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Mexilhão no Molho Verde

Mexilhão no Molho Verde

Por Julia

Mexilhões cozidos num molho verde feito com ervas frescas e espinafre, temperados com pimenta e finalizados com creme para um toque aveludado. Uso manjericão em vez de hortelã para dar uma nuance mais floral, e troco o espinafre por rúcula para um sabor levemente amargo. Vinagre branco substitui o vinho branco, por oferecer acidez controlada e mais estabilidade no cozimento. Cozimento em fogo médio permite mexer sem estressar os mexilhões, garantindo que abram por igual sem perder textura. Creme fresco substitui a nata tradicional, entrega leveza e frescor. Toque de pimenta dedo-de-moça em vez de Tabasco, além de deixar o molho picante, acrescenta aroma brasileiro. Mexilhões limpos, descartando os que não quiserem abrir. Finalização na medida, nem muito cozido, nem cru.
Preparo: 20 min
Cozimento: 25 min
Total: 45 min
Porções: 4 porções
#frutos do mar #receita deliciosa #cozinha brasileira
Mexilhão com molho verde é daqueles pratos que cativam hora zero na cozinha - o cheiro das ervas misturadas com o mar é um convite. Já tentei molho só com salsinha; fica bom, mas a adição de manjericão e a substituição do espinafre ajudam a equilibrar doçura vegetal e frescor amargo, uma coisa que me agrada descobrindo nuances no prato. A escolha do vinagre em vez do vinho branco foi por influência do nordeste, onde uso vinagre de caju pra dar a acidez que bate forte no marisco. E mexer pouco, respeitando o tempo dos mexilhões abrirem é treino de paciência. Não confie só no relógio, tem que ver os moluscos abrirem, senão vira borracha ou cru. Use o que a natureza oferece e a cozinha agradece.

Ingredientes

  • 150 ml vinagre branco
  • 2 dentes de alho picados
  • 100 ml manjericão fresco
  • 8 folhas de hortelã (opcional, para aroma sutil)
  • 300 g rúcula fresca, só as folhas
  • pimenta dedo-de-moça picada, a gosto
  • sal e pimenta-do-reino moída na hora
  • 1,8 kg mexilhões limpos e sem barba
  • 150 ml creme fresco (pode substituir por creme de leite)
  • talo de salsão picado para dar frescor (opcional)
  • Sobre os ingredientes

    Alterei as quantidades dos ingredientes principais porque na minha cozinha costumo trabalhar com mais vinagre para um sabor mais cítrico, trocando o vinho branco que tenho menos em casa e que às vezes domina o molho demais. Manjericão trouxe um frescor aromático que a hortelã não tem sozinha, e a rúcula dá uma amargura que casa com frutos do mar melhor do que espinafre, que pode amolecer demais e virar meio ‘papinha’. Se não encontrar creme fresco, creme de leite integral serve, mas cuidado para não ferver depois de misturar para não ‘virar’ nata coalhada. Pimenta dedo-de-moça é opção regional para um calorzinho, mas Tabasco pode ser usado no lugar. Se não tiver rúcula ou manjericão, uma mistura de salsinha e coentro pode funcionar, mas aí o perfil muda. Na falta de vinagre branco, vinho branco mesmo ou um vinho verde seco dão conta de manter acidez e aroma. Limpeza dos mexilhões não pode ser preguiçosa – areia e sujeira deixam cheiro ruim e textura arenosa, e barbas devem ser puxadas com firmeza. Se tiver dúvida sobre frescor, mexilhão aberto antes de cozinhar é sinal de que deve ser descartado.

    Modo de preparo

  • Primeiro: esquentar o vinagre com alho. Deixe ferver devagar até o alho dourar levemente, soltando aroma, não queimando.
  • Tacar as ervas e a rúcula junto na panela. Mexa rápido, só até murchar, coisa de 3 minutos, senão amarga. Cuidado com excesso de calor – se mudar pro domo, perde frescor.
  • Jogo essa mistura no liquidificador até virar creme verde vibrante. Sobe aroma. Se faltar líquido, pingue água filtrada, mas nem sempre precisa.
  • Levo a mistura de volta à panela. Jogo a dedo-de-moça picada, fica um leve ardido cremoso, finjo que é verão em Pernambuco. Deixa ferver baixinho.
  • Sal e pimenta na medida certa, nada de exagero, o mexilhão vai segurar sabor. Provo pra acertar sal porque açúcar do vinagre pode mascarar.
  • Bato a panela cheia dos mexilhões, mexendo com colher de pau pra envolver todos no molho. Na tampa, fogo médio. Mexo de vez em quando; mexilhão que não abrir aos 6 minutos, jogo fora – olho sempre, nada de abrir batendo com força, mexilhão fica borrachudo ou cru.
  • Quando abrir, retiro da panela, deixo no escorredor. O barro que soltam escorrendo tem que sumir.
  • Faço o retorno do creme fresco, misturo delicado, quadro final sem deixar ferver – o creme corta fácil.
  • Corrijo tempero. A mistura deve ficar verde escuro brilhante, sabor herbáceo, picante e umami vindo dos moluscos.
  • Sirvo nas tigelas fundas, com pão italiano ou baguete à parte para mergulhar no caldo.
  • Dica: use mexilhões frescos do mercado ou peixaria, limpando as barbas e descartando aqueles com concha quebrada antes da receita.
  • Dicas de preparo

    Cozinhar mexilhão é arte de olho e tato, não de cronômetro fixo. Fervo o vinagre com o alho para extrair aroma, evitando que alho queime e fique amargo. Uso pouco tempo para as folhas murcharem, porque passa disso o verde escurece e o sabor endurece. A pureza da mistura no liquidificador é importante para o molho ser aveludado e envolver o mexilhão sem fios ou pedaços. Trocar o tempero no molho depois de misturar mexilhão é delicado, pois o creme fresco não tolera fervura prolongada – por isso misturo no final, fora do fogo, para não talhar. A chave do sucesso é observar as conchas abrirem como uma cortina em câmera lenta; mexo só para girar os mexilhões no molho, deixando cozinhar uniforme. A textura do produto final deve ser macia com a manteiga do mexilhão presente, sem cheiro agressivo do mar que indica passado do ponto. Se molho estiver muito líquido, reduzo fora da concha para deixar mais encorpado antes de juntar os moluscos. Em caso de erro, a sopa consegue virar caldo e funciona para outra receita, tipo risoto com frutos do mar.

    Dicas da chef

    • 💡 Mexilhões frescos são essenciais. Procure no mercado, sem concha quebrada. Limpeza é fundamental, puxar as barbas com firmeza. Se não abrir, descartar.
    • 💡 A temperatura conta. Fogo médio é ideal. Ficar atento ao som dos mexilhões abrindo. Não deixe cozinhar demais. Eles devem estar macios e úmidos.
    • 💡 Se não tiver manjericão, use salsinha ou coentro, mas muda o perfil de sabor. Rúcula dá amargor. Evite espinafre que pode amolecer demais.
    • 💡 Vinagre branco é mais leve. Se não tiver, vinho branco seco serve. Pimenta dedo-de-moça é brasileiríssima; se não tiver, Tabasco funciona, mas muda o gosto.
    • 💡 Creme fresco é melhor que o de leite. Não ferver depois de misturar, tá? O creme corta o calor. Ninguém quer nata coalhada.

    Perguntas frequentes

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