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Pão Integral com Uvas Passas

Pão Integral com Uvas Passas

Por Julia

Pão denso, rústico, com toque de uvas secas e um quê de especiarias. Substitui parte da farinha branca por integral para uma textura mais pesada, porém macia, e usa açúcar demerara no lugar do mascavo, que trouxe um sabor terroso interessante. Troquei óleo de canola por azeite extra virgem, porque a gordura importou no aroma final. Em vez de bicarbonato, usei fermento químico e um toque de canela pra dar personalidade. Mistura rápida, quase sem bater, para evitar que desenvolva glúten demais. Resultado: crosta levemente firme, miolo úmido e cheiro que me lembrava casa da minha avó.
Preparo: 20 min
Cozimento: 45 min
Total:
Porções: 10 porções
#pão #integral #vegetariano #café da manhã #receitas brasileiras
Pão com farelo e passas, lembra receitas antigas da roça brasileira. Testando variações para deixar mais equilibrado nutrucionalmente e saboroso, substituí ingredientes básicos e acrescentei um toque de canela. Fácil de fazer, mesmo para quem tem pouca prática, pois a mistura é direta, nada de sovar ou descansar massa longa. Deu certo pra mim depois de algumas tentativas e ajustes finos, como reduzir o bicarbonato e acrescentar a canela. Ideal para aquele café da manhã que não é só pão branco, mas sabor, textura e aroma que se destacam. Também é um jeito de usar farelo de trigo, que costuma ficar esquecido na despensa.

Ingredientes

  • 90 g farinha de trigo integral (substituindo parte da branca)
  • 60 g farinha de trigo branca
  • 70 g açúcar demerara levemente compacto
  • 80 g farelo de trigo
  • 10 ml fermento químico (pó royal)
  • 3 ml bicarbonato de sódio (reduzido para balancear fermentação)
  • 1 ml canela em pó
  • 1,25 xícara leite fermentado (ou iogurte natural diluído)
  • 70 ml azeite extra virgem no lugar do óleo de canola
  • 1 ovo tamanho médio
  • 80 g uvas passas pretas sem sementes
  • Sobre os ingredientes

    O farelo de trigo pode ser difícil de encontrar em supermercados comuns; lojas de produtos naturais costumam ter. Podem usar fífarinhas integrais substituindo parte da clara, mas com cuidado para não pesar demais o pão e deixá-lo seco. Açúcar demerara adiciona um toque mais rústico do que o mascavo, mas pode ser ajustado ao paladar. Azeite substitui óleo vegetal trazendo sabor mais marcante, porém se quiser mais neutro, volte para canola ou girassol. Leite fermentado pode ser caseiro - basta misturar leite com um pouco de iogurte natural e deixar 12 horas na geladeira. Se faltar, use iogurte natural batido com leite normal para diluir. Canela nem sempre entra na receita original, mas traz calor e ajuda a esconder qualquer amargor do farelo.

    Modo de preparo

  • Prepare a forma para pão, cerca de 25 x 10 cm, com azeite e papel manteiga para não grudar; nada de farinha dentro, senão a crosta espuma diferente.
  • Pré-aqueça o forno a 175 graus Celsius, uma temperatura que dá cozimento uniforme e dourado sem queime a crosta.
  • Misture as farinhas, farelo, açúcar, fermento, bicarbonato, canela e uma pitada de sal grosso em um bowl grande; assegure que tudo esteja bem incorporado, quebrando eventuais torrões do açúcar.
  • Em outro recipiente, bata levemente o ovo com leite fermentado e azeite; não precisa formar espuma, só misturar até homogeneizar.
  • Junte os líquidos aos secos com uma espátula e misture suavemente, só até a farinha sumir; esqueci essa etapa uma vez e o pão ficou elástico demais, muito duro.
  • Coloque as uvas passas na massa, reservando um punhado para decorar; distribua uniformemente para dar explosão de doce em cada fatia.
  • Derrame a massa na forma, ajeitando com espátula para preencher cantos e nivelar a superfície.
  • Salpique as uvas passas restantes por cima; elas caramelizam na superfície, formando pequenos pontos brilhantes após o cozimento.
  • Leve ao forno e observe a magica acontecer: o aroma maltado subindo, a crosta começando a dourar depois dos 30 minutos.
  • Pingue o teste do palito, na altura central - deve sair limpo ou com migalhas úmidas, nada de massa grudada. Se não estiver pronto, mais 5 a 7 minutos, mas cuidado pra não ressecar.
  • Tire do forno e encoste a mão na lateral; se estiver quente demais para encostar, ainda precisa de resfriamento.
  • Espere esfriar completamente antes de desenformar; isso evita que quebre ou fique grumoso ao cortar. Se quiser, use uma faca serrilhada para fatiar, especialmente para o pão grosso das cascas.
  • Guarde em pote hermético ou embrulhado em pano limpo para manter umidade; dura uns 4 dias na temperatura ambiente, após isso a textura começará a mudar.
  • Para versões sem lactose, substitua leite fermentado por bebida de aveia levemente acidificada com suco de limão, funciona bem e dá um aroma levinho.
  • Um truque simples: peneirar o farelo de trigo antes para evitar pontos duros de fibras.
  • Evitar bater demais a massa evita desenvolver glúten, pão mais macio, a experiência comprovada das dezenas de fornadas.
  • Dicas de preparo

    O segredo está em não exagerar na mistura da massa para evitar pão compacto. Peneirar os ingredientes secos garante homogeneidade e evita “bolotas”. A temperatura deve ser constante, 175°C é melhor para não queimar enquanto o miolo assa totalmente. Formas retangulares finas ajudam a crosta dourar de maneira uniforme. Retirar do forno no momento certo: observe o cheiro de pão tostado, a casca firme ao toque, e o palito limpo como teste final. Resfriar antes de fatiar é imprescindível para a textura não desmanchar. Pequenas variações podem mexer com o tempo; sempre prefira observar sinais visuais e de textura ao invés do relógio. Guardar bem protege da umidade, evitando mofo e ressecamento. E não se assuste se em alguns dias o sabor se intensificar, é típico de pães integrais.

    Dicas da chef

    • 💡 Os ingredientes secos devem ser bem misturados. Isso evita o desperdício de tempo. Não quer ter pão duro, então sempre peneire. Peneirar garante que não tem torrões no açúcar. Tem que ficar uniforme. O farelo de trigo pode ser complicado de achar, procure em lugares de produtos naturais.
    • 💡 Se o pão ficar compacto, foi a mistura. Misture rápido, mas não exagere. Importante: não bata demais. A mistura deve apenas incorporar. O fermento químico dá leveza. O bicarbonato ajuda, mas demais pode deixar gosto estranho. Reduzi essa parte nas minhas tentativas.
    • 💡 Observe o forno. O cheiro é bom sinal. Depois de 30 minutos, a crosta começa a dourar. Não fique longe, preste atenção. Se o palito não sair limpo, é um sinal claro de que precisa de mais tempo. Umidade é um fator crucial. Não resseque.
    • 💡 Variações são boas, mas tudo com cuidado. Pode usar iogurte natural, mas não deixe muito tempo no forno. Regule a acidez. O azeite traz um sabor mais rico. Pode substituir por óleo de girassol se preferir algo mais leve. O açúcar demerara tem um carinho especial na receita. Use com sabedoria.

    Perguntas frequentes

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