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Pernil de Cordeiro Mediterrâneo

Pernil de Cordeiro Mediterrâneo

Por Julia

Gigot de cordeiro com toque mediterrâneo. Marinada com especiarias como cominho e páprica defumada; troca o harissa por pasta de pimenta vermelha doce, suavizando o calor. Textura macia, aroma encorpado e acabamento com molho encrostado. Cozimento lento que permite a fusão dos sabores sem perder o suculento do assado. Acompanhado por couscous com maçã verde e hortelã, um frescor que corta a gordura do cordeiro. Prato para 6 a 8 pessoas, sem glúten, lactose, ovos ou nozes.
Preparo: 25 min
Cozimento:
Total:
Porções: 6 a 8 porções
#cordeiro #especial #mediterrâneo #receita #almoço
Sempre achei que o segredo do pernil de cordeiro estava no equilíbrio: especiarias que marcam presença, mas não atropelam a carne. Troquei o harissa, muitas vezes agressivo para alguns, pela pasta de pimenta doce, que traz um toque mediterrâneo com suavidade. O slow cook no forno, lento e controlado, ajuda a transformar uma peça fibrosa em um banquete de texturas e aromas, onde o mel e a pasta de tomate se encontram com o perfume do cominho e da páprica defumada. Descobri que explorar o som da carne chiando na frigideira indica se o fogo está certo. Bastam poucos minutos para formar uma crosta saborosa que sela os sucos. Servido com couscous com maçã verde, a experiência ganha frescor e contraste - uma aposta certeira para almoço de família ou encontro especial.

Ingredientes

  • 1 pernil de cordeiro de 2,3 kg desossado, com pouca gordura e amarrado
  • 50 ml de azeite extra virgem
  • 2 cebolas médias picadas
  • 3 dentes de alho amassados
  • 25 ml de pasta de tomate
  • 20 ml de mel de flores silvestres
  • 10 ml de pasta de pimenta vermelha doce (substitui o harissa)
  • 3 ml de sementes de cominho levemente esmagadas (substitui as sementes de mostarda)
  • 2,5 ml de sementes de funcho esmagadas
  • 2,5 ml de páprica defumada
  • 2 ml de cúrcuma em pó
  • 150 ml de caldo de legumes caseiro (uso sempre mais leve que o de galinha)
  • 150 ml de vinho tinto seco
  • Sal grosso moído na hora
  • Pimenta-do-reino preta moída na hora
  • Sobre os ingredientes

    O corte ideal para esse preparo é o pernil limpo, tirando o excesso de gordura para não amargar a carne. A combinação de especiarias pode variar conforme gosto - aqui uso cominho para substituir a semente de mostarda, que achei mais picante que o esperado. A páprica defumada traz profundidade, mas quem não quiser pode colocar também uma pitada de canela para um toque extra. Se não tiver caldo caseiro, uma mistura de água com meio cubo de caldo vegetal resolve. O vinho tinto deve ser seco e de boa qualidade – nunca aquele barato e azedo; só isso já muda o perfil do molho. O mel suaviza e ajuda na caramelização, use mel de qualidade, pode substituir por xarope de agave se necessário. A pasta de pimenta vermelha doce é fácil de achar em mercados especializados; caso não tenha, pasta de tomate com uma pitada de pimenta dedo-de-moça picada pode funcionar.

    Modo de preparo

  • Posicione a grade na altura média do forno. Preaqueça a 165 °C; varia conforme o forno, esse ajuste evita ressecar demais a carne.
  • Numa panela funda que vá ao forno, aqueça metade do azeite e doure o pernil por todos os lados em fogo alto; o barulho da carne chiando dá o ponto. Tempere generosamente com sal grosso e pimenta.
  • Retire, deixe escorrer um pouco e reserve o pernil em prato coberto para não esfriar.
  • Na mesma panela, junte o restante do azeite e refogue a cebola e o alho, mexendo devagar até começarem a caramelizar - ponto essencial para liberar a doçura natural. Acompanhe pelo aroma e a cor amarelada das cebolas.
  • Incorpore a pasta de tomate, o mel, a pasta de pimenta doce, a cúrcuma, a páprica, as sementes de cominho e o funcho. Mexa com cuidado para formar uma pasta perfumada e brilhante. Ajuste sal e pimenta à gosto. Tire do fogo, deixe amornar. Se esfriar surpreendentemente rápido, reaqueça levemente só para soltar o cheiro.
  • Volte o pernil para a panela e cubra bem com essa mistura de cebola temperada. Distribua o caldo de legumes e o vinho tinto ao redor, sem jogar direto no pernil para não remover a crosta da carne.
  • Cubra com papel filme próprio para forno (pode ser alumínio mas sempre garanta que o papel não grude na carne, para não perder suculência).
  • Leve ao forno por volta de 1h35; vão formar vapores, ouça estalinhos que indicam o cozimento uniforme. Depois retire a cobertura para dourar, mais uns 35 minutos dando um toque ágil para criar crosta. A temperatura interna deve alcançar cerca de 58 °C para ficar ao ponto, levemente rosado.
  • Se o caldo reduzir rápido, adicione um pouco mais de caldo vegetal para manter umidade.
  • Deixe descansar 20 minutos enrolado em papel alumínio fora do forno; a temperatura vai subir para os 64 °C ideais para um assado suculento, e os sucos se redistribuem. Se não fizer isso, perde-se muita umidade e a carne seca.
  • Agora, desfie a amarração e fatie em fatias de 1 dedo. A crosta firme e a carne macia, com aromas de especiarias, estarão no ponto exato para cair no prato.
  • Sirva com couscous integral misturado com cubos pequenos de maçã verde e folhas de hortelã fresca; o frescor do couscous ilumina a profundidade do cordeiro.
  • Dicas de preparo

    Primeiro sinal para saber se o pernil está bem selado: som forte de chiado que para imediatamente se a panela não estiver quente. A caramelização da cebola e do alho é onde começa a construção do sabor: deixe-os atingir cor dourada sem queimar para evitar amargor. Incorpore as pastas e especiarias com cuidado - o calor residual vai abrir esses aromas. Cozinhar coberto evita que o pernil resseque; atenção à textura da crosta, ao remover a cobertura, o pernil deve estar criando uma leve crosta fina e brilhante. A temperatura interna é referência, mas controlar pela textura - firme, porém elástica ao toque - é para cozinheiros de verdade. Durante o descanso, papel alumínio aquece de leve e evita choque térmico. Servir fatiado com couscous com maçã traz contraste de texturas e refrescância que corta a gordura. Em emergências, finalize com toque de limão siciliano espremido para equilibrar. E lembre: nada de pressa, cordeiro conta com paciência para revelar seu melhor.

    Dicas da chef

    • 💡 A primeira coisa é o pernil. Mangue os excessos de gordura. Carne mais limpa mais sabor. Ponto de fritura deve ser firme. O chiado é seu amigo e diz muito do cozimento.
    • 💡 Caldo de legumes leve é essencial. Sabe aquele que você tinha e guardou? Use! Se não tiver, mistura de água com meio cubo de caldo vegetal. Mudança de sabor grande!
    • 💡 Cuidado ao caramelizar a cebola e alho. Deixe dourar, mas não queimar. O amargo do queimado rouba o sabor. O aroma doce vai surgir, esse é o sinal.
    • 💡 Se o seu forno não for confiável, fique ligado. Temperaturas variam muito, então fique de olho na carne. 58 °C é o que você quer. Uma temperatura interna exata faz milagre.
    • 💡 Descanse o pernil após assar. Isso é tudo. Esperar 20 minutos e permitir que os sucos se redistribuam é mágico. Enrolado em papel alumínio é muito sábio.

    Perguntas frequentes

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