Chá Gelado Saint-Lambert

Por Julia
Mix de rum dourado, vermute tinto, suco de limão e xarope artesanal de chá Earl Grey com cerejas do mato, finalizado com água tônica e toques cítricos. Refrescante, seco e frutado; combina sofisticação com simplicidade num copo alto cheio de gelo. Bottles e ingredientes alternativos são possíveis dependendo do que tem em casa, mantendo o equilíbrio ácido e amadeirado. Certeza que toda tentativa minha por entender a química do preparo refinou esse drink.
Preparo:
6 min
Cozimento:
0 min
Total:
6 min
Porções:
1 copo
#cocktails
#drinks
#verão
#refrescante
Sempre me peguei desconfiado dos drinks que misturam chá com álcool. Parece estranho num primeiro momento, mas aí veio a descoberta do rum com aquele toque amadeirado, o vermute tinto com nuances de ervas e o suco de limão fresco, que dá aquela cortada no dulçor. O segredo foi sempre o xarope caseiro: fazer o chá infundir o sabor das cerejas do mato traz uma complexidade aroma-taste que a gente não acha fácil em pronta-entrega. Foi numa tarde tentando replicar um clássico francês, mas com o que tinha em casa, que o Saint-Lambert ganhou meu paladar. O gelo, o gás da tônica, a casca do limão — tudo importa, nada pode parecer gratuito.
Ingredientes
Sobre os ingredientes
O xarope é a alma do negócio. Chá Earl Grey tem que ser fresquinho, nada daqueles saquinhos meses esquecidos na despensa. Para as cerejas do mato, pode trocar por groselha ou até acerola, dependendo do que achar pela feira. O rum, se não tiver o ambar, dá pra tentar um ouro, mas vai perder aquela nota mais terrosa. Vermute tem que ser de qualidade; o barato demais fica muito doce e perde o equilíbrio. Água tônica pode salvar ou ferrar o drink. Procure algo que tenha sabor amargo e menos químico. Sucros e frutas cítricas frescas são obrigatórios, não dá pra usar suco de caixinha por nem pensar. Confie no frescor.
Modo de preparo
Dicas de preparo
Misturar no shaker, sentir o gelo tilintar, é ali que o líquido absorve o frio e começa a se integrar. Esse movimento garante textura, e a separação do excesso de água do gelo impede diluição rápida. Filtrar no copo com gelo marca o controle de temperatura, mas não exagere na quantidade para não acabar com o sabor. A água tônica merece atenção para entrar devagar, mantendo o gás, que traz aquele repique no paladar. O twist da casca é mais que visual — é aromático, precisa ser feito rápido para o óleo essencial não perder potência. A decoração deve ser pensada não só pra embelezar, mas para acrescentar nuances de sabor. Cada etapa tem seu ponto exato, e errar um pouco aqui pode jogar todo o drink no lixo.
Dicas da chef
- 💡 Gelo é crucial. Não encha demais o copo. Menos que meia xícara. Sabe por quê? Mu... Isso dilui rápido demais. Então, use com sabedoria, cubos maiores são melhores. Menos água, mais sabor.
- 💡 Xarope é alma do drink. Tem que ser caseiro, preferível. Use chá fresco. Não vá usar saquinho velho, é um desastre. Se não tiver cerejas do mato, tem groselha ou acerola. São boas opções, bem azedinhas.
- 💡 O rum é importante, escolha certo. Dourado é mais suave. Se não tiver, tente o ouro, mas não é a mesma coisa. O vermute tinto também precisa ser de qualidade. Barato é doce. Aqui, queremos equilíbrio. Água tônica, atenção na escolha.
- 💡 O twist da casca de limão é rápido. Pega só a parte amarela, não pode amargar. É um toque final, precisa do aroma. Cuidado com as camadas, cada detalhe é essencial. A apresentação também é sabor.
- 💡 Cerejas do mato são ideias melhores. Mas se não encontrar, use cranberries. Elas também dão um azedinho. Atenção, também claro que não é só decorar. A estrutura do drink é a mistura de sabores.