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Manteiga de Pera com Gengibre

Manteiga de Pera com Gengibre

Por Julia

Purê de peras Anjou cozido lentamente até atingir textura de manteiga, com toque de gengibre fresco para quebrar a doçura. Receita vegana, sem glúten, lactose, ovos ou nozes. Ideal para acompanhar torradas ou até como recheio de bolos e panquecas. A doçura final regulada na hora garante maior controle, evitando aquela sensação enjoativa comum.
Preparo: 20 min
Cozimento:
Total:
Porções: 2 potes de 250 ml
#vegana #deliciosa #frutas
Já tentei vários jeitos de fazer manteiga de pera, e o segredo é não apressar. A pera precisa de paciência, tempo e uma pitada de improviso. O gengibre entrou em cena numa daquelas tentativas para cortar o doce e ganhou meu coração de vez — traz aquela profundidade, sabe? A textura deve lembrar manteiga macia, daí o nome, e isso só vem com o cozimento lento, que transforma a pera em algo cremoso e brilhante. Ah, e o limão não pode faltar, porque sem ele, a fruta escurece e o sabor fica apagado. A doçura, meu amigo, depende da pera, do seu paladar, não de receita engessada. Mexa, cheire, prove — assim você aprende a hora certa de parar. E fica a dica: se queimar é prejuízo, mas se refrescar gelando rápido, vira outra coisa deliciosa.

Ingredientes

  • 1,9 kg de peras Anjou descascadas, sem sementes e fatiadas (cerca de 11 a 12 peras médias)
  • suco de 1 limão tahiti
  • 100 g de açúcar cristal (pode ser substituído por açúcar de coco para versão mais natural)
  • 1 pedaço de 2 cm de gengibre fresco ralado (opcional, para dar um toque de frescor e picância sutil)
  • Sobre os ingredientes

    Peras Anjou são minha escolha número um por serem doces na medida certa e com textura firme que aguenta o cozimento sem virar melaço líquido. Claro que pode usar outro tipo, mas ajuste tempo para evitar perder consistência. Açúcar é melhor sempre na medida, vai do gosto. Se quer sem açúcar refinado, dá para usar melado ou açúcar demerara, até mascavo, mas isso altera a cor e sabor. Limão tahiti não entra só no sabor, é essencial para evitar escurecimento e garantir acidez, equilibrando. Gengibre, opção minha, para quebrar o dogma frutas-doce-doce, traz frescor e um toque de comida de vó em dia frio. Variações incluem canela em pau, cravo — mas aí foge do clássico e vira outra receita. Cuidado com frutas passadas demais, vão amargar e comprometer. Casca geralmente dispenso para evitar textura fibrosa e amargor, mas curioso quem gosta pode tentar bater com casca e passar no passador, só que textura muda radicalmente.

    Modo de preparo

  • Coloque as peras fatiadas numa panela larga, adicione o suco de limão e o gengibre ralado. Ligue o fogo alto e mexa sem parar por cerca de 8 a 12 minutos; o objetivo é amolecer as peras e evitar que grudem antes de começarem a soltar água e formar caldo.
  • Enquanto isso, prepare o processador e um passador de alimentos (peneira fina); importante para garantir textura fina, sem fiapos ou cascas indesejadas.
  • Desligue o fogo, transfira cuidadosamente as peras e o caldo para o processador e bata até virar uma polpa homogênea. Cuidado para não bater demais e aquecer demais, o que pode alterar o sabor.
  • Passe toda a polpa pela peneira, use uma espátula para ajudar; vai parecer que rende pouco, mas essa etapa retira a fibra grossa que pode dar textura arenosa ao produto final.
  • Volte a polpa filtrada para a panela, agora em fogo médio-baixo. Acompanhe mexendo com frequência, principalmente nas bordas onde a manteiga tende a grudar e queimar mais fácil. O ponto certo é quando a mistura ganha textura cremosa, brilhante, e não escorre rápido da colher, algo entre geleia e creme de manteiga macia.
  • Ao sentir esse ponto, prove e adoce com o açúcar aos poucos, mexendo bem até dissolver e atingir o sabor que te deixa satisfeito sem ficar enjoativo. Essa etapa é pessoal, prefiro pouquíssimo açúcar, mas infantojuvenil abraça mais doce.
  • Deixe cozinhar por mais 15 minutos para integrar o açúcar e atingir a textura final (que deve ser firme, porém espalhável). Evite cozinhar demais, senão vira um doce duro ou carameliza demais.
  • Desligue o fogo, cuide para esfriar um pouco antes de colocar em potes esterilizados; guardar na geladeira até duas semanas. Para armazenar mais tempo, congele em porções, descongelando na geladeira na noite anterior ao uso.
  • Se encontrar peras menos doces, aumento o limão e gengibre para equilibrar o dulçor natural.
  • Se não tiver peras Anjou, pode usar Williams mas o cozimento pode ser um pouco mais rápido.
  • O gengibre é um twist que evita aquele doce monotônico e até melhora aroma, mas se não gostar, só aumentar o limão para um toque ácido.
  • Garanto que o segredo está no olho e mão no fogo, mexer sempre e sentir textura. Quanto mais lento o cozimento, melhor o resultado final.
  • Já queimei por descuido. A cor vai de bege clarinho a dourado suave, fique atento para não passar do ponto. O cheiro vai ficando doce e perfumado, com cheiro de fruta cozida.
  • Cuidado para não usar panela muito funda, pois volume diminui bastante e mexer bem até reduzir ajuda a controlar o ponto.
  • Recomendo começar com fogo alto para amolecer e terminar em fogo baixo para preservar sabor e textura.
  • Dicas de preparo

    A primeira etapa é fogo alto e mexer sem parar para não grudar e para liberar líquido da pera, fundamental para a textura final. Eu sempre observo visual e textural, não tempo cravado. Depois de triturar e passar, cozinhar em fogo baixo é lenta alquimia — revelação dos aromas, mudança da cor, até a textura de manteiga. Atenção nas bordas, onde queima primeiro. Mexer raro ou pouco causa catástrofe, mexer de mais pode quebrar a textura. Eu uso colher de pau ou espátula de silicone, dependendo do volume. Acerte o ponto da manteiga observando como escorre da colher, deve ficar pesada, quase grudando e brilhando. Doce, você coloca no final, sempre degusto com colher para ajustar. Ao guardar, os potes precisam estar limpos e bem secos para durar, porque mesmo sem conservantes, açúcar ajuda na conservação. Já deixei receita mais líquida e depois congelei; funciona para usar em bolos no lugar de geleias. Adaptar o tempo e o sabor é o passo mais gostoso, quando você entende a fruta, vira mestre do seu próprio doce.

    Dicas da chef

    • 💡 Use peras Anjou para melhor resultado — textura firme e doce na medida. Se não achar, a Williams vai, mas cuidado, pode cozinhar mais rápido. Gengibre é opcional, mas traz frescor. Um pedaço pequeno é suficiente. Limão é essencial para evitar a oxidação. Se as peras forem mais azedas, adicione mais limão.
    • 💡 A etapa de passar pela peneira é chave — pode parecer que vai render pouco, mas a textura melhora muito. Evita fibras que podem deixar a manteiga arenosa. Mexer é crucial. Se parar, gruda no fundo. Olhe a cor, deve começar a mudar para dourado. Sons de borbulhas ajudam a saber se está cozinhando certo.
    • 💡 Adoce aos poucos — melado ou açúcar de coco podem ser substitutos. Cuidado com a quantidade. Eu gosto menos doce, mas depende do seu gosto. Prove antes de colocar tudo. O resultado deve ser uma manteiga macia, não um doce. Atenção ao tempo de cozimento. Mais tempo pode ficar muito duro.
    • 💡 Envie para potes esterilizados, sem resíduos. Refrigerar é bom, mas se quiser conservar, congele em porções pequenas. Antes de usar, descongele na geladeira. Fique de olho na cor. O cheiro muda durante o cozimento; de frutado para mais doce e intenso. Isso é sinal de que está no caminho certo.

    Perguntas frequentes

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