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Shabu-shabu Brasuca

Shabu-shabu Brasuca

Por Julia

Variante brasileira do fondue japonês shabu-shabu, com ajustes nos ingredientes para um sabor mais fresco e texturas equilibradas. Usa caldo caseiro e um toque de limão para acentuar aromas; carne fatiada fina pronta para banhar no caldo quente. Legumes alternativos e substituições simples para quem não acha certos ingredientes originais. Passos detalhados com dicas para evitar carne passada e manter crocância dos vegetais. Truques para controlar o fogo e servir na mesa com a interação do pessoal, típico fondue-momento.
Preparo: 13 min
Cozimento: 17 min
Total: 30 min
Porções: 4 porções
#japonês #brasileiro #caldo #interativo
Fondue japones shabu-shabu feito à brasileira — ideia simples, direto ao coração do prato. Quente, interativo, com caldo rico porém leve. Já tentei usar só caldo industrializado e sempre ficou meio pesado, pouco aromático. Por isso prefiro misturar caldo caseiro com um caldo de carne mais concentrado, dá equilíbrio e aquela profundidade sem estourar o paladar. Gosto de acrescentar alga kombu ao invés do nori, o sabor é mais elegante e menos salgado, perfeito para quem não tem medo de colocar a mão na massa e curte mexer com fogo na mesa. A variação no complemento é o que faz cada fondue virar um evento diferente — carne fatiada milimetricamente, cogumelos frescos, e uma pitada cítrica no molho ponzu caseiro que uso. Sem lactose, sem frescura, mas com muito sabor e interação.

Ingredientes

Caldo

  • 900 ml de caldo de galinha caseiro, sem sal
  • 1 lata de 270 ml de caldo de carne concentrado
  • 1,5 c. de sopa de molho shoyu
  • 1 pedaço de gengibre fresco de 2 cm, descascado
  • 1 folha de alga kombu substituindo o nori, para um sabor mais suave
  • 3 cenouras médias, cortadas em palitos de 4 cm
  • Complementos

    • 400 g de carne bovina fatiada para fondue, peito ou alcatra
    • 200 g de macarrão soba cozido al dente e levemente untado com óleo de gergelim
    • 200 g de cogumelos shimeji brancos, descartando talos muito duros
    • 30 g de folhas de rúcula baby em vez de espinafre, para um toque picante
    • 2 cebolinhas frescas cortadas em pedaços de 4 cm
    • Molho ponzu caseiro com limão e tapioca
    • Mostarda japonesa (karashi) ou wasabi, opcional

Sobre os ingredientes

Os caldos precisam ser bons e não exagerados no sal, pois o molho shoyu já carrega sódio. Prefira caldo de galinha feito em casa, daquelas sobras que ficam melhor quando reaquece, e um caldo de carne concentrado premium para não perder o caráter robusto. Kombu substitui o nori para não pesar nem turvar o caldo, além de soltar menos areia, coisa comum com algas secas mais baratas. Troque cenoura por palmito pupunha cortado em tiras grossas para uma textura diferente, ou nabo para dar um crocante após a fervura. Para proteína além do boi, valem fatias finas de frango ou até tiras de peixe branco. Quem tem alergia ou evita soja pode usar tamari sem glúten, evitar molho de soja tradicional. Macarrão pode ser substituído por bifum de arroz para versão sem glúten. Cogumelos shimeji claro terceiro ingrediente que destaque, mude para cogumelo Paris fatiado se encontrar mais fácil. Rúcula no lugar do espinafre oferece amargor, mas atenção para não cozinhar demais. Molho ponzu caseiro junta limão, shoyu e um toque de vinagre de arroz, bem adaptado ao paladar brasileiro.

Modo de preparo

Preparo inicial

  1. Misturar na panela o caldo caseiro e o caldo concentrado de carne. Colocar o shoyu, o gengibre e a folha de kombu. Acender fogo médio-alto até começar a borbulhar, formando pequenas bolhas na superfície onde o líquido toca as paredes - espalho essa observação para não deixar fervendo forte. Cozinhar em fogo brando por uns 6 minutos, isso ajuda o gengibre liberar aroma sem amargar.
  2. Retirar gengibre e alga antes que o caldo fique turvo ou muito concentrado - se passar disso o sabor vira amargo e o caldo perde a leveza. Importante esse ponto, já que caldo escuro não combina com shabu-shabu.
  3. Jogar as cenouras no caldo e deixar macerar com a tampa por uns 6,5 minutos. Elas devem ficar macias porém firmes, sem perder a crocância. Teste com garfo - se entrar com um pouco de resistência, está no ponto.
  4. Separar cenouras, reservar em recipiente aquecido (mantenho sob papel alumínio) para servir na mesa.
  5. Montagem e finalização

    1. Levar a panela já com caldo ao centro da mesa sobre a placa elétrica ajustada para calor médio; o fundo da panela deve estar submerso na placa para aquecer uniformemente. Essa é a base do fondue, mantém o caldo borbulhando devagar, no volume ideal para cozinhar fatias finíssimas de carne rapidamente.
    2. Disponibilizar ao redor os complementos: carne, macarrão soba, cogumelos shimeji (desmanche-os em pequenos ramalhetes), rúcula e cebolinha. Assim cada um escolhe seu mix.
    3. No momento de comer, selecionar uma fatia de carne, molhar no caldo fervendo por instantes – só até mudar a cor, geralmente uns 10 a 15 segundos. Escola tradicional: carne deve ficar mal passada para preservar maciez; prolongar cozimento endurece a peça, não importa a qualidade.
    4. Macarrão e legumes podem ser mergulhados por mais tempo, principalmente cogumelos que liberam aroma. Roubo o truque de cozinhar a rúcula só no último minuto para manter notas de frescor e evitar amargor.
    5. O molho ponzu complementar tem toque cítrico, sempre adiciono limão espremido na hora e umas gotas de molho de peixe para dar profundidade; pode-se substituir por molho de soja diluído com vinagre.
    6. Para quem não curte wasabi, a mostarda japonesa oferece um sabor picante importante, muda a experiência do shabu-shabu tradicional mas não perde a essência.
    7. Dicas e desafios

      1. Atenção ao fogo; se muito forte o caldo evapora rápido e sobe temperatura demais, o que queima o shoyu e altera o sabor. Ideal manter fervura baixa durante toda a refeição, acrescentando água quente se necessário para não perder líquido.
      2. Se não achar kombu, uma folha de alga wakame funciona, mas deve ser retirada mais cedo para não interferir no amargor.
      3. Uso peito bovino para estimar a espessura das fatias - nem muito finas que se desfazem rápido, nem grossas demais que demoram a cozinhar.
      4. Macarrão diferente? Troque o soba por udon fresco, porém adapto tempo de cozimento na mesa para evitar empapamento.
      5. Experimentei com caldo feito só de cogumelos para opção vegetariana, usando tofu como proteína. Processo igual, só que a textura muda muito o impacto geral.
      6. Conservação do caldo entre as degustações cabe aqui: mantenha tampa na panela, evite exposição ao ar direto para não ressecar instantaneamente.
      7. Comigo, shabu-shabu virou experiência social; todo mundo cozinhando sua carne, falando sobre cortes e brindando com saquê gelado. No Brasil, substituir saquê por uma boa caipirinha de limão siciliano cria contraste interessante para o paladar. O calor leve do shabu no meio da roda é coisa fina.

Dicas de preparo

A técnica de shabu-shabu depende do caldo estar na temperatura certa: nem fervendo violento, nem morno demais. Bolhas pequenas e visual de ondulação no caldo indicam o calor perfeito para mergulhar carne sem passar do ponto. Gengibre e kombu esfriam o caldo com aroma delicado, mas precisam ser retirados antes que amarguem e muddlem o preparo. Cozinhar legumes al dente é fundamental para evitar vegetais moles e sem graça; por isso uso aquela técnica do garfo para sentir antes de tirar do fogo. À mesa, mantenho o fogareiro na potência média e limpo o prato ou pegador frequentemente para evitar a gordura que sobe na superfície ficar enjoativa. Servir com molhos a parte é essencial para adaptar ao gosto de cada um, além de facilitar o manejo dos ingredientes. Para iniciantes, recomendo separar a carne e legumes em porções pequenas para não perder o controle do cozimento na panela, evitando desperdício e perda do sabor original.

Dicas da chef

  • 💡 Fique de olho no caldo. Tem que borbulhar leve, não forte. Pequenas bolhas, aroma de gengibre. Se ferver demais, risco de amargo. Acréscimos de água quente resolve a evaporação.
  • 💡 Legumes devem entrar apenas após o caldo quase pronto. Cenouras devem ter crocância; teste com garfo. Se entrar com resistência, estão boas. Não perca a textura.
  • 💡 Se não achar kombu, experimente a alga wakame. Atenção ao tempo, deve ser retirada logo. Assim, evita amargor e ainda dá um sabor suave. Simples e eficiente.
  • 💡 A carne é crucial. Fatias precisam ser finíssimas, para cozinhar rápido. Nem grossas nem finas demais, achados assim estragam a textura. Use alcatra ou peito bovino.
  • 💡 No final, a mistura dos molhos é um jogo. Ponzu com limão e molho de peixe. A mostarda japonesa dá uma beleza e um calor. Para quem não curte muito, opte por wasabi bem controlado.

Perguntas frequentes

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