Aller au contenu principal
RF

Okonomiyaki brasileiro

Okonomiyaki brasileiro

Por Julia

Uma versão adaptada do omelete japonês que junta repolho, bacon e camarão, com toque brasileiro. Troquei farinha comum por uma com mais proteína para dar liga e acrescentei shoyu artesanal. Cortes mais grossos do que o usual, para textura. Camarões frescos, não congelados, pra garantir sabor e firmeza. A cocção ora demora um pouco mais pela espessura maior — observar cor, som e cheiro é chave. Finalização com maionese temperada à brasileira, com limão e pimenta do reino. Pouco alho na hora de refogar o repolho ajuda seu amolecimento. Temperos delicados, destaque para o aroma do bacon e o estalo do óleo quente. Flocos de uma boa bonite seca para contrastar o cremoso. Serve bem como prato principal em janta informal a duas ou quatro pessoas.
Preparo: 20 min
Cozimento: 30 min
Total: 50 min
Porções: 2 porções principais ou 4 entradas
#okonomiyaki #comida japonesa #camarão #bacon #repolho
Não tem mistério, o okonomiyaki é um daqueles pratos que pedem respeito ao tempo de preparo e atenção nos detalhes para funcionar. No Japão, é comum ver as variantes com vários recheios e texturas que rendem aquela certa suspensão no paladar. Aqui, cansado do ovo seco, aprendi que o truque tá em dar leveza à farinha enquanto o repolho segura a estrutura, e o bacon entra pra trazer o salgado intenso, sem deixar a cozinha engordurar. O camarão fresco traz umidade e sabor marinho fresco, tão distinto do comprado congelado. A maionese tem que ser mais que um spread; preparar um tempero rápido com limão e pimenta abre o prato e evita monotonia. A diferença de tempo de cozimento é pouca, mas controla tudo. Sem pressa, escutando chiado, vendo as bordas dourarem, sabe que tá pronto. O flocos — bonite que, ao contato com o quente, dança, como um samba no prato.

Ingredientes

  • 2 ovos grandes
  • 50 ml farinha de trigo com mais proteína (substituir a padrão comum)
  • 7 ml (1½ colher chá) shoyu artesanal
  • 1 cebolete picada finamente (substitui cebolinha verde)
  • 250 ml repolho verde picado grosseiramente
  • 1 cebola pequena picada em cubos pequenos
  • 60 g bacon cortado em fatias mais grossas (pode ser lombo defumado)
  • 30 ml óleo de girassol ou canola
  • 6 camarões frescos médios limpos e picados em pedaços de 1,5 cm
  • 3 ml (⅓ colher chá) flocos de alga nori (aumentei pela textura)
  • maionese temperada com limão e pimenta do reino a gosto
  • molho barbecue caseiro no lugar do tonkatsu
  • flocos de bonite seca para finalizar
  • Sobre os ingredientes

    A farinha escolhida é o segredo de liga fina — trigo com mais proteína segura o ovo e o repolho juntos, sem empapar. Se quiser versão sem glúten, farinha de arroz funciona, mas mudará textura, vai virar mais frágil. O bacon pode ser substituído por lombo defumado, por aqui famoso — uso às vezes. O óleo não pode queimar; canola ou girassol aquecem rápido e são neutros, evitando gosto ruim. Prefiro camarão fresco, cortado na hora, porque o congelado solta água e corre o risco de deixar okonomiyaki pesado. Algas secas em pó são a alma do sabor — usei nori em flocos, aumentei pra mais sabor. Substituí molho tonkatsu pelo barbecue numa tentativa pessoal de dar uma brasilidade.

    Modo de preparo

  • Misture ovos, farinha e shoyu numa tigela até ficar uniforme; depois agregue a cebolete.
  • Esquente metade do óleo numa frigideira antiaderente. Refogue repolho, cebola e bacon até o repolho perder aquele brilho opaco e começar a ficar transparente; demora uns 6 minutos, mexa sempre para não queimar, a textura deve estar firme, quase crocante.
  • Jogue os camarões e refogue mais 1 minuto até eles mudarem de cor mas ainda firmes; cuidado para não cozinhar demais, senão resseca.
  • Passe essa mistura para a tigela com os ovos; mexa bem e deixe homogeneizado, corpo firme, bem integrado.
  • Limpe rápido a frigideira com papel toalha e esquente o óleo restante em fogo médio.
  • Coloque a mistura com cuidado, espalhe formando um disco gordo, cerca de 1,2 cm de altura.
  • Deixe cozinhar sem mexer, observe as bordas mudarem para dourado meio caramelizado, aproximadamente 3 minutos; vá escutando um chiado constante, som do cozimento ideal - se chiar muito alto é fogo alto demais.
  • Vire com cuidado usando uma espátula larga; cozinhe do outro lado por mais 1,5 minutos até o centro ficar firme mas molhadinho.
  • Transfira para uma tábua para cortar em quadrados ou triângulos.
  • Na hora de servir, polvilhe as algas em pó e flocos de bonite; faça riscos com maionese temperada e chili barbecue — o contraste do doce, ácido e leve picância chama atenção.
  • Sirva logo, quente, com cheiro de bacon e camarão fresco indo embora na cozinha.
  • Dicas de preparo

    O passo chave: refogar o repolho até ficar translúcido mas ainda firme — se passar disso, vira caldo. Já errei: cozinhando rápido demais, repolho cru demais, o omelete desmancha. Camarão vai rápido, abrir a frigideira só quando fundos começarem a dourar. A mistura de ovos com farinha não deve ser muito líquida para não escorrer demais; acompanhar a textura. Limpar a frigideira entre as etapas evita restos grudar, óleo velho queima fácil. Cozimento pede ritmo certo no fogo médio, sempre olhando as bordas dourarem uniformemente — borda queimada é sinônimo de fogo alto demais, massa crua no meio, fogo baixo. Vire com espátula larga conforme bordas liberam do fundo. Na montagem, não economize nos flocos secos e maionese — o contraste é o charme que faz você querer repetir.

    Dicas da chef

    • 💡 Escolher a farinha certa é crucial. Use farinha com mais proteína. Isso dá liga. Evita que o okonomiyaki fique pesado. Se não tiver, arroz é opção; muda a textura, mas vale. Verifique a consistência, líquida demais escorre.
    • 💡 Repolho é o que dá corpo. Tem que refogar até ficar translúcido, mas firme. Se passar do ponto, vira caldo. Errei na primeira vez. Mantenha a atenção no fogo. O som da frigideira é seu guia, chiado constante é ideal.
    • 💡 A tática é não apressar o cozimento. Vire o okonomiyaki quando as bordas dourarem. Um dourado caramelizado. Observação é essencial. Se fritar muito rápido, o centro fica cru. Não quero um tipo de massa crua, gosto do firme.
    • 💡 Camarão fresco pode ser o diferencial. O congelado solta água e muda a textura. Fica pesado. Nunca mais comprei congelado. Se usar congelado, descongele bem antes. Eliminou a umidade e trouxe mais sabor.
    • 💡 Finalização faz o prato encantar. Flocos de alga e maionese temperada. O contraste de sabores é essencial. O doce, ácido e leve picância devem dançar juntos. Não economize na decoração, isso traz o apelo visual e gustativo.

    Perguntas frequentes

    Você também vai gostar

    Ver todas as receitas →