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Confit de Porco Rústico

Confit de Porco Rústico

Por Julia

Confit de porco à moda tradicional francesa, adaptado com gordura de pato para um sabor mais intenso e textura suculenta. Marinada levemente salgada com ervas frescas e especiarias, cozimento lento que faz a carne desmanchar ao toque do garfo. Receita ajusta quantidades pra evitar excesso de sal e redução do tempo de marinada, mantendo suculência e aroma marcante. Temperos diferentes trazem uma camada extra de sabor, e dicas práticas focam em evitar carne ressecada e gordura queimada. Ideal para quem gosta de pratos rústicos, com técnica e paciência, resultado visual e olfativo que já conquista. Serve bem como entrada ou prato principal, finalizado com folhas verdes e um toque azedo.
Preparo: 25 min
Cozimento:
Total:
Porções: 8 porções
#confit #porco #francesa #rústico
Se tem algo que aprendi sobre confit depois de algumas tentativas que quase viraram carvão ou goma é: paciência na marinada e lentidão na gordura. Sabe aquele cheiro que invade a cozinha, mistura de alho, tomilho e cravo? Dá sinal de que algo especial se passa ali, de um preparo ancestral, que transforma um pedaço simples em luxo rústico. Escolher a gordura certa — troquei a gordura de ganso pela de pato, mais fácil de achar aqui — e ajustar o tempo me salvaram. No final, a carne desmancha e o aroma fica. Servir com folhas frescas e um toque ácido equilibra o prato, dando vida. Fácil fugir do sal, mas controlando ele vira um prato de respeito pra variar o porco além da tradicional feijoada.

Ingredientes

  • 2 filés de porco, cortados em 2 ou 3 pedaços
  • 6 dentes de alho, cortados ao meio
  • 14 g (uma c. sopa cheia) de sal grosso
  • 4 ramos de tomilho fresco
  • 750 g de gordura de pato (substitui gordura de ganso)
  • 15 ml (uma colher de sopa) de tempero para marinada (uso uma mistura caseira com pimenta do reino, noz-moscada e erva-doce)
  • 4 cravos-da-índia
  • 2 folhas de louro
  • 10 grãos de pimenta-do-reino
  • Sobre os ingredientes

    Use gordura de pato pra um sabor mais marcante, gordura de porco funciona também, mas gordura de ganso é mais tradicional e mais herbácea. Ajustei o sal pra evitar a super-salinidade, sempre teste a marinada no começo e revise se a carne está absorvendo demais. No lugar do tempero industrializado, recomendo um mix caseiro com pimenta-do-reino, erva-doce e noz-moscada moída na hora — dá um toque especial que pessoal adora. Evite temperos agressivos tipo pimenta malagueta, atrapalha o perfil delicado do confit. Tomilho fresco é essencial, não vá de seco se não tiver outra opção. E o alho cortado ao meio libera aroma mas sem queimar, certo cuidado no cozimento pra não amargar.

    Modo de preparo

  • Pega o porco, lava rápido e seca com papel. Esfrega o alho direto na carne — aquele aroma inicial, curti. Em uma tigela pequena mistura o sal grosso com as folhas de dois ramos de tomilho. Passa essa mistura no porco, massageia até sentir a textura da carne melhorar, pegar sal e ervas. Cubra com plástico filme e guarda na geladeira por 3 horas — reduzi o tempo do original pra não passar do ponto e secar demais.
  • Após marinar, lava rápido ou só enxuga bem com pano limpo. Carne tem que estar bem seca pra fritar na gordura e não criar aquele vapor que empapota. Enquanto isso, coloca a gordura de pato numa panela média e leva ao fogo baixo só pra derreter — sem pressa. Importante: gordura deve derreter devagar, lembra que gordura que queima amargueia tudo.
  • Quand a gordura estiver líquida, coloca os pedaços de porco junto com os ramos restantes de tomilho, cravos, folhas de louro e especiarias pra dar aquele toque aromático que entra devagar no cozimento. A carne tem que estar totalmente coberta — se faltar gordura, coloca mais ou acha outra boa tipo banha de porco.
  • Aumenta o fogo até começar a ferver por completo, depois abaixa ao mínimo pra manter uma fervura bem discreta. Não pode borbulhar forte, isso perde o ponto do confit. Mexe só de vez em quando – cuidado pra não desmanchar a carne antes da hora – e observa a textura;
  • Cozinha por volta de 1 hora e 25 minutos; mas o ponto certo é quando a carne estiver tão macia que o garfo entra e arrasta sem esforço. Ouve o barulhinho da gordura e o aroma no ar — sinal que tá pronto. Tirar da gordura e deixar escorrer, mas não joga fora aquele caldo — pode usar pra refogado ou molhos.
  • Deixa a gordura esfriar um pouco, depois passa por uma peneira fina pra tirar os temperos sólidos e impurezas; isso ajuda a conservar. Pode separar a carne num pote de vidro tipo Mason, cobrir com gordura ainda morna — o segredo pra conservar por semanas na geladeira.
  • Quando for servir, tira a gordura que endurece no frio e esquenta o confit no forno baixo, não muito quente, só pra reativar a gordura sem ressecar. Depois mão na massa: desfaz a carne com garfo, mistura com folhas verdes (mesclun, rúcula ou agrião) e um fio de azeite e um toque de vinagre balsâmico pra cortar a gordura. Pronto pra comer, com sabor que chama lembranças e conforto.
  • Dicas de preparo

    No pré-preparo, secar bem a carne após a marinada evita expulsar água na gordura, isso cria vapor teimoso que impede dourar. Aquecimento da gordura deve ser lento; gordura queimando amargueia, perde sabor e aquele brilho no final. Quando colocar o porco, confere sempre se está tudo coberto, parte dele fora da gordura é fatídico: seca e perde termo. Cozinhar no fogo baixo protege a textura, mexe com delicadeza pra não fragmentar antes da hora. Na última fase, avalie pelo garfo e aromas — a carne deve estar molinha, quase caindo, o cheiro deve encher o espaço da cozinha sem ser pungente demais. Remova os sólidos da gordura pra conservar, e na hora do consumo, uso forno baixo ou banho-maria pra aquecer, nada de micro-ondas que endurece a gordura e resseca a carne. Finalize rasgando a carne com dois garfos, misturando textura com frescor das folhas e o ácido do vinagre. E não esqueça: confit é melhor no dia seguinte ao preparo, quando o sabor casa de verdade.

    Dicas da chef

    • 💡 Cuidado com o sal. Sal grosso precisa ser bem distribuído. Mas cuidado, não exagere. Reduzir sal é fundamental. Testa sempre a marinada no início. Um pouco mais ou menos faz diferença.
    • 💡 Quando for fritar o porco, certifique-se de que esteja seco. Se não secar bem, vai criar vapor. Não é o que quer. Secura na frigideira é essencial para obter aquela crocância.
    • 💡 Observe o cheiro também. O aroma de alho e tomilho que permeia a cozinha é sinal claro de que o confit está se desenvolvendo. E o som da gordura dá indício de que tudo está indo bem.
    • 💡 Ao tirar o confit da gordura, não jogue fora o caldo. Isso é ouro. Usa em refogados ou molhos. Deixa um gosto muito bom nos acompanhamentos.
    • 💡 Finalizar com folhas verdes do seu gosto. Rúcula, agrião, uma mistura leve. Um toque de acidez do vinagre balsâmico corta a gordura e equilibra o prato.

    Perguntas frequentes

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