Pappardelle com carne e abóbora

Por Julia
Cubos de paleta de boi dourados e lentamente cozidos em vinho tinto com base de caldo, junto com legumes e abóbora butternut fervida, misturados a pappardelles al dente. Finalizado com um toque fresco de parmesão, salsa e raspas de limão, essa combinação cria um prato robusto, de textura aveludada e sabor complexo. O cozimento lento garante carne macia pronta para desfiar, enquanto o equilíbrio dos ingredientes traz notas terrosas e cítricas, equilibrando força e delicadeza.
Preparo:
50 min
Cozimento:
Total:
Porções:
4 porções
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Conhecer o ponto da carne no cozimento lento é uma coisa que leva tempo, anos de tentativa. Cada forno, cada panela tem sua própria personalidade. Essa versão com pappardelle larga e abóbora traz textura, cor, sabor envolvente que surpreende. Não subestime o efeito das raspas de limão e do queijo juntos — trazem contraste que corta a gordura, evita monotonia no prato robusto. Aprendi a mexer com calma durante o último minuto, que isso ativa a liga natural da carne, do caldo e do queijo, formando aquela camada cremosa grudada na mão da colher. Fundamental para um prato que não escorre melado. No fim, é um equilíbrio entre força e leveza.
Ingredientes
Sobre os ingredientes
Reduzi um pouco a carne para que o molho não fique pesado demais; substituí óleo vegetal por canola pela neutralidade e aroma mais limpo. Tirei a quantidade de vinho para não atrofiar o sabor original da carne, mas nada impede usar um vinho tinto brasileiro, de porte médio, para dar um toque local na receita. A pimenta dedo-de-moça adiciona um contraste inesperado que eleva o prato sem roubar atenção. Pode trocar a abóbora butternut por abóbora moranga, mais comum no Brasil, só ajuste o tempo de cozimento conforme a textura — moranga costuma cozinhar mais rápido.
Modo de preparo
Dicas de preparo
O segredo está na caramelização feita logo no começo, tanto da carne quanto dos legumes, que criam uma base de sabor complexa. Se não ficar dourado ali, o molho nunca será saboroso. Recomendo usar uma panela de fundo grosso e tampada no forno para manter a umidade ideal. No fim, sempre gosto de reservar água do cozimento da massa — ela é importante para ajustar a cremosidade do prato, evitando que fique pesado demais com óleo ou queijo. O tempo de forno varia conforme o corte de carne e forno, mas a melhor forma de saber o ponto é observar a soltura da carne ao toque. Mexa as massas rápido, vinte segundos, com as mãos na massa que isso ajuda distribuir o molho melhor. E uma pitada de pimenta fresca faz milagres pro sabor inesquecível.
Dicas da chef
- 💡 Não tenha pressa ao dourar a carne. É fundamental criar uma crosta. O cheiro da carne caramelizando é essencial. Isso também intensifica o sabor. Se apressar, corre o risco de apenas cozinhar, e não dourar.
- 💡 Explorar a mistura dos ingredientes é a chave aqui. Cada vegetal tem seu tempo de cozimento. Venha a sentir os aromas ao refogar. A cebola deve ficar quase transparente. A cenoura deve murchar. Se os legumes não soltarem aroma, não basta o sabor.
- 💡 Precisa de paciência. A carne não vai desfiar do nada. Se não está derretendo, volte ao forno e ajuste a temperatura. Não tenha medo de manter por mais tempo. Sempre cheque e mantenha coberta. Isso garante umidade.
- 💡 Mantenha sempre um pouco da água do cozimento da massa. Sem essa mágica, o molho pode ficar seco. Use essa água para soltar os sabores. A textura fica mais sedosa, não emborrachada. Ajuste aos poucos. Sempre mais é melhor.
- 💡 Para um frescor, nunca neglecte as raspas de limão ao final. Elas fazem diferença. Quebram o peso do prato. Testei sem e não foi a mesma coisa. E a salsa fresca adiciona aquele charme na apresentação.