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Pappardelle com carne e abóbora

Pappardelle com carne e abóbora

Por Julia

Cubos de paleta de boi dourados e lentamente cozidos em vinho tinto com base de caldo, junto com legumes e abóbora butternut fervida, misturados a pappardelles al dente. Finalizado com um toque fresco de parmesão, salsa e raspas de limão, essa combinação cria um prato robusto, de textura aveludada e sabor complexo. O cozimento lento garante carne macia pronta para desfiar, enquanto o equilíbrio dos ingredientes traz notas terrosas e cítricas, equilibrando força e delicadeza.
Preparo: 50 min
Cozimento:
Total:
Porções: 4 porções
#massa #receitas #sobremesas #carnes
Conhecer o ponto da carne no cozimento lento é uma coisa que leva tempo, anos de tentativa. Cada forno, cada panela tem sua própria personalidade. Essa versão com pappardelle larga e abóbora traz textura, cor, sabor envolvente que surpreende. Não subestime o efeito das raspas de limão e do queijo juntos — trazem contraste que corta a gordura, evita monotonia no prato robusto. Aprendi a mexer com calma durante o último minuto, que isso ativa a liga natural da carne, do caldo e do queijo, formando aquela camada cremosa grudada na mão da colher. Fundamental para um prato que não escorre melado. No fim, é um equilíbrio entre força e leveza.

Ingredientes

  • 400 g paleta de boi sem osso cortada em cubinhos
  • 20 ml óleo de canola ou óleo vegetal
  • 1 cebola média picada em cubos pequenos
  • 1 cenoura média picada em cubinhos
  • 1 talo de salsão cortado em pedaços pequenos
  • 3 dentes de alho picados finamente
  • 25 ml de extrato de tomate
  • 200 ml vinho tinto seco
  • 300 ml caldo de carne concentrado
  • 40 g queijo parmesão ralado finamente
  • 12 g salsa fresca picada bem miudinha
  • 1 limão siciliano (raspas finas da casca)
  • 300 g abóbora butternut picada em cubos médios
  • 350 g pappardelle (ou talharim largo)
  • 15 ml azeite de oliva para finalizar
  • 1 pimenta dedo-de-moça pequena (opcional, sem sementes, picada em tirinhas)
  • Sobre os ingredientes

    Reduzi um pouco a carne para que o molho não fique pesado demais; substituí óleo vegetal por canola pela neutralidade e aroma mais limpo. Tirei a quantidade de vinho para não atrofiar o sabor original da carne, mas nada impede usar um vinho tinto brasileiro, de porte médio, para dar um toque local na receita. A pimenta dedo-de-moça adiciona um contraste inesperado que eleva o prato sem roubar atenção. Pode trocar a abóbora butternut por abóbora moranga, mais comum no Brasil, só ajuste o tempo de cozimento conforme a textura — moranga costuma cozinhar mais rápido.

    Modo de preparo

  • Pré-aqueça o forno a 175°C, coloque a grade no meio para garantir calor uniforme.
  • Esquente a panela grande com o óleo de canola. Doure a carne em duas etapas para evitar juntar água, tempere com sal e pimenta na hora. Retire e reserve num prato.
  • Na mesma panela, em fogo médio, refogue cebola, cenoura, salsão e alho até perceber os aromas ficarem intensos e os legumes perderem a rigidez — cerca de 3 min. Jogue o extrato de tomate, mexa rápido e deixe torrar levemente por 1 min para tirar o sabor cru.
  • Deglace a panela com o vinho. Vai chiar alto, esse som é importante, vai reduzir quase pela metade, concentrando sabor.
  • Recoloque a carne na panela, acrescente o caldo de carne. Mexa para combinar tudo antes de levar ao forno com a panela tampada. Assim a carne cozinha no próprio vapor, ficando macia sem ressecar.
  • Deixe no forno entre 2h10 e 2h30, começando a cheirar aquela mistura de carne e vinho que invade a cozinha. Parte da carne vai estar soltando do osso (se usar osso) ou se desfazendo com toque leve da colher de pau.
  • Enquanto isso, ferva bastante água salgada. Cozinhe a abóbora por uns 6 minutos — deve ficar macia, sem virar purê. Use escumadeira para ir direto para a panela da carne, misture com cuidado para não desmanchar demais.
  • Na mesma água, cozinhe as pappardelles até ficarem firmes, al dente. Guarde um pouco da água do cozimento, no mínimo 200 ml.
  • Arrume a panela com carne e abóbora em fogo baixo. Junte as massas escorridas. Adicione 120 ml da água reservada e metade do parmesão, misture com colher de pau, mexa até tudo se combinar e o molho grudar levemente nos fios. Se estiver seco, adicione mais água do cozimento aos poucos.
  • Desligue, ajuste sal e pimenta. Por último, acrescente salsa picada, as raspas de limão para aquele frescor que limpa o paladar e um fio de azeite para dar brilho e sabor.
  • Sirva imediatamente, polvilhe o restante do parmesão em cima, e para quem curte uma pitada de calor, espalhe a pimenta dedo-de-moça picada na hora.
  • Se a carne não desfiar fácil, provavelmente falta cozimento. Deixe mais tempo, sempre tampe e cheque a cada 20 min; paciência é essencial aqui.
  • Dicas de preparo

    O segredo está na caramelização feita logo no começo, tanto da carne quanto dos legumes, que criam uma base de sabor complexa. Se não ficar dourado ali, o molho nunca será saboroso. Recomendo usar uma panela de fundo grosso e tampada no forno para manter a umidade ideal. No fim, sempre gosto de reservar água do cozimento da massa — ela é importante para ajustar a cremosidade do prato, evitando que fique pesado demais com óleo ou queijo. O tempo de forno varia conforme o corte de carne e forno, mas a melhor forma de saber o ponto é observar a soltura da carne ao toque. Mexa as massas rápido, vinte segundos, com as mãos na massa que isso ajuda distribuir o molho melhor. E uma pitada de pimenta fresca faz milagres pro sabor inesquecível.

    Dicas da chef

    • 💡 Não tenha pressa ao dourar a carne. É fundamental criar uma crosta. O cheiro da carne caramelizando é essencial. Isso também intensifica o sabor. Se apressar, corre o risco de apenas cozinhar, e não dourar.
    • 💡 Explorar a mistura dos ingredientes é a chave aqui. Cada vegetal tem seu tempo de cozimento. Venha a sentir os aromas ao refogar. A cebola deve ficar quase transparente. A cenoura deve murchar. Se os legumes não soltarem aroma, não basta o sabor.
    • 💡 Precisa de paciência. A carne não vai desfiar do nada. Se não está derretendo, volte ao forno e ajuste a temperatura. Não tenha medo de manter por mais tempo. Sempre cheque e mantenha coberta. Isso garante umidade.
    • 💡 Mantenha sempre um pouco da água do cozimento da massa. Sem essa mágica, o molho pode ficar seco. Use essa água para soltar os sabores. A textura fica mais sedosa, não emborrachada. Ajuste aos poucos. Sempre mais é melhor.
    • 💡 Para um frescor, nunca neglecte as raspas de limão ao final. Elas fazem diferença. Quebram o peso do prato. Testei sem e não foi a mesma coisa. E a salsa fresca adiciona aquele charme na apresentação.

    Perguntas frequentes

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