Tajine de Cordeiro com Frutas Secas

Por Julia
Prato tradicional do norte da África adaptado com toque brasileiro. Cordeiro do Québec cozido lentamente com especiarias como ras-el-hanout e cúrcuma, acompanhado por frutas secas variadas que dão um contraponto doce ao sabor da carne. Ótimo para dias frios, o cozimento lento até desmanchar a carne garante textura macia, com aroma intenso que invade a cozinha. Livre de lactose, glúten, ovos e derivados do leite, ideal para quem busca conforto sem abrir mão do sabor.
Preparo:
20 min
Cozimento:
Total:
Porções:
6 porções
#carnes
#cozinha internacional
#vegetariano
#prato principal
Quem já cozinhou cordeiro sabe: o desafio está em extrair sabor e textura sem ressecar a carne, especialmente nos cortes mais duros. Aprendi que o segredo é juntar uma mistura de especiarias que conversam entre si e cocção lenta, prolongada o suficiente para que a carne quase derreta na boca. Acompanhada de frutas secas, ganha aquele adocicado natural que corta o peso do prato. Também é importante escolher um caldo de boa qualidade. Para dar um quê brasileiro, troquei a manteiga de amêndoas por um creme de castanha de caju, que uso bastante e traz untuosidade sem lactose. A junção dos aromas do chá, especiarias e canela anunciam que a refeição vai longe, perfeita para dividir com mais gente em dias especiais.
Ingredientes
Sobre os ingredientes
A mudança nas quantidades visa equilibrar melhor os sabores sem tirar a identidade da receita original. Use o creme de castanha de caju no lugar da manteiga de amêndoas para conferir cremosidade e leve dulçor, substituindo também a semente de erva-doce que é mais suave que o fenouil – uma erva muito usada mas às vezes agressiva para quem não está acostumado. O chá escuro serve de fundo umami, intensificando sabores, mas pode usar um chá preto forte comum se não tiver Earl Grey. As frutas secas podem ser adaptadas de acordo com o que encontrar; damascos e figos são mais tradicionais, mas se preferir pode incluir tâmaras ou mesmo passas pretas, só cuide para não adoçar demais. O pau de canela é indispensável e agrega aroma marcante.
Modo de preparo
Dicas de preparo
O processo de selar a carne em porções é fundamental – evita que o cordeiro cozinhe no próprio suco e se torne borrachudo. Se não tiver panela slow cooker, a opção da panela de barro com fogo baixo funciona bem, desde que fique coberta e você tome cuidado com o nível do líquido. O gesto de deixar cebola e alho dourar lentamente garante aquela doçura natural tão importante para balancear as especiarias, que se usadas em excesso podem ficar agressivas. Molhar com o chá é um toque original que ajuda a deglacear e potencializar aromas. O cozimento longo deve ser monitorado olhando a carne; textura é mais importante que o tempo contado. Neste prato, o aroma é o melhor termômetro – quando sentir cheiro de especiarias e carne esturricada, a etapa final está próxima. Retire a canela antes de servir para não amargar.
Dicas da chef
- 💡 Quando selar a carne, não jogue tudo de uma vez. Faz diferença. Importante pegar cor. Crostinha boa, sabor intenso. Sempre sal e pimenta na medida. A carne não pode cozinhar no próprio suco. Se não fritar bem, não vai ter sabor.
- 💡 Espere as cebolas e alho murcharem. Deixem caramelizar. Isso traz doçura. Ótimo para combinar com especiarias. Não queime, apenas dourar. O aroma é mágico. Forma a base do seu prato. O tempo certo é essencial.
- 💡 Controle a temperatura. Cozimento lento é chave. Não deixe que o fogo fique alto e secar tudo. É preciso de paciência. Se necessário, adicione caldo durante o cozimento. Fique de olho. Textura só se consegue assim.
- 💡 A escolha do caldo importa. Use caseiro quando possível. Se não tiver, caldo pronto funciona. Mas tem que ser bom. Isso faz grande diferença no sabor final. E as frutas secas aqui são adaptáveis. Experimente outras como tâmaras.
- 💡 Cuidado na hora de temperar. O ras-el-hanout pode ser forte. Faça um teste antes. E é sempre bom lembrar que o pau de canela é essencial. Retire antes de servir. Amargor não é o que queremos.