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Guimauvas de Baunilha

Guimauvas de Baunilha

Por Julia

Guimauvas aeradas, com toque clássico de baunilha e um toque de gosto diferente com extrato de amêndoas. Receita adaptada para usar açúcar mascavo claro no lugar do açúcar branco e gelatina em folha para textura mais macia. O preparo envolve batidas longas para criar picos suaves, e a guimauva ganha uma crostinha fina ao ser levemente caramelizada numa chama, trazendo contraste perfeito entre fofura e crocante. Rende 30 pedaços grandes e é livre de leite, ovos e oleaginosas. Timing flexível: atenção no ponto da mistura para não passar do ideal. Simples mas com técnica, e sempre uma surpresa no paladar.
Preparo: 35 min
Cozimento: 10 min
Total: 45 min
Porções: 30 guimauvas
#doce #guloseima #receitas fáceis
Guimauvas à la vanille sempre me lembram aquelas tardes de domingo na infância, quando minha avó puxava uma receita da bolsa cheia de segredos. Só que não! A tal receita era inevitavelmente grudenta, e a baunilha parecia nunca se destacar direito. Resolvi ajustar umas coisas: diminuir o açúcar branco tradicional, apostar no açúcar mascavo claro para dar uma camada de sabor mais fundo, e trocar a gelatina em pó por folhas, que deixam a textura mais delicada, quase derretendo na boca. O truque maior está no ponto da mistura quando batida, aquele momento em que pode parecer um suspiro, mas é guimauva pronta para se transformar. Ah! E aquela de dourar na chama? É um ritual, tem que fazer devagar, ficar de olho, e quando a pele estala e cria cor de caramelo, é melhor desligar logo. Serve para impressionar quando quer algo mais, não só um doce qualquer.

Ingredientes

  • 80 ml açúcar de confeiteiro (mais fina que o comum), substituto do açúcar a que estamos acostumados
  • 80 ml amido de milho, para evitar pegajoso e facilitar o corte
  • 125 ml água filtrada para hidratar e dissolver ingredientes
  • Mínimo 1 colher de chá de essência de baunilha natural (melhor que semente, que às vezes perde aroma)
  • 20 g gelatina em folhas (mais macia e quase invisível no resultado final)
  • 200 ml açúcar mascavo claro, mais complexo em sabor que o branco
  • 150 ml xarope de milho claro, pode trocar no limite por glucose de milho ou mel alcalino
  • Sobre os ingredientes

    Se estiver sem gelatina em folha, pode usar o pó, mas minha dica é hidratá-la em um pouco mais de água e dissolver muito bem para não criar pedaços. O açúcar mascavo claro dá um sabor caramelo sutil, que o açúcar branco não entrega; mas se não tiver, normal, põe o branco mesmo - só que veja que a textura da mistura vai mudar. Use xarope de milho claro; se só tiver mel, escolha mel alcalino para não alterar o sabor e textura. A baunilha é para quem quer alma, então não economize na essência natural ou use as favas como quiser - os grãozinhos ficam na mistura e aparecem, isso é charme. Amido e açúcar de confeiteiro sempre peneirados para o acabamento não virar bagunça. Não pule essa etapa.

    Modo de preparo

  • Peneirar o açúcar de confeiteiro e o amido juntos para garantir que não forme grumos - isso evita a melequeira toda depois
  • Forre um refratário quadrado 20x20 cm com filme plástico e unte levemente com óleo neutro (canola ou girassol). Fundamental para desenformar sem stress
  • Coloque a água numa panela pequena junto com a baunilha. Hidrate a gelatina em água fria por uns 7 minutos para ativar bem
  • Misture o açúcar mascavo com a gelatina hidratada dentro da água e leve ao fogo baixo, mexendo até dissolver tudo - essencial para evitar cristais de açúcar. O açúcar deve sumir na mistura sem formação de bolhas grandes
  • Deixar amornar uns 7 minutos depois que o açúcar derreteu, textura vai engrossar levemente e espuma formar na superfície
  • Transfira para uma tigela grande, adicione o xarope de milho e comece a bater com batedeira elétrica, potência máxima. Não pára antes dos picos, costuma levar uns 12 minutos. Parar cedo vai dar guimauva mole
  • Quando formar picos de colher, brancos, firmes e macios, espalhe rapidamente no refratário e alise com uma espátula oleada para evitar grude
  • Cubra com filme plástico para formar uma superfície lisinha sem crosta – deixe na geladeira por pelo menos 2 horas ou até firmar bem ao toque
  • Vire o bloco sobre uma superfície generosamente polvilhada com a mistura de açúcar e amido, use uma faca quente e limpa para cortar em 30 cubos grandes
  • Misture os cubos com o açúcar e amido para evitar que grudem entre si. Balance levemente numa peneira para tirar excesso - excesso deixa doce seco demais
  • Quer um toque especial? Use uma pequena tocha culinária para caramelizar rapidamente a superfície da guimauva, formando uma casquinha dourada e crocante - aroma forte queimado, magia na boca
  • Serve fresco ou em temperatura ambiente. Mistura quente lembra doce de festa junina, velho truque de mestre
  • Dicas de preparo

    O segredo aqui é no timing visual, não só nos minutos. Na dissolução do açúcar mascavo, a mistura não pode ferver agitada, só derreter o açúcar e a gelatina; se ferver, vai perder elasticidade. Na hora da batida, pare só quando os picos formarem e estiverem firmes, mas a massa ainda macia ao toque, quase que um marshmallow clássico. Na hora de desenformar, pode estar grudando ainda, por isso o filme plástico oleado é vida. Cuidado nas cortes, faca quente ajuda demais; usa óleo de cozinha para untar a faca entre um corte e outro, facilita e corta bonito. Caramelizar é um extra, mas observe que chama alta queima rápido e pode amargar. Vai com calma. Essa guimauva não é para fazer em banho-maria, calor direto, sem pressa, sem pânico, na calma. E se não tiver tocha culinária, uma faquinha quente num fogão a gás também dá jeito para dourar.

    Dicas da chef

    • 💡 Sempre peneire o açúcar de confeiteiro e o amido juntos. Grumos arruinam a textura. A mistura precisa ficar uniforme. Olha, vale a pena cuidar disso. Ninguém quer uma guimauva com pedacinhos.
    • 💡 Ao derreter o açúcar mascavo com a gelatina, mexa devagar. Não deixe a mistura ferver. Se ferver, o resultado pode ficar esfarelado. O truque é formar um líquido bem liso. Fique de olho na textura.
    • 💡 Se não conseguir gelatina em folhas, use a em pó. Hidrate bem. E a quantidade? A mesma! Mas esteja atento à dissolução. Ela deve sumir completamente, sem grumos. A suavidade vem da atenção.
    • 💡 Use uma faca bem quente para cortar. E unte entre os cortes. Isso facilita. Cortes bonitos são essenciais aqui. Guimauvas merecem um visual apresentável. Olho na facinha para não perder textura.
    • 💡 Quer um toque a mais? A tocha culinária é sua melhor amiga. Caramelize com cuidado. É rápido. Se passar do ponto, amarga. Fique ligado na cor. Mantenha baixo o fogo e controle bem.

    Perguntas frequentes

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