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Griot com toque brasileiro

Griot com toque brasileiro

Por Julia

Carne de porco macia cozida lentamente com uma marinada aromática, suco de frutas cítricas e ervas frescas, frita até ficar crocante. Troca o tradicional suco de laranja por suco de abacaxi para um toque tropical diferente. O bouquet garni ganha o toque extra de coentro no lugar do tomilho. Perfeito para quem curte sabores fortes e técnicos, mas na cozinha de verdade, onde a intuição manda.
Preparo: 25 min
Cozimento:
Total:
Porções: 4 porções
#carne #especialidade #prato principal #receitas tropicais
Marinar, cozinhar lentamente e depois fritar são movimentos antagônicos que exigem paciência e atenção, mas são o que entregam a textura marcante do griot. A substituição do suco de laranja pelo abacaxi traz uma acidez mais doce e tropical, dando um toque diferente do tradicional, enquanto o coentro no bouquet garni liga os sabores entre a cozinha caribenha e a brasileira. Aprendi que mexer demais ou usar fogo alto torna a carne esfarelada, por isso esse método pede respeito ao tempo e aos sons do cozimento. A pimenta dedo-de-moça substitui o scotch bonnet mais agressivo, permitindo controlar melhor o grau de ardência para paladares variados.

Ingredientes

  • 80 ml óleo vegetal (1/3 xícara)
  • 50 ml marinada haitiana (1/5 xícara)
  • 1 kg paleta de porco sem osso e sem pele, cortada em cubos de 4 cm
  • 1 litro caldo de carne
  • 400 ml suco de abacaxi (1 2/3 xícaras)
  • 50 ml suco de limão tahiti
  • 4 dentes de alho picados
  • 1 pimenta dedo-de-moça inteira (substituiu scotch bonnet/habanero para menos agressividade)
  • ½ alho-poró
  • 5 ramos salsinha lisa
  • 4 ramos coentro fresco
  • Óleo de milho para fritar
  • Sobre os ingredientes

    Alterei a quantidade de óleo e suco de frutas para evitar excesso de gordura e acidez exagerada; abacaxi entra no lugar da laranja para um perfil menos ácido e mais perfumado. Pimenta dedo-de-moça permite controlar a picância sem sacrificar sabor. Coentro substitui o tomilho agregando frescor incomum. Paleta de porco é ideal pela gordura equilibrada e textura para fritar depois do cozimento. Alho-poró acrescenta aroma gentil no bouquet garni e pode ser trocado por cebola roxa em emergência. Usar óleo de milho para fritura garante crocância e sabor neutro.

    Modo de preparo

  • Aqueça o óleo numa panela grande em fogo médio-alto. Jogue a marinada e vá mexendo até começar a soltar cheiro, essa movimentação é chave para não queimar. Assim que a oleosidade aparecer e ingredientes formarem uma pasta na base, acrescente os cubos de porco. Mexa por 1 minuto para envolver bem. A carne deve começar a ganhar cor, não fique mexendo demais para não perder a textura.
  • Adicione o caldo, o suco de abacaxi, suco de limão, alho picado e a pimenta inteira. Leve para ferver. Enquanto isso, prepare o bouquet garni juntando o alho-poró, salsinha e coentro numa tira de pano de prato limpa ou simplesmente amarre os ramos com barbante.
  • Coloque o bouquet garni na panela. Abaixe para fogo médio-baixo, deixe a mistura cozinhar sem tampa por cerca de 1 hora e 40 minutos. O segredo está no som da fervura: um borbulhar constante e suave, sem agitação forte que endurece a carne. O líquido vai reduzir, e o aroma fica intenso na cozinha. Se a carne começar a desmanchar, fogo muito alto ou tempo excessivo - segure no ponto de maciez mas firme.
  • Com uma escumadeira, retire o bouquet garni e a pimenta, descarte. Remova a carne com cuidado para um prato com papel toalha. Aguarde uns 15 minutos para que os sucos internos se acomodem – carne quente demais no óleo não frita igual.
  • Pré-aqueça o óleo de milho na fritadeira a 175 °C. Use termômetro - fritura com temperatura errada compromete a crocância. Coloque os cubos em pequenas porções, apenas o suficiente para não baixar a temperatura. Frite 2 a 4 minutos, até dourar e ficar crocante por fora. Dê preferência a uma escumadeira e deixe escorrer sobre papel absorvente em uma assadeira.
  • Finalize servindo com arroz colado no estilo com fritas de banana-da-terra e um pikliz caseiro - os contrastes são fundamentais. Se faltar acidez ou picância no resultado, ajuste na hora com mais suco de limão e um pouco de vinagre de maçã no pikliz. O segredo está no equilíbrio entre carne, ácido e crocante.
  • Dicas de preparo

    O ponto crucial é o controle da fervura onde a carne cozinha sem que o molho fique agressivamente borbulhante. Sensação de aroma avassalador melhora quando líquido reduz ao ponto de cobrir quase toda carne. A pausa antes da fritura permite os sucos se redistribuírem; sem isso, ao entrar na fritura, o porco vira massa oleosa. A temperatura do óleo não pode oscilar; termômetro é investimento que evita erro de fritura. Escorrer bem em papel absorvente evita gordura grossa, o que interferiria na textura final. Pequenas porções na fritura fazem diferença para manter a qualidade.

    Dicas da chef

    • 💡 Escolha sempre uma peça de paleta de porco. A textura é ideal. Se não encontrar, opte por pernil. Não use lombo - muita carne seca.
    • 💡 O suco de abacaxi ilumina. Pode trocar por suco de maracujá. Mas atenção ao frescor; o sabor interfere na acidez. Consultar sempre o sabor.
    • 💡 Na hora da fritura, o óleo muito frio encharca. Use um termômetro sempre. Se não tiver, teste com um pedacinho da carne.
    • 💡 Após a fritura, deixar escorrer é crucial. Papel toalha absorve o excesso. Se não escorrer bem, a crocância fica arrasada.
    • 💡 Manter uma fervura suave durante o cozimento é essencial. Som da fervura precisa ser constante e tranquilo. Se não, carne esfarela.

    Perguntas frequentes

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