Aller au contenu principal
RF

Pavlova cítrica adaptada

Pavlova cítrica adaptada

Por Julia

Versão levemente modificada da clássica pavlova com toque de limão e maracujá. Combina crocância da merengue, doçura controlada e acidez vibrante. Sem glúten, lactose e castanhas – para quem prioriza restrições mas sem abrir mão do sabor. A estrutura da merengue precisa ser aerada mas firme; a parte cítrica ganha um toque exótico com maracujá. Resultado final equilibrado, que requer paciência e atenção ao ponto certo de cozimento e resfriamento, para evitar um centro mole demais ou externo quebradiço demais. Serve oito pessoas, bom para eventos ao ar livre ou finais de semana.
Preparo: 35 min
Cozimento:
Total:
Porções: 8 porções
#receitas #sobremesas #culinária
Nunca subestime o poder de um merengue bem feito. Pavlova é mais que doce; é desafio de controle, técnica e sensibilidade. Já errei mil vezes antes de aprender que paciência é tudo porque o ponto de cozimento define textura – do interior macio ao exterior crocante. Acomodar a acidez do limão com topadas de açúcar e a surpresa do maracujá aqui traz uma variação que agrada que nem festa em casa. Adaptar ingredientes – simplificar a manteiga, trocar creme de tártaro por vinagre – facilita, e confere uma pegada mais brasileira, direto do quintal. Lembre-se que atmosfera e temperatura afetam o resultado final, observa aroma do forno e textura ao toque.

Ingredientes

Merengue

  • 6 claras de ovos
  • 2 ml vinagre branco (substitui creme de tártaro)
  • 200 ml açúcar de confeiteiro (reduzido para menos doce)
  • 1 pitada de sal
  • Recheio cítrico

    • 5 gemas de ovos
    • 250 ml açúcar refinado (menor, pois o maracujá é mais ácido)
    • 150 ml suco de limão (aproximadamente 2 a 3 limões taiti)
    • 90 ml suco de maracujá concentrado (substitui 30 ml de água da receita original)
    • 50 g manteiga sem sal
    • 100 ml água filtrada
    • 40 ml amido de milho (pequena redução)
    • 40 ml água gelada (para diluir o amido)
    • raspas de limão para finalizar

Sobre os ingredientes

Não use claras velhas ou que tenham maionese, detergente – isso acaba com a vida do merengue. Prefira açúcar de confeiteiro peneirado com cuidado para não formar grumos. Vinagre branco é substituto direto do creme de tártaro – barato, fácil, funciona fenomenal, ajuda a criar espuma estável. A manteiga pode ser trocada por meia gordura vegetal sem sal – mas manteiga derrete de outra forma e traz sabor característico. Maracujá fresco ou congelado, mas concentrado, entrega aquela acidez e perfume sem pesar. A água concentrada facilita a textura da crema e reduz o açúcar que normalmente é exagerado.

Modo de preparo

Preparar e assar o merengue

  1. O forno deve estar pré-aquecido a 95 °C – uma leve queda dá melhor estabilidade. Forre uma assadeira com papel manteiga e desenhe um círculo com 24 cm, ou use um prato para marcar. Respeite esse tamanho para ajudar o equilíbrio entre crocante e macio.
  2. Comece batendo as claras numa tigela limpa e seca com uma pitada de sal. Quando começarem a formar espuma, junte o vinagre branco – ajuda a firmar a estrutura (aqui substituo o creme de tártaro por ser mais acessível e leve). Continue batendo até picos moles, então vá colocando o açúcar aos poucos, aos poucos, até sentir os fios grossos e brancos com picos firmes e brilhantes. Tento não passar do ponto para não ressecar.
  3. Com uma espátula firme mas delicada, transfira para o papel e modele no formato de um ninho – com uma base de 2,5 cm de altura, afundando o centro para formar uma concha. Evite buracos grandes, isso diminui a firmeza ao assar.
  4. Depois, ao invés dos 4 h 30 min tradicionais, asse por 4 horas com a porta entreaberta (uso uma colher de pau para evitar acúmulo de umidade). A coloração deve ser levemente cremosa, quase branca, não dourar para evitar amargor.
  5. Desligue o forno e deixe ele fechado assim, com a porta entreaberta, para a pavlova secar por pelo menos 5 horas ou toda a noite. Se ao toque ainda parecer pegajosa, coloco mais 50 minutos ligando em 90 °C e observando.
  6. Preparar o recheio cítrico

    1. Misture as gemas e o açúcar numa tigela resistente ao calor (uso vidro ou metal). Bata fino, até o açúcar quase dissolver e a mistura ficar pálida e homogênea.
    2. Adicione o suco de limão, o suco de maracujá e o óleo da manteiga cortada em cubos pequenos (para facilitar incorporar). A parte líquida dá acidez, o maracujá traz um perfume tropical ácido e adocicado na medida.
    3. Coloque essa tigela sobre uma panela com água fervente – banho-maria – sem o fundo da tigela tocar a água. Mexa sempre com um batedor de arame para não empelotar e garantir textura cremosa. A mistura começará a espessar depois de uns 7 a 8 minutos, devagar, vem tipo um som de borbulha leve e brilho.
    4. Dissolva o amido na água fria. Quando a mistura da gema estiver com textura de creme leve, lentamente jogue esse liquido e continue mexendo para não cortar. Cozinhe mais uns 3 minutos até engrossar o suficiente para cobrir as costas da colher. Atenção para não deixar virar mingau.
    5. Retire do fogo. Cubra a superfície com filme plástico grudado para evitar película. Deixe esfriar em temperatura ambiente antes de levar à geladeira. Quanto mais gelado, melhor para usar e mais firme ficará.
    6. Montagem

      1. Com delicadeza, desenforme o merengue numa travessa larga. No centro do ninho, distribua a crema cítrica gelada. Um toque final com raspas de limão por cima traz frescor visual e aromático.
      2. Sirva logo, pois o merengue pode absorver umidade do recheio e amolecer. Para armazenar, mantenha separado e monte próximo do momento de servir.
      3. Dicas e variações

        1. Não pule a etapa do vinagre, importante para manter firmeza e brilho sem creme de tártaro. Substituir manteiga por óleo de coco fica exótico mas muda a textura da crema.
        2. Se não tiver maracujá, use só limão, só reduza a água em 80 ml para um ponto mais concentrado. Alguns preferem colocar frutas vermelhas no topo, para contrabalancear a acidez.
        3. Um problema comum – merengue rachado – sinal de temperatura muito alta ou batida excessiva dos brancos. Bate com cuidado; assa lento e paciência é lei.
        4. Quando o centro ainda estiver macio demais, pode crer que não está pronto. Se estiver seco demais, pode virar pedra e a experiência fica amarga.
        5. O tempo de forno é um guia; aqui vale olhar a textura ao toque e tentar ouvir, tem um som quase inaudível, ‘toque-bolinhas’, bizarro mas ajuda.
        6. Para desenformar sem quebrar, ajuda deslizar uma espátula fina ao redor e levantar com as mãos apoiando bem os lados, sem pressa.

Dicas de preparo

Quebre as gemas antes de misturar para evitar qualquer cheiro forte, e mexa devagar para não virar ovos mexidos na panela. A merengue deve ser batida até brilho forte para garantir rigidez; atenção ao não passar do ponto porque perde leveza. Usar papel manteiga pode parecer brega, mas facilita demais o manuseio do ninho frágil. Desenhar o círculo é essencial para controle visual da quantidade; modelo no papel antes de transferir com cuidado. As várias horas no forno são menos tempo e mais atenção, portas entreabertas permanecem circulação do ar. Secar a pavlova dentro do forno enquanto esfria evita de ficar pegajosa e granulada. Para servir, nunca monte muito antes para evitar umidade. A crema cítrica, fria, traz contraste de textura e temperatura. O final com raspas é opcional mas transforma.

Dicas da chef

  • 💡 O merengue precisa de claras em temperatura ambiente. Depois de bater hora e meia, se não fica brilhante, bate mais. Se não subir, talvez claras estavam frias ou sujas. Cuidado com gordura. Não coloque açúcar muito rápido. Isso pode deixá-lo pesado. O ponto certo faz diferença.
  • 💡 Sempre use papel manteiga na assadeira. Desenhe o círculo antes, ajuda pra ficar alinhado e não escorregar. Com uma espátula, molde a base e a parte de cima. Mas não estique. Pode murchar. A espessura deve ser uniforme, para o cozimento acontecer igual. Não pule esta parte.
  • 💡 Mantenha tudo limpinho. Limão suado ou maracujá azedo mudam a receita. Se o merengue rachou, pode ser que foi calor muito alto ou batida excessiva. Para evitar isso, bata devagar. E cesta de ovo sempre epidérmica, cheias de grumos, esse é seu inimigo na hora de fazer merengue.
  • 💡 O recheio deve esfriar antes de ir na geladeira. Se colocar quente, vira sopa. E quanto mais gelado, mais firme. Se estiver muito grosso, bata com batedor. E se estiver muito liso, coloque mais amido, mas não muito, senão vira mingau. O ponto precisa ser leve. Faça logo antes de servir.

Perguntas frequentes

Por que meu merengue não subiu?

Pode ser que suas claras estavam esfriadas. Ou talvez tinha gordura na tigela. Todas as superfícies têm que estar limpas. Bater devagar e com paciência é crucial. O açúcar deve ser adicionado aos poucos.

Como armazenar a pavlova?

Nunca monte antes de levar à mesa. Pode umedecer e ficar mole. O merengue deve ser separado do recheio. Guarde cada parte em recipiente fechado. E, se montar, faça bem rápido. Sabor perde também.

E se o recheio ficar muito grosso?

Colocar um pouco de água ao misturar novamente pode ajudar. Mas tenha cuidado. Se não vai ficar muito aguado. Se ainda estiver muito delicado, ponha no fogo baixo com uma pitada de amido para dar consistência.

Qual o motivo de rachaduras no merengue?

Temperatura alta durante o cozimento pode causar isso. Asse devagar, com paciência. O merengue deve secar lentamente. E sempre fique de olho no tempo no forno também. Mude se sentir que está muito quente.

Você também vai gostar

Ver todas as receitas →