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Kimchi caseiro fermentado

Kimchi caseiro fermentado

Por Julia

Picles tradicional coreano adaptado com variações de ingredientes para um kimchi equilibrado, sem lactose, sem glúten e vegano. Utiliza repolho nappa, daikon, cenoura, e condimentos fermentados para um sabor profundo. Combina fermentação controlada com técnicas de drenagem e purê aromático. Apropriado para até 2 potes de 1 litro, com fermentação de cerca de 4 dias em temperatura ambiente. Inclui dicas para textura, aroma e conservação, além de adaptações na receita original para realçar o sabor sem perder a essência autêntica. Receita versátil que permite substituir ingredientes como a pimenta tradicional e a fruta para ajustar intensidade e doçura.
Preparo:
Cozimento: 0 min
Total:
Porções: 2 potes de 1 litro
#coreana #picles #vegetariano #fermentado #saudável
Sempre pensei que kimchi precisava ser trabalhoso e cheio de truques difíceis — o que não é totalmente mentira. Mas com experiência e alguns testes, virou rotina familiar. A combinação do repolho nappa com daikon crocante e o equilíbrio da pimenta coreana, levam o prato a outro nível. Adoro como o aroma vai mudando, ficando cada vez mais ácido e complexo, aquele cheiro puxado que muitos torcem o nariz, mas pra mim é sinal de que tá na boa. Percebermos que o kimchi está firme, com líquido levemente avermelhado, e que borbulha com facilidade já mostra que a fermentação está no ponto. Descobri que controlar o tempo e temperatura faz toda diferença — nem correndo muito nem parado faz mal. E claro, trocar ingredientes como a maçã pelo limão ou laranja traz personalidade diferente. Nem sempre fiz assim, mas quem tenta entender sabe que fermentação é ciência e arte, e um pouco de ventre também. Consequência? Comi kimchi o ano inteiro. Essa adaptação sem lactose, sem glúten e sem ingredientes de origem animal é uma homenagem às muitas cozinhas do mundo, respeitando tradições e criando novas possibilidades.

Ingredientes

  • 1 repolho nappa de aprox. 1,1 kg, cortado em cubos
  • 200 g de daikon cortado em palitos longos de 5 cm
  • 100 g de cenoura cortada em rodelas finas
  • 50 g de sal grosso ou sal marinho
  • 10 cebolinhas picadas, separando a parte branca da verde
  • 4 dentes de alho inteiros
  • 1 maçã verde média, descascada, picada
  • 30 g de pimenta coreana em pó (gochugaru) ou pimenta dedo-de-moça seca moída
  • 20 ml de açúcar mascavo
  • 20 ml de gengibre fresco picado grosseiramente
  • 25 ml de molho de soja fermentado ou molho de peixe
  • Sobre os ingredientes

    Respeitar a quantidade de sal é a chave para fermentação bem-sucedida, evita ficar salgado ou liso demais. O repolho nappa tem textura ideal; repolhos comuns podem funcionar, mas o resultado muda. A pimenta gochugaru é indispensável para sabor típico — alternativa é a pimenta dedo-de-moça seca, menos amarga, com toque mais frutado. A maçã verde substitui a tradicional pera para trazer acidez e doçura, equilibra o fermentado. Usar açúcar mascavo dá mais profundidade na caramelização natural da pasta, diferente do açúcar branco. Molho de soja fermentado no lugar do molho de peixe mantém receita vegana, mas o sabor fica diferente, mais terroso. Atenção à limpeza dos potes — esterilizar evita mofo e fermentação descontrolada. Para acelerar a fermentação, ambiente mais quente, mas cuidado com cheiros fortes e conservares estragando. É muito mais arte do que exatidão na receita — olho na textura, aroma e até no barulho da fermentação pra saber quando tá ok.

    Modo de preparo

  • Começar retirando o coração do repolho e cortando em cubos grandes. Evitar pedaços muito pequenos para não desmanchar na fermentação.
  • Misturar repolho, daikon e cenoura com o sal grosso em um recipiente grande. Mexer bem, apertar com as mãos, até começar a soltar líquido; essa etapa é fundamental para o kimchi ganhar textura crocante e liberar um caldo natural.
  • Colocar um prato resistente por cima da mistura e um peso para pressionar (várias latas servem). Levar à geladeira por 1 hora e 20 minutos. A ideia é extrair água suficiente sem deixar a mistura murchar demais.
  • Escorrer o líquido com uma peneira e lavar rapidamente os vegetais em água fria para tirar o excesso de sal. Não exagerar na lavagem para não perder sabor.
  • Deixar escorrendo na peneira dentro da tigela, cobrir com prato e peso, e voltar à geladeira por cerca de 50 minutos. Essa dupla drenagem previne que o kimchi fique encharcado e mantém crocância.
  • Enquanto isso, triturar no processador a parte branca das cebolinhas, alho, maçã, pimenta, açúcar, gengibre e molho de soja com pulsos curtos até virar uma pasta grossa; não precisa ficar lisa, pedaços trazem sabor.
  • Misturar a pasta com os legumes escorridos, adicionar as partes verdes das cebolinhas, mexer bem com luvas para não irritar a pele e para garantir que tudo fique bem incorporado.
  • Transferir o kimchi aos potes já esterilizados, deixando aproximadamente 2 cm de espaço superior. Pressionar firme para eliminar bolsas de ar, fundamental para fermentação homogênea e evitar mofo.
  • Limpar as bordas dos potes com pano limpo, cobrir com tecido fino tipo tule ou voal preso com elástico, deixando entrar ar, e posicionar os potes num prato para evitar vazamentos.
  • Guardar em local fresco, escuro e ventilado entre 17 e 22 graus por 3 dias e meio. Ouvir leve borbulhar típico da fermentação; aroma ácido e picante começa a surgir no quarto dia, importante para saber que está pronto.
  • Após fermentação, substituir o tecido por tampas normais, guardar na geladeira para parar a fermentação de vez. Pode durar até um ano, mas ideal consumir em 8 a 10 meses, sempre apertando a mistura quando usar para evitar oxidação.
  • Dica: pimenta doce em pó pode substituir a gochugaru para quem não encontra, maçã verde traz acidez contrastante, e laranja também funciona para doçura natural com toque cítrico. Ajustar sal se preferir menos salgado.
  • Dicas de preparo

    Fermentação não é ciência exata — bolsa de ar no pote é inimiga. Pressionar bem para tirar bolhas evita mofo e garante equalização do sabor. O sal dissipa água que traz crocância natural, serve também para inibir bactérias indesejadas. Lavar legumes após a primeira drenagem ajuda a controlar o sal, mas cuidado para não exagerar e deixar sem sabor. Fermentação deve acontecer em lugar escuro e fresco, mas evitar geladeira nesse momento — frio demais retarda demais o processo, calor demais acelera e estraga. A textura crocante e a presença de um líquido vermelho translúcido indicam que o kimchi está pronto para consumo. Trocar o tecido por tampa após fermentação é imprescindível para manter frescor e armazenar com segurança. Usar luvas na mistura não é frescura, protege as mãos do ardor e mantém higiene. Não se engane com o tempo exato — minha regra é ir olhando, cheirando e sentindo textura. Se tem borbulhas e cheiro ácido confortável, pode fechar e levar pra geladeira. Na dúvida, experimente uma pequena quantidade no terceiro dia; o sabor precisa ser ácido, mas sem cheiro muito forte que indica fermentação exagerada e fechamento dos poros vegetais.

    Dicas da chef

    • 💡 Escolher repolho nappa é essencial. Ele tem a crocância perfeita. Pode trocar por repolho comum, mas o resultado muda muito. A textura não será a mesma, mas serve. Importante usar sal grosso, se não, o kimchi pode ficar muito mole. O sal é chato, mas é o que faz o trabalho.
    • 💡 Para ajustar a intensidade da pimenta, trocar gochugaru por pimenta dedo-de-moça é uma boa. Menos amargo e mais frutado. Explorar sabores com frutas como limão ou laranja é interessante. A maçã verde traz acidez que corta a doçura. O equilíbrio é a chave, não economizar. Um pouco de açúcar mascavo ajuda a caramelizar.
    • 💡 Fermentação é ciência e arte. Escovar as paredes do pote é uma boa prática. Evita contaminação. E o peso em cima da mistura, fundamental. A pressão ajuda a liberar líquido. Cuidado com o lugar para fermentar. Frio demais vai desacelerar, quente demais pode estragar. Experiência na temperatura é o que conta.
    • 💡 Se o kimchi está muito salgado, lavar os vegetais depois de drená-los é uma saída. Mas não exagerar na lavagem. Muitos sabores vão embora. A textura crocante é muito importante. Olhar se o líquido está claro ou avermelhado ajuda a saber se está no ponto. Aroma ácido também é sinal de que tá na hora.
    • 💡 O kimchi pode durar até um ano na geladeira. Mas o melhor é consumir em cerca de 8 a 10 meses. Mantenha sempre o pote pressionado ao abrir. Aproveitar o que sobrou é vital para evitar oxidação. Usar luvas não é por frescura. Protege as mãos do ardor. E mantém a higiene também.

    Perguntas frequentes

    O que fazer se o kimchi não fermentar?

    Primeiro, verifique a temperatura. Se tá muito frio, deve aquecer o ambiente. Mas cuidado, calor excessivo estraga. E a quantidade de sal, muito importante. Se não colocou o suficiente, não vai fermentar.

    Como saber se o kimchi está pronto para comer?

    O cheiro ácido e borbulhas são sinais. Olhar a textura é crucial. Líquido levemente avermelhado é ideal. Melhor testar um pouquinho no terceiro dia. Picante e ácido é o caminho, mas não exagerar no ardido.

    Tem problemas com mofo?

    Evitar ventos e lugares muito úmidos. Moldes aparecem com falta de pressão no pote. Se isso rolar, remover qualquer parte mofada imediatamente. Prossiga com cuidado. Fermentar com papel em cima evita isso.

    Como armazenar o kimchi?

    Pode usar potes fechados normais após a fermentação. Mas evitar luz e calor. Geladeira é o melhor depois. Dura até um ano, mas sempre revisar se tá bom. Aroma é importante também. Não hesitar em jogar fora se algo estiver estranho.

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