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Purê de batata vermelha e salsichas

Purê de batata vermelha e salsichas

Por Julia

Purê feito com batatas vermelhas partidas em cubos, cozidas com alho para dar aroma. Salsichas tipo Toulouse douradas com toque da chalota, depois cozidas em molho aveludado com farinha e caldo de galinha. Pequenas ervilhas frescas ou congeladas entram no final, com salsa e limão garantindo frescor. Combinação rústica e vibrante, ideal para um almoço reconfortante. Receita ajustada para minimizar erros comuns e garantir sabores equilibrados.
Preparo: 15 min
Cozimento: 25 min
Total: 40 min
Porções: 4 porções
#receita #almoço #comfort food #francês
Batata vermelha com pele tem sabor terroso que casa com o dulçor do alho cozido junto; já testei variações com batata inglesa e percebi que perde a personalidade da receita. Na França, a salsicha de Toulouse tem um preparo quase ritual, mas adaptar aqui pro Brasil é simples usando as salsichas toscanas artesanais, que entregam gordura e tempero na medida. O segredo maior do prato está no molho: farinha e caldo dão liga, mas precisam de paciência e olho no fogo para evitar farinha crua ou molho ralo. Pequenas ervilhas adicionam cor e doçura refrescante, combinadas com o ácido do limão que vai na ponta pra equilibrar a gordura. Gosto de tocar no limão por último, porque assim o frescor não evapora, fica gostoso, intenso, firme. A montagem é prática, mas abrir sabor com o zeste final dá um toque visual e olfativo que até dias depois sinto como memória olfativa.

Ingredientes

  • 650 g (aprox 3 1/2 xícaras) de batatas vermelhas lavadas e cortadas em cubos grandes
  • 3 dentes de alho inteiros descascados
  • 35 g (2 1/2 colheres sopa) de manteiga
  • 100 ml (1/2 xícara) de leite integral em temperatura ambiente
  • 4 salsichas tipo toscana ou similar
  • 1 chalota média finamente picada
  • 10 ml (2 colheres de chá) de farinha de trigo comum
  • 350 ml (1 1/2 xícara) de caldo de galinha caseiro ou industrializado
  • 200 g (1 xícara e meia) de ervilhas congeladas descongeladas
  • 40 ml (2 colheres sopa) de salsa fresca picada
  • 15 ml (1 colher sopa) de suco de limão siciliano
  • 1 limão siciliano pequenas raspas da casca
  • Sobre os ingredientes

    Batata vermelha é protagonista aqui, mas se não encontrar, pode usar batata baroa (mandioquinha) para textura mais cremosa, porém sabor distinto. Manteiga de qualidade faz toda diferença, aconselho não trocar por margarina que altera sabor e textura final. Para as salsichas, se não achar toscanas, qualquer salsicha fresca com tempero de alho e ervas serve, desde que não seja defumada ou apimentada demais para não brigar com o purê. Chalota é delicada mas pode substituir por cebola roxa, vai mudar um pouco o aroma, né? Caldo pode ser de legumes se preferir vegetariano, só vai alterar o sabor um pouco. Ervilha fresca é sonho, mas se congelada, descongele antes pra evitar molhar o prato. Salsa essencial para dar frescor, não corte não economize, principalmente o talo que guarda muito aroma. Limão siciliano é preferível pelo aroma mais suave e menos ácido do que o limão tahiti.

    Modo de preparo

  • Comece afogado as batatas com o alho em água fria suficiente para cobrir tudo. Salpique sal grosso para dar sabor interno. Abra a boca da panela e espere a fervura intensa, quando borbulha e solta o cheiro de terra morna das batatas afundadas é sinal que elas estão perto. Vá testando com garfo. Deve entrar fácil, mas não desmanchar.
  • Desligue o fogo, escorra bem, guarde o alho junto e volte a batata para a panela ainda quente. Agora 2 colheres de manteiga entram. Não derreta demais, apenas amassar e envolver para açúcar natural das batatas se misturar com gordura. Acrescente o leite aos poucos mexendo com colher larga para evitar purê aguado. Tempere coma sal e uma pitada de pimenta, nada de exagerar, pois as salsichas e molho já vão tirar essa direção.
  • No fogo médio da frigideira, coloque 1 colher de manteiga para iniciar o dourado das salsichas com chalota. A chaleira caseira explode cheiro forte que lembra fest de rua. Salsichas devem fritar bem, virando com cuidado para dourar por igual. Não vá furar para não perder suco e deixar elas ressecadas. Chalota liberta aroma docinho, faz toda diferença na base da carne.
  • Na manteiga restante polvilhe a farinha mexendo rápido para criar um roux leve, cuidado com fogo alto que queima o sabor limpinho do leite da farinha. Jogue o caldo gradualmente, levantando fervura e mexendo vigoroso para evitar grumos. A mistura deve ficar com textura aveludada, nem muito líquida como sopa, nem rala demais. Retorne as salsichas para o molho e abaixe o fogo, deixe cozinhar mais uns 6-7 minutos girando ocasionalmente.
  • Hora do verde. Acrescente as ervilhas descongeladas, salsa e suco de limão. O calor leve vai apenas aquecer as ervilhas e preservar textura, cortando a gordura das salsichas com o cítrico. Prove. Se parecer apagado, pique um pouco mais de salsa ou adicione um fio de azeite para brilho. Atenção a não exagerar no limão para não desequilibrar.
  • Monte com purê no prato aquecido por baixo, salsichas em cima, espalhe a colherada do molho com ervilhas. Para arrematar, raspas do limão ciclicamente espalhadas liberam óleo aromático que dançam no prato antes de devorar. Serve com pão rústico e uma taça de vinho branco fresco para limpar o paladar.
  • Dicas de preparo

    O cozimento das batatas com alho manda um aroma que sinaliza quando a fase está no ponto. Testar com garfo é mais seguro que relógio. O purê fica melhor se mexer pouco; evite usar mixer que modifica textura e faz goma. Para dourar as salsichas, fogo médio é fundamental: fogo muito alto queima o exterior antes de cozinhar o interior, muito baixo não cria a crosta que dá sabor. A farinha no molho deve ser bem incorporada para não fazer grumos; mexer rápido é técnica velha da minha avó. Ervilha vai só no final para não perder cor e ficar murcha. A acidez do limão deve ser equilibrada depois de provar. Uma dica que aprendi é usar raspas de limão guardando para o final para dar aroma real, nada muito triturado pra não amargar. Sirva logo para evitar o ressecamento da salsicha no molho.

    Dicas da chef

    • 💡 Use batata baroa se não achar a vermelha. Textura fica cremosa mas diferente. Não pare no primeiro erro, tente ajustar o tempero. Se o purê estiver muito mole, adicione um pouco mais de batata. De preferência, a já cozida.
    • 💡 Evite misturar demais o purê. Uso de mixer enche de ar e muda a textura. Mexer com a colher é o caminho. Fique atento até o momento certo. Cheiro vai avisar.
    • 💡 Se as salsichas queimaram, não se desespere. Coloque um pouco de água e tampe. Isso ajuda a cozinhar por dentro. Fogo sempre médio é o ideal.
    • 💡 Salsichas podem ser variadas. Procure as toscanas, mas se não houver, use alguma fresca. Lembre-se, evite as defumadas demais, podem brigar com o sabor do purê
    • 💡 Limão siciliano dá frescor. Se não tiver, o tahiti serve. Mas o gosto vai mudar. Sempre experimente antes de decidir. Raspas são must, adicionam aroma.
    • 💡 Ervilhas são essenciais, mas sempre no final. Quer que fiquem crocantes e verdes, não murchas. Se congeladas, deixe descongelar antes. Assim, não soltam água demais.
    • 💡 Preste atenção no alho no cozimento das batatas. O aroma guia você. Siga o cheiro, muitas vezes, é mais prático que o relógio.
    • 💡 Prepare o molho com calma. Se a farinha não se dissolver bem, pode rachar. Vá colocando o caldo devagar e mexendo. Isso faz toda a diferença no molho aveludado.

    Perguntas frequentes

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