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Méquiou de porco tradicional

Méquiou de porco tradicional

Por Julia

Carne de porco assada lentamente na brasa, temperada com mistura seca de especiarias e acompanhada de cerveja para umidade. O processo exige paciência, controle do fogo e atenção às texturas e aromas. A marinada traz um toque doce-salgado com leve picância. Cozinhar na brasa com rotação lenta garante suculência e pele crocante. Pode-se substituir cerveja por caldo aromatizado, e páprica doce por defumada para um realce extra. Técnica antiga, raiz do sul, aperfeiçoada através de experimentos com tempos e calor, até atingir o ponto certo onde a carne quase desfaz ao toque da faca e a gordura escorre dourada e perfumada.
Preparo: 120 min
Cozimento: 570 min
Total: 690 min
Porções: 15 porções
#churrasco #receitas #carnes #tradicional #caseiro
Já ralei muito para perfeccionar a técnica de assar uma cuisse inteira de porco na brasa, e confesso: pouca coisa supera aquele cheiro que invade o quintal, mistura de fumaça, tempero e cerveja evaporando. A paciência é sua melhor amiga aqui. O segredo não está só no tempo, mas em como você sente a carne — a textura da pele que vai de flexível a crocante, e a gordura que quase pula no fogo sem queimar —, estas são pistas que a ciência dos pitmasters conhece bem. A marinada seca é um clássico que garante sabor na medida certa, com pitada de desafio para controlar a intensidade do picante e do doce. Prepare o coração e as mãos, que a festa vai até o fim da tarde.

Ingredientes

  • 45 ml (3 c. sopa) de páprica defumada
  • 45 ml (3 c. sopa) de chili em pó
  • 45 ml (3 c. sopa) de sal grosso
  • 20 ml (1 c. sopa e 1 c. chá) de açúcar mascavo
  • 5 ml (1 c. chá) de pimenta-do-reino moída na hora
  • 5 ml (1 c. chá) de alho em pó
  • 5 ml (1 c. chá) de cebola em pó
  • 1 cuisse inteira de porco de aproximadamente 11 kg
  • 1 recipiente descartável para assar 30 x 25 cm
  • 2 garrafas de cerveja (370 ml cada) tipo lager ou red ale
  • 20 kg de carvão em briquete
  • Lenha seca para manter o fogo
  • Sobre os ingredientes

    Reduzi um pouco o açúcar e o sal, pois já notei que a cassonade em excesso forma uma crosta empelotada. Substituí páprica doce por defumada para agregar aroma e evitar sensação enjoativa. A cerveja pode ser trocada por maçã fermentada ou caldo de legumes com toque de limão para manter o frescor, especialmente se quiser algo mais leve. O porco precisa estar com a capa de gordura e pele intacta para evitar que resseque e para a textura crocante especial. Ideal guardar a carne na geladeira coberta para apurar o tempero, evitar contaminações e perder umidade. Combinar carvão com lenha melhora o controle da brasa e dá sabor da lenha ao prato.

    Modo de preparo

  • 1. Misture todos os temperos secos em uma tigela média. Alterei as quantidades para mais pigmentar e reduzir o dulçor, já que muita cassonade torna a crosta pesada. Páprica defumada substitui a doce nesta versão, traz mais profundidade e aroma caramelo.
  • 2. Prepare a carne: faça cortes espaçados de 2 cm na pele e gordura, não ultrapasse a camada de carne para evitar ressecamento. Esfregue a mistura no porco, pressionando nas ranhuras para garantir penetração máxima. Coloque num saco grande ou tigela coberta e leve à geladeira por 30-48 horas. Descobri que 36 horas deixa equilibrado e o tempero age melhor do que menos tempo.
  • 3. Monte a churrasqueira com brasa moderada. Não deixe fogo alto; um teste básico: mantenha a mão 3 segundos acima da brasa onde a carne estará. Adicione lenha aos poucos para acender e afinar o sabor. O segredo é espaço para o calor circular e não queimar a pele.
  • 4. Retire a carne da marinada e espete na haste do espeto, alinhando o osso para firmeza. Amarre a peça com arame, caso deseje, para evitar movimento excessivo no giro. Posicione o recipiente com cerveja abaixo, para pingos e vapor — isso evita chamas e fumaça intensa. Coloque mais briquetes na parte mais carnuda para uniformizar a cocção.
  • 5. Gire lentamente por cerca de 7-9 horas, um pouco menos que o tradicional. O importante é monitorar a temperatura interna: quando um termômetro indicar 70-72 ºC, testei que é onde a carne fica macia e ainda úmida. Regue sem pressa com cerveja a cada 30 minutos para manter a umidade e aroma. Evite abrir muito o fogo para não estressar a carne.
  • 6. Depois do tempo, retire o espeto, deixe a carne descansar 25 minutos antes de fatiar. Isso ajuda a redistribuir os sucos. Descasque a pele com cuidado — deve estar crocante, quase estalando. Corte em fatias finas, sirva com molhos de sua preferência, como molho barbecue à base de maionese vegana, molho com toque de mostarda ou uma versão caseira defumada.
  • 7. Dicas finais: Sempre confira a cor da fumaça; branca é boa, preta indica que a brasa está suja ou com excesso de gordura queimando. Na falta de briquetes, faça uma mistura com lenha para um sabor mais rústico. Caso a pele comece a queimar, afaste a carne da brasa e aumente a umidade do recipiente. Já testei variações com frutas secas na marinada para um toque adocicado inesperado, vale tentar.
  • Dicas de preparo

    A ordem dos preparos pode parecer simples, mas é no controle do fogo que mora o segredo. Praticar os cortes deve ser cuidadoso para não cortar muito profundo, pois isso pode deixar a carne ressecada nas áreas expostas. O teste da mão na brasa é clássico e funciona melhor que qualquer medidor complicado. Girar o espeto com tranquilidade evita que a carne queime e facilita uma cocção uniforme. O tempo de descanso pós cozimento é fundamental para fixar os sucos internos; nunca pule essa parte. Cuidado ao regar para não apagar o fogo ou criar muita fumaça. Se ocorrer excesso de chama, cubra com papel alumínio ou posicione a carne em área menos quente temporariamente. Variables ambientais como clima e tipo do carvão influenciam no tempo final, fique atento aos sinais sensoriais acima de tudo.

    Dicas da chef

    • 💡 Testar os cortes na carne é essencial. Cortes de 2 cm permitem que o tempero penetre a fundo, mantêm a gordura crocante e suculenta. Já errei em não cortar o suficiente. Resultado: carne seca. O marinada longa ajuda a equilibrar os sabores. Ideal é 36 horas. Olhe a pele. Se não estiver crocante, algo deu errado. Gire a carne na brasa. Monitore a temperatura interna. Ter um termômetro facilita a vida.
    • 💡 E a cerveja? Uma ótima recomendação. Trocar por caldo de legumes é válido. Mas a cerveja traz aquele toque especial. Não use muita doce, a crosta pode ficar pesada. É melhor equilibrar o açúcar e a páprica. Agora, a lenha na brasa! Faz toda a diferença no aroma. Misturar carvão e lenha traz sabor rústico. Mas atenção! Variações climáticas podem mudar o tempo de cozimento.
    • 💡 Cuidado com o fogo! Fogo baixo é a chave. Coloque a mão sobre a brasa. Se aguenta 3 segundos, está ok. Não se esqueça da umidade. Regar a cada 30 minutos é crucial. Se sentir que a pele começa a queimar, afaste a carne da brasa. Cubra com papel alumínio se preciso. O calor deve circular, não queimar a carne. Praticar o controle do fogo é vital.
    • 💡 Descanso depois de assar é obrigatória. Aguarde 25 minutos. Isso ajuda a redistribuir os sucos internos, garantindo uma carne suculenta ao fatiar. Fatiar na hora errada é receita para desastre. Olhe a cor da fumaça. Fumaça branca é boa; preta, ruim. Pode indicar excesso de gordura queimando. Já fiz com frutas secas na marinada, experimente! Um toque adocicado inesperado.
    • 💡 Considere substituir algumas especiarias. Alho fresco no lugar do em pó pode mudar tudo. Ou cebola caramelizada em vez da cebola em pó. Mas sempre teste. Ajuste conforme seu gosto. Explore novos sabores colocando ervas que combinam. Um chute de alecrim na marinada pode ser interessante! Variedades regionais podem influenciar o sabor. Experimente e descubra.

    Perguntas frequentes

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