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Tajine de Cordeiro com Frutas Secas

Tajine de Cordeiro com Frutas Secas

Por Julia

Prato tradicional do norte da África adaptado com toque brasileiro. Cordeiro do Québec cozido lentamente com especiarias como ras-el-hanout e cúrcuma, acompanhado por frutas secas variadas que dão um contraponto doce ao sabor da carne. Ótimo para dias frios, o cozimento lento até desmanchar a carne garante textura macia, com aroma intenso que invade a cozinha. Livre de lactose, glúten, ovos e derivados do leite, ideal para quem busca conforto sem abrir mão do sabor.
Preparo: 20 min
Cozimento:
Total:
Porções: 6 porções
#carnes #cozinha internacional #vegetariano #prato principal
Quem já cozinhou cordeiro sabe: o desafio está em extrair sabor e textura sem ressecar a carne, especialmente nos cortes mais duros. Aprendi que o segredo é juntar uma mistura de especiarias que conversam entre si e cocção lenta, prolongada o suficiente para que a carne quase derreta na boca. Acompanhada de frutas secas, ganha aquele adocicado natural que corta o peso do prato. Também é importante escolher um caldo de boa qualidade. Para dar um quê brasileiro, troquei a manteiga de amêndoas por um creme de castanha de caju, que uso bastante e traz untuosidade sem lactose. A junção dos aromas do chá, especiarias e canela anunciam que a refeição vai longe, perfeita para dividir com mais gente em dias especiais.

Ingredientes

  • 800 g de paleta de cordeiro do Québec cortada em cubos grandes
  • 40 ml de azeite de oliva (aprox 3 colheres de sopa)
  • 2 cebolas médias picadas
  • 3 dentes de alho picados
  • 50 ml de creme de castanha de caju (substituição do manteiga de amêndoas, traz untuosidade sem lactose)
  • 8 ml de ras-el-hanout em pó (1 colher de sopa cheia)
  • 6 ml de cúrcuma em pó (1 colher de chá e meia)
  • 6 ml de sementes de erva-doce moídas (substitui as de fenouil, para um sabor mais delicado)
  • 200 ml de chá preto forte (Earl Grey ou outra infusão)
  • 450 ml de caldo de galinha caseiro ou pronto
  • 100 ml de damascos secos cortados ao meio
  • 100 ml de figos pretos secos cortados ao meio
  • 100 ml de cranberries secas
  • 1 pau de canela
  • 1 colher de chá de pimenta do reino em grãos para decorar (opcional)
  • Sobre os ingredientes

    A mudança nas quantidades visa equilibrar melhor os sabores sem tirar a identidade da receita original. Use o creme de castanha de caju no lugar da manteiga de amêndoas para conferir cremosidade e leve dulçor, substituindo também a semente de erva-doce que é mais suave que o fenouil – uma erva muito usada mas às vezes agressiva para quem não está acostumado. O chá escuro serve de fundo umami, intensificando sabores, mas pode usar um chá preto forte comum se não tiver Earl Grey. As frutas secas podem ser adaptadas de acordo com o que encontrar; damascos e figos são mais tradicionais, mas se preferir pode incluir tâmaras ou mesmo passas pretas, só cuide para não adoçar demais. O pau de canela é indispensável e agrega aroma marcante.

    Modo de preparo

  • Primeiro, aquecer o azeite numa frigideira grande, quente, mas sem deixar queimar. Dourar o cordeiro em porções para evitar juntar líquido demais; a ideia é selar bem até formar crostinha. Salgar e pimentar na medida.
  • Passar a carne para uma panela elétrica de cozimento lento ou uma panela de barro com tampa pesada.
  • Na mesma frigideira, adicionar as cebolas e o alho, reduzir o fogo e deixar murchar até perceber que estão translúcidos, com cheiro doce e quase caramelizado; isso cria complexidade no prato.
  • Jogar o ras-el-hanout, cúrcuma e sementes de erva-doce, mexer vigorosamente por cerca de um minuto para ‘torrar’ as especiarias e ativar aromas, mas cuidado para não queimar.
  • Deglacear com o chá preto forte - mexendo para soltar os sabores grudados no fundo da panela.
  • Adicionar o creme de castanha de caju para incorporar gorduras vegetais e um toque adocicado, mexer até ligar o molho.
  • Verter o caldo de galinha, juntar as frutas secas e o pau de canela.
  • Ferver rápido para juntar todos os elementos, provocar borbulhas e trazer o aroma do chá e das especiarias pela cozinha.
  • Despejar essa mistura sobre a carne reservada na panela de cozimento lento.
  • Cobrir e cozinhar em temperatura baixa por cerca de 4 horas e meia; a regra é olhar a carne: quando estiver se desfazendo ao toque do garfo, está no ponto.
  • Se usar panela comum, simular fogo baixo com panela pesada e acompanhar para não secar o líquido, adicionando um pouco de caldo ou água se necessário.
  • Na hora de servir, tirar o pau de canela, ajustar sal e pimenta se precisar, e polvilhar pimenta do reino moída fresca para um toque extra.
  • Sugiro acompanhar com cuscuz marroquino ou arroz branco para absorver o caldo rico e perfumado.
  • Dicas de preparo

    O processo de selar a carne em porções é fundamental – evita que o cordeiro cozinhe no próprio suco e se torne borrachudo. Se não tiver panela slow cooker, a opção da panela de barro com fogo baixo funciona bem, desde que fique coberta e você tome cuidado com o nível do líquido. O gesto de deixar cebola e alho dourar lentamente garante aquela doçura natural tão importante para balancear as especiarias, que se usadas em excesso podem ficar agressivas. Molhar com o chá é um toque original que ajuda a deglacear e potencializar aromas. O cozimento longo deve ser monitorado olhando a carne; textura é mais importante que o tempo contado. Neste prato, o aroma é o melhor termômetro – quando sentir cheiro de especiarias e carne esturricada, a etapa final está próxima. Retire a canela antes de servir para não amargar.

    Dicas da chef

    • 💡 Quando selar a carne, não jogue tudo de uma vez. Faz diferença. Importante pegar cor. Crostinha boa, sabor intenso. Sempre sal e pimenta na medida. A carne não pode cozinhar no próprio suco. Se não fritar bem, não vai ter sabor.
    • 💡 Espere as cebolas e alho murcharem. Deixem caramelizar. Isso traz doçura. Ótimo para combinar com especiarias. Não queime, apenas dourar. O aroma é mágico. Forma a base do seu prato. O tempo certo é essencial.
    • 💡 Controle a temperatura. Cozimento lento é chave. Não deixe que o fogo fique alto e secar tudo. É preciso de paciência. Se necessário, adicione caldo durante o cozimento. Fique de olho. Textura só se consegue assim.
    • 💡 A escolha do caldo importa. Use caseiro quando possível. Se não tiver, caldo pronto funciona. Mas tem que ser bom. Isso faz grande diferença no sabor final. E as frutas secas aqui são adaptáveis. Experimente outras como tâmaras.
    • 💡 Cuidado na hora de temperar. O ras-el-hanout pode ser forte. Faça um teste antes. E é sempre bom lembrar que o pau de canela é essencial. Retire antes de servir. Amargor não é o que queremos.

    Perguntas frequentes

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