Aller au contenu principal
RF

Daube de Boeuf Modo Brasileiro

Daube de Boeuf Modo Brasileiro

Por Julia

Carne de boi em cubos, cozida lentamente com legumes, vinho e um toque de ervas que lembra uma daube clássica. Substituições inteligentes para ingredientes delicados, equilíbrio entre sabores intensos e texturas macias. Prato robusto, perfeito para esquentar noites frias.
Preparo: 25 min
Cozimento:
Total:
Porções: 6 porções
#cozimento lento #carbonada #gastronomia
No Brasil a gente adora um cozido, seja carne de panela, rabada ou feijoada. A daube traz esse conceito com os temperos da Provença, porém adaptada para ingredientes locais tais como toucinho e azeitonas verdes encontradas em feirinhas. É um caldinho rústico, com pedaços generosos de carne, legumes consistentes, e aquele aroma do vinho tinto que cozinha lento sem pressa. A sensação ao abrir a panela depois de horas? Um buquê de sabores que invade a cozinha, aquela fumaça leve com cheiro tostado que anuncia que a refeição está no ponto certo. O truque é colocar os legumes na hora certa e não ficar mexendo para não quebrar nada. E a textura da carne? Mole, porém firme, que derrete na boca sem virar carne moída ou um purê, enquanto o caldo é espesso, brilhante, com pedaços macios e inteiros de tudo. Cozinhar aqui vira ritual, não é só receita.

Ingredientes

  • 850 g carne de boi para cozido, em cubos médios
  • 450 ml (1 3/4 xícara) de mini cenouras descascadas
  • 400 ml (1 2/3 xícara) de batatas descascadas, cortadas em pedaços uniformes
  • 300 ml (1 1/4 xícara) de caldo de legumes ou carne caseiro, morno
  • 200 ml de vinho tinto seco (pode ser um Cabernet simples)
  • 150 g de azeitonas verdes sem caroço, escorridas e picadas grosseiramente
  • 100 g de toucinho defumado em cubinhos (pode trocar por bacon artesanal)
  • 3 tomates maduros picados, sem pele nem sementes
  • 2 dentes de alho esmagados e picados finos
  • 1 cebola média em rodelas finas
  • 12 ml (2 colheres de chá) de ervas finas (orégano, tomilho, manjericão)
  • 1 folha de louro seca
  • 1 pitada de noz-moscada ralada na hora
  • Sal marinho e pimenta-do-reino moída na hora
  • Sobre os ingredientes

    Se faltar a pancetta, o bacon artesanal ou toucinho defumado são alternativas sensatas. Cenoura orgânica dá sabor mais adocicado, mas cenoura comum serve – ajuste sal para compensar. O vinho pode ser qualquer tinto seco barato; evite vinhos doces que embaralham o paladar. Caldo caseiro é recomendação, mas caldo industrial pode sobrar só pra dar umidade no início. Atenção na escolha das batatas – as que cozinham rápido acabam desmanchando; batata Asterix, por exemplo, é melhor. Azeitonas verdes são substituíveis por pretas, mas aí a acidez muda e molhos precisam de ajuste de tempero. O combo alho, cebola e ervas é clássico e infalível. Não economize no louro – essa folha muda o aroma inteiro.

    Modo de preparo

  • Primeiro, selar a carne em frigideira quente com o toucinho, sem mexer muito, só pra pegar cor. Essa caramelização é crucial pra sabor.
  • Transferir tudo pra panela de cozimento lento (mijoteuse), junto com cebola, alho, tomates e cenouras.
  • Adicionar o caldo morno e o vinho. Sempre quente pra não travar o cozimento, isso dá um molho encorpado e suave.
  • Misturar a folha de louro, as ervas finas, noz-moscada, sal e pimenta.
  • Acrescentar as batatas só depois de umas 3 horas de cozimento, pra não desmancharem. Elas precisam estar firmes, com textura levemente amanteigada no centro.
  • Incluir as azeitonas verdes nos últimos 45 minutos; elas dão um azedinho novo que equilibra o prato.
  • Ajustar sal e pimenta no final, sempre provando. O aroma deve ser complexo, com aquele fundo defumado do toucinho que cozinha junto.
  • Servir com pappardelle fresquinho só com manteiga, porque aqui o molho já é o protagonismo. O barulho do cozimento, borbulhas lentas na panela, indicam que está na textura certa.
  • Se faltar umidade, um pouco mais de caldo quente ou vinho durante o cozimento evita ressecamento sem perder intensidade.
  • Não levantar a tampa com muita frequência; o vapor é parte da maciez final da carne.
  • Se não tiver mijoteuse, panela de barro em forno baixinho (120 ºC) funciona, mas dobra o tempo, ficar de olho na umidade.
  • Dicas de preparo

    Selar a carne primeiro é obrigatório – impede sujeira na panela lenta de cozimento e dá fundo ao prato. Não adianta jogar tudo cru e ligar, perde sabor, textura, evidência da carne. Cozinhar no fogo baixo é aquela questão de paciência, dependurando a tampa, sem medo de mexer até o cheiro de carne assada começar a invadir a casa. Por volta da metade do tempo, ajustar ingredientes delicados, como batatas, para que não sumam. Testar firmeza com garfo, nem duro, nem purê. Colocar as azeitonas quase no fim para que não amarguem nem percam seu frescor. Sempre prove o caldo – tem que ficar equilibrado entre cabeças da carne, vinho e legumes. Se precisar engrossar um pouco, reduzir tempo sem a tampa ou dar uma leve amassada em algumas batatas. Guardar umas horas na geladeira também ajuda os sabores se mesclarem ainda melhor, e no dia seguinte o prato rende festa.

    Dicas da chef

    • 💡 Escolha uma carne com boa gordura. Isso dá sabor. Não use carne magra. A textura muda tudo. Pode ser acém ou peito, sempre em cubos médios.
    • 💡 Lembre-se do toucinho. Importante para um gosto profundo. Se não tiver, use bacon artesanal. Carne e bacon juntos trazem uma dimensão nova ao prato. Não economize.
    • 💡 Não esqueça do vinho. Um tinto seco faz a diferença. O álcool some, mas o gosto permanece. Evite vinhos doces, pode mudar o sabor. É um passo crítico.
    • 💡 Teste sempre o caldo. Tem que dar equilíbrio. Se sentir salgado demais, adicione mais cenouras ou batatas para cortar. Lembre sempre de provar antes de servir.
    • 💡 Um truque: cozinhe na véspera. Deixe na geladeira, sabores se misturam, ficam mais intensos. A textura da carne ganha consistência. Melhor no dia seguinte.

    Perguntas frequentes

    Você também vai gostar

    Ver todas as receitas →