Coelho ao sétimo céu

Por Julia
Um prato robusto de coelho cozido lentamente em manteiga com rum caribenho e suco de cenoura, valorizando texturas macias e sabores profundos. A receita tradicional é ajustada para quem quer um toque especial com o uso de caldo de legumes em vez de suco puro, garantindo um equilíbrio terroso e ligeiramente adocicado. O cozimento atento, respeitando o ponto ideal da carne e a caramelização do fundo da panela, é essencial para um resultado suculento e aromático. Nada de pressa, cada etapa tem sua hora e sinal visível.
Preparo:
20 min
Cozimento:
50 min
Total:
Porções:
4 porções
#cozinha com rum
#receitas refinadas
#coelho
#pratos de carne
Fogão ligado, panela quente — o aroma de manteiga derretendo, pedaços de coelho crepitando lentamente. Aprendi que cozinhar essa carne exige cuidado e atenção. O segredo do prato está no equilíbrio entre o ardor do rum escuro e a suavidade doce das cenouras, criando uma simbiose de sabores e texturas. Não adianta pressa: paciência para dourar a carne, para acalmar o fogo, para enxugar gota a gota o líquido. Aqui o toque final vem do arroz djon djon, uma joia rara que traz cor, personalidade. A experiência na cozinha transforma ingredientes simples em brasa acesa e tempero perfeito.
Ingredientes
Sobre os ingredientes
Substituir manteiga por óleo de coco dá um toque diferente e é ótimo pra quem evita lácteos. O rum pode ser trocado por cachaça envelhecida para trazer brasilidade – resultado surpreendente e menos doce. Prepare seu próprio caldo de legumes para controlar sódio e sabor, mas suco puro de cenoura funciona se fresco e concentrado. A cebola deve ser doce e fresca; evite cebola velha que amarga. Comprar o coelho inteiro e cortar a peça em casa garante frescor e aproveitamento total, com o osso dando sabor. Uma pitada de noz-moscada no final, opcional, acrescenta complexidade, mas cuidado pra não esconder o rum. Se faltar tempo, cozinhe em fogo um pouco mais alto, mas mantenha vigilância para não secar ou queimar, mexendo e adicionando líquido conforme precisar.
Modo de preparo
Dicas de preparo
Observar o dourado da carne é fundamental - se dourar demais, fica seco; dourar pouco, perde sabor. Deglacear com rum não é só pra sabor, mas pra liberar os fundos da panela que darão intensidade. Cozinhar em fogo baixo mantém a suculência; levantar a tampa seca tudo. Sempre verificar o nível do líquido, acrescentar em pequenas doses e com regularidade garante que a carne não resseque, sem ficar na sopa. Uso uma colher de pau pra mexer delicadamente, evitando romper a carne. Ao final, o caldo deve estar espesso e brilhante, levemente adocicado pelo rum e cenoura, não aguado. Apagar o fogo antes que a carne fique mole demais evita texturas papais. Servir quente é essencial, o aroma sobe e mexe com a memória afetiva.
Dicas da chef
- 💡 Use uma panela grande de fundo grosso. Importante pra evitar que a carne queime. Manteiga derretida, ingredientes fritando. Não seja apressado; a crosta se forma devagar. Coelho quase dourado, fique atento às mudanças de cor. O cheiro é seu guia
- 💡 Deglacear é essencial. Rum escuro no fundo. Ajuda a soltar aquele sabor preso na panela. Cheiro forte do álcool evapora. Não se esqueça; ajuste o calor. Fogo muito alto queima os ingredientes, e isso é bem difícil de corrigir
- 💡 Caldo não é só pra sabor, é pra manter a carne suculenta. Fique de olho no nível. Se secar, adicione lentamente. De colher em colher. Assim a carne não resseca; sempre mantenha um pouco de caldo no fundo. Controle é a chave
- 💡 Atente-se ao toque da carne. Quando você encosta com a pinça, deve ser macia. Se grudar, ainda não está no ponto. Quanto mais simples olhar, melhor. Passos lentos levam a um coelho perfeito, saboroso, amanteigado, e a crosta vai falar por si
- 💡 Finalizando, escolha um acompanhamento que provoque contraste. Arroz djon djon é ideal, mas arroz negro também é bom. O arroz branco? Nada disso, perde todo o jogo de sabor. Agora, não se esqueça da noz-moscada no final, só um pouco pra não se esconder