, que interfere no sabor e na coloração, e principalmente no toque final crocante pra trazer vida à textura. Esqueça aquele jeito certinho, aquele tempo exato. Sigo pelo cheiro, o barulho que a manteiga faz, a doçura que se intensifica e a chama que explode. Cerejas tradicionais ou griottes? Pra mim vale a experiência e o que está na geladeira. Algumas tentativas trouxeram desastroso melaço, outras confusão de sabores, mas esse jeito que te passo aqui, com conhaque e noz-pecã, é o que funciona na minha cozinha caseira, simples e cheia de personalidade.

Ingredientes

  • 20 ml (1 colher e meia) de manteiga
  • 1 lata de 500 ml de cerejas em calda (pode ser griottes ou Bing), escorridas
  • 20 ml (1 colher e meia) de açúcar mascavo
  • 40 ml (2 colheres e meia) de conhaque ou cachaça envelhecida
  • Sorvete de queijo cremoso ou queijo minas frescal congelado
  • 30 g de noz-pecã tostada e picada para finalizar
  • Sobre os ingredientes

    Substituir açúcar branco por mascavo faz toda diferença - ele acrescenta notas caramelo e menos acidez. A manteiga precisa estar no ponto certo: dourada, não queimada, pra evitar amargor e manter a untuosidade. Eu já queimei um punhado de cerejas por excesso de fogo ou por deixar o açúcar passar do ponto, aprende rápido a reconhecer a hora certa pelo som borbulhante e pelo brilho das frutas. Se não encontrar cerejas griottes, as Bing são aceitáveis com menos acidez, mas pôr um pouquinho de limão no final ajuda a levantar o sabor. A noz-pecã dá um punch inesperado, mas também pode ser castanha do Pará, fica digno também com amendoim torradinho na falta do outro. Sempre mantenha o sorvete congelado pra suportar o calor na hora de servir.

    Modo de preparo

  • Aqueça a manteiga numa frigideira média até começar a espumar mas sem escurecer, fogo médio-alto funciona melhor.
  • Jogue as cerejas escorridas e o açúcar mascavo. Mexa rápido – a mistura deve chiar, não queimar. Note quando o açúcar derreter formando uma calda brilhante e as frutas começarem a soltar um pouco de líquido. Não deixe apurar demais para não virar melaço.
  • Suba o fogo um pouco para a etapa do álcool. Jogue o conhaque ou a cachaça, já fora do fogo para evitar acidentes. Volte a frigideira na boca do fogão, incline para que o álcool toque a chama e flambe, controle a chama com a distância e cuidado para não queimar as frutas.
  • Quando a chama sumir, deixe reduzir por uns 50 segundos enquanto mexe delicadamente – deve ficar uma calda mais densa, brilhante e levemente pegajosa, cor intensa.
  • Distribua as cerejas imediatamente sobre bolas do sorvete de queijo cremoso, a temperatura quente na fruta e frio no sorvete promove contraste sensacional.
  • Finalizar com as nozes-pecã picadas pra crocância, que contrasta com a maciez da cereja e o frio do sorvete.
  • Pronto pra servir. Se não tiver noz-pecã, castanha do Pará ou até amendoim torrado funciona — lembra, textura importa.
  • Se vira sem conhaque porque não tem álcool, use uma mistura de água quente com baunilha e uma pitada de canela que vai dar uma camada aromática interessante.
  • Dicas de preparo

    O preparo pede velocidade na hora de colocar o álcool e flambar, não hesite - o fogo pede controle, se demorar a flambar vai evaporar e o efeito perde. Cozinhar as cerejas junto com o açúcar até derreter e formar calda é vital para engrossar e caramelizar naturalmente, preste atenção nas bolhinhas pequenas e no brilho intenso, sinal da transformação. Flambar acelera a redução do líquido e deixa aroma inconfundível, fica mais elegante no prato e com sabor complexo. A redução após a chama se apagar concentra o sabor, por isso mexa devagar e observe o líquido diminuindo, não pode ficar grosso demais que perde a leveza da calda. Por último, misturar o quente das frutas com o frio do sorvete traz aquele contraste sensação tátil que ativa o paladar, sem falar nas nozes que quebram a monotonia da textura.

    Dicas da chef

    • 💡 A manteiga precisa espumar, mas não queimar. Ouve o barulho, isso ajuda. Gosto de usar manteiga de boa qualidade. O sabor é muito melhor. Fogo médio-alto é essencial.
    • 💡 Não queime as cerejas. Fique de olho na calda. O açúcar mascavo é a chave para um sabor rico. Se estiver muito mole, desligue tudo e não deixe virar melaço. Menos é mais.
    • 💡 Sorvete de queijo cremoso é a escolha certa. Contraste entre quente e frio é impressionante. Não hesite, coloque as cerejas quentes logo em cima do sorvete. Sensação única.
    • 💡 Considere castanha do Pará ou amendoim se não encontrar noz-pecã. Cada um traz uma textura diferente. Se não tiver conhaque, baunilha com canela pode dar uma nova vida à receita.
    • 💡 A flambar requer cuidado. Faça rápido, não deixe o fogo escapar. Se demorar, o álcool evapora. Veja a calda engrossar levemente. O som é seu guia. Desagradável se queimar.

    Perguntas frequentes

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