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Pizzelles com toque brasileiro

Pizzelles com toque brasileiro

Por Julia

Pizzelles crocantes, sabor de amêndoas reinventado com farinha de aveia e melado. Combina leveza com textura macia, sem lactose, fácil e rápida. A mistura do amaretto ganha companhia do limão siciliano, quebrando o clássico. Massa pegajosa, douradinha na hora certa. Receita adaptada evitando farinhas industriais comuns e com alternativa mais nutritiva. Ótima para quem não abre mão do doce antigo, mas quer algo com personalidade e nuances brasileiras. Equipamento básico, paciência para controlar calor, técnica testada e ajustes fáceis para clima úmido. Conservação prática e dicas para quando faltar maionese de cozinha, improvisos que salvam o lanche ou café da tarde.
Preparo: 20 min
Cozimento: 25 min
Total: 45 min
Porções: 2 ½ dúzias
#pizzelles #doce #vegan #sem lactose #água
Lembrei da infância contando bolinhas de açúcar na boca, o estalo da pizzelle estalando na chapa, aquele aroma inconfundível de amêndoas misturado com a prata do frio da cozinha. Sempre quis algo com mais textura, menos doce, que aguenta o calor daqui e não perde a crocância no primeiro minuto. Escolhi farinha de aveia pra dar corpo e as raspas de limão batem de leve com o amaretto, um duo que deixa o cheiro abrindo a cozinha inteira. Depois de muitas queimadas, ajustes e experimentos, saiu uma massa que mantém aquilo crocante, parece quase que artesanal. Quem curte biscoito com personalidade também gosta de surpreender. Não confie só no timer, use o toque e o olhar quente do paladar antes de tirar do fogo.

Ingredientes

  • 90 g farinha de aveia fina | 1 xícara (compacta) de farinha de amêndoas torradas e moídas
  • 90 g açúcar mascavo peneirado
  • 50 ml azeite de oliva suave
  • 20 ml licor de amêndoas (amaretto) + raspas de limão siciliano para aroma
  • 2 ovos caipiras inteiros
  • 1 pitada de sal fino
  • Sobre os ingredientes

    Dá pra trocar farinha de aveia por farinha de trigo integral, mas aí seca mais fácil. O açúcar mascavo funciona melhor que o branco, bote aquele escuro que você encontra no mercado popular, dá um sabor mais rico. O azeite suave não pode ser muito pesado, porque interfere no sabor final; óleo de girassol funciona, mas deixo o azeite pra tornar a receita mais brasileira do que italiana. O licor amaretto é importante, mas se não tiver, uma cachaça envelhecida da sua preferência vira boa substituição, corta aquele doce todo e traz essa brasilidade que combina com café. O limão siciliano não é obrigatório, mas aquele toque cítrico faz toda diferença no aroma. E o sal tira o doce excessivo, não pula.

    Modo de preparo

  • Misturo primeiro as farinhas com açúcar e o sal, pra distribuir tudo bem antes de molhar. Evita que o açúcar vire gruminhos e deixa a textura mais uniforme depois.
  • Num outro recipiente, bato os ovos até formar uma espuma leve, depois acrescento azeite, licor e as raspas de limão. Esse limão muda o jogo, dá aquela refrescância que corta o doce, fica mais interessante que só o amaretto.
  • Junto os secos aos molhados sem pressa, misturo até a massa ficar úmida mas não líquida demais. A textura tem que ser pegajosa, quase grudenta, não muito firme nem muito rala — sinal que tem líquido demais e vai amolecer na hora de assar.
  • Ligo o dourador de pizzelle e deixo aquecer bem, uns cinco minutos. Jogo uma colher cheia (aprox 15 ml) por vez, fecho e espero uns 55 segundos até escurecer levemente, aparecem aquelas marcas e aroma tostado que é o sinal pra soltar.
  • Uso pinças para tirar, rapidinho pelo calor fica firme e crocante. Se deixar muito juntos o vapor cria umidade e amolece rápido — melhor deixar na grade ou em uma superfície que não prenda umidade.
  • Deixo esfriar de leve antes de guardar em pote hermético. Duram até duas semanas fora da geladeira ou congelados por até 3 meses, práticos pra antecipar montagem de lanche e café.
  • Se não tiver forno para pizzelle, tente frigideira antiaderente com marcações ou chapinha quente, mas vira biscoito comum menos crocante.
  • Um toque extra que testei: virar a massa antes de fechar a chapa por uns segundos para dar textura mais aerada no centro.
  • Nunca pule o teste de temperatura, se assar pouco faremos massa crua, se exagerar perde a maciez, só serve pra quebrar o dente.
  • Trocas possíveis: azeite por óleo de coco ou girassol, amaretto por cachaça envelhecida para trazer brasilidade.
  • Sempre peneirar farinhas e açúcar (sim, açúcar mascavo pode ter grumos), melhora dispersão e textura.
  • Se a massa tiver muito seca, umas gotinhas de água ou licor extra ajudam a ajustar.
  • Erros comuns: massa muito líquida, muito quente ou abrir muito a tampa na hora de assar, perde a pressão e marca.
  • Fazer pequenos testes ajuda, cada equipamento é diferente. Eu já balanço na chapa, controlo aroma e cor, nunca só olho o relógio.
  • Dicas de preparo

    Preaquecer a chapa de pizzelle sempre com calma, o equipamento precisa estar na temperatura ideal para fazer a marca e dourar por igual. Coloque pouco da massa — se passar do limite fica grudado e difícil de retirar. Não abra o aparelho antes de sentir o cheiro do biscoito tostado e a dona da chapa sinalizar que está aprovando a cor amarelada com pontinhos dourados, é a hora de tirar. Use utensílios que não arranhem o teflon da chapa e evite forçar a retirada, senão quebra. Lugar fresco e seco para guardar mantém a crocância longe da umidade e evita mofo. Após tirar os biscoitos ainda quentes, espere esfriar para guardar, umidade acumulada é inimiga da crocância. E mesmo com receita adaptada, clima interfere bastante, por isso mexa um pouco a massa se ficar parada, aumento a textura antes de assar o próximo lote.

    Dicas da chef

    • 💡 Misturar bem as farinhas e o açúcar antes dos líquidos. Isso evita grumos indesejados. A textura uniforme ajuda na hora de assar. Sal também faz diferença; não pule essa etapa. Uma pitada rouba a doçura excessiva.
    • 💡 Bater os ovos até espumar é essencial. Esse passo ajuda na leveza do biscoito. Assim, ao colocar o azeite e o licor, fica super aromático. Limão siciliano dá aquele frescor que contrasta com o doce.
    • 💡 Se a massa ficar muito seca, adicione gotas de água ou um pouco mais de licor. Não ter medo de ajustar a massa é vital para não perder a textura crocante. Senti dificuldade, fiquei só com um biscoito duro; trabalhe a umidade.
    • 💡 Aqueça a chapa com paciência. É crucial esperar o tempo certo para que as pizzelles fiquem douradinhas. Se abrir toda hora, o vapor escapa. Isso altera a crocância. Deixe o cheiro falar, e o som das pizzelles estalando também.
    • 💡 Depois de assadas, evite guardar enquanto quentes. O calor cria umidade e estraga a crocância. Deixe esfriar sobre uma grade. Guarde em pote hermético. E até duas semanas fora da geladeira, muito prático.

    Perguntas frequentes

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