Aller au contenu principal
RF

Soufflé de chocolate sem glúten

Soufflé de chocolate sem glúten

Por Julia

Soufflé leve, aerado, com chocolate amargo e toque de baunilha, sem glúten e vegano-friendly com substituição, ideal para quem busca sobremesa sofisticada. Uso fécula de mandioca no lugar da fécula de milho, leite de amêndoas no lugar do leite de vaca, e troco a gema por purê de abacate para textura cremosa. Mergulhar no preparo dos ovos batidos no ponto certo e criar volume máximo faz toda a diferença para o crescimento. De fácil acabamento, mas exige atenção ao forno e remoção rápida para não murchar.
Preparo: 35 min
Cozimento: 30 min
Total: 65 min
Porções: 8 porções
#sobremesa #vegano #receita francesa
Sobremesas aeradas festejam o chocolate em seu estado mais nobre e delicado. Preparar soufflé é aventura de paciência e cuidado, principalmente quando trocamos ingredientes para caber na dieta sem glúten ou veganismos. A fécula de mandioca substitui a fécula de milho mantendo leveza e liga, enquanto o leite de amêndoas acrescenta sabor e textura, e a troca do creme fresco tradicional pelo purê de abacate dá cremosidade além do usual. Já perdi alguns soufflés que caíram na hora errada ou cozidos demais. Reconhecer o ponto pelo visual da massa estufada é mais importante do que relógio. Aqui não tem erro com esses passos adaptados para o cenário brazuca e mais saudável.

Ingredientes

  • 200 g chocolate meio amargo, picado
  • 40 ml (2 colheres de sopa) fécula de mandioca
  • 240 ml leite de amêndoas sem açúcar
  • 5 ovos, separados e em temperatura ambiente
  • 2,5 ml (1/2 colher de chá) creme de tártaro
  • 80 g açúcar refinado
  • 1 pitada de sal
  • 1 colher de chá extrato de baunilha
  • Sobre os ingredientes

    Chocolate meio amargo usado aqui tem pelo menos 60-70% de cacau. Se usar chocolate ao leite, o resultado será menos intenso e mais doce. A fécula de mandioca neutraliza sabores e ajuda a dar textura firme para a base, diferente da fécula de milho que pode deixar mais pegajosa. Leite vegetal sem açúcar não interfere no sabor, mas se usar outro tipo, ajuste quantidade para não deixar liquido demais. A baunilha é essencial para aroma, não pule– pode usar fava em riscos finos ou extrato industrial. Para veganos, substituir as gemas por purê de abacate é opção interessante e funciona como emulsificante, mas nunca tente criar espuma com abacate - as claras são indispensáveis para volume. Açúcar precisa ser refinado pra ajudar firmeza da meringue - cristal fino pode deixar arenoso.

    Modo de preparo

  • Prepara o forno: grade no centro, pré-aquecimento 185°C. Unte 8 ramequins grandes com manteiga vegetal ou óleo de coco e salpique açúcar cristal. Leve pra geladeira, assim a mistura não escorre e o açúcar cria base porosa.
  • Em panela pequena, dissolva a fécula de mandioca no leite vegetal frio. Põe no fogo médio e mexa rapido até ferver — fica um mingau leve e espesso. Tire do fogo.
  • Jogue rápido o creme quente sobre o chocolate picado, sem mexer por 2 minutos pra o calor derreter o chocolate por osmose. Depois mexa delicado até ficar uniforme. Misture a baunilha e, se quiser dar um twist, um pouquinho de café instantâneo dissolve e acentua o sabor.
  • Acrescente as gemas, uma por vez, mexendo com espátula suavemente para não talhar. Evite bater vigoroso pra mante a cremosidade do chocolate.
  • Em tigela seca e limpa bata as claras com o creme de tártaro e uma pitada de sal até espumar, comece em velocidade média e vá aumentando. Quando formar picos moles, acrescente o açúcar aos poucos, como se chover açúcar devagarinho para estabilizar a meringue. Bata até firmar picos firmes e brilhantes.
  • Agora vem o truque: adicione 1/3 das claras por cima da cremosidade do chocolate e mexa delicado com o fouet em movimentos de baixo para cima, só pra abrir a textura, soltando o chocolate.
  • Incorpore o restante das claras em 2 etapas, usando espátula grande, movimentos lentos e circulares. O segredo está em preservar o ar das claras, pra soufflé crescer alto – tem que parecer nuvem, leve e mantendo volume.
  • Divida a massa nos ramequins até a borda, não perca nada! Passe o dedo molhado só na borda pra garantir que não grudou - isso faz o soufflé subir retinho e não vaze. Limpe as beiradas com cuidado para evitar queimado no forno.
  • Coloque todos em uma assadeira e leve ao forno quente. Cheque depois de 18 minutos e observe o crescimento. O ponto é quando estiver 2,5 a 3 cm acima da borda e superfície levemente firme mas ainda brilhosa.
  • Sai do forno, cuidado que murcha em segundos; leva imediatamente à mesa. Se não tiver como servir na hora, cubra a boca do ramequim com filme plástico bem solto pra não murchar por logo tempo.
  • Dicas de preparo

    O segredo está no ponto das claras: deve formar picos firmes, mas com flexibilidade - se bater demais pode ressecar e quebrar o soufflé. A introdução gradual da meringue na crema de chocolate é essencial: um terço para soltar textura, depois o restante em movimentos lentos para preservar as bolhas de ar. Passar o dedo molhado pelo bordo evita que a massa grude e asse irregularmente – sem fazer isso, a pressão faz a massa crescer torta ou quebrar. Cozinhe até o ponto em que a superfície esteja firme, homogênea, mas com brilho e aparelho interno ainda úmido por baixo - mexa ou force antes desse ponto leva a murchar rápido. Sou fã de servir imediatamente e virar a mesa para os convidados impressionar com a altura e textura macia, quase aérea.

    Dicas da chef

    • 💡 Use chocolate com 60-70% de cacau. Isso garante um sabor intenso. Se usar chocolate ao leite, vai ficar mais doce. Cuidado com a escolha.
    • 💡 A fécula de mandioca é a estrela. Ajuda a dar a textura ideal sem glúten. Substitui a fécula de milho muito bem. Siga essa dica.
    • 💡 Claras em temperatura ambiente ajudam a firmar melhor. Se estiver fria, não bate direito. Isso afeta o crescimento do soufflé.
    • 💡 Se não puder servir na hora, cubra com filme plástico solto. Isso evita que murche. Mas cuidado, não deixe preso demais.
    • 💡 O ponto das claras é crucial. Forme picos firmes, mas não secos. Se bater demais, periga perder o volume do soufflé.

    Perguntas frequentes

    Você também vai gostar

    Ver todas as receitas →