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Tarte ao Açúcar em Pote

Tarte ao Açúcar em Pote

Por Julia

Uma variação da clássica tarte au sucre, adaptada ao gosto brasileiro. Massa amanteigada com açúcar mascavo e um toque de creme de leite fresco; camadas intercaladas em potes para porções individuais. A experiência envolve cores do dourado, textura macia e um aroma doce que invade a cozinha. O uso da fécula de mandioca em substituição à de milho dá firmeza sem perder o cremoso; o toque de mel cria uma liga mais complexa e um aroma único. Sólido, líquido, espuma – jogo de texturas e sabores numa sobremesa prática, versátil, fácil de guardar e servir. Essa receita é uma descoberta, que rouba tempo pela vontade de repetir.
Preparo: 50 min
Cozimento: 30 min
Total:
Porções: 12 porções
#sobremesa #receitas #culinária
Começar pela massa fria, manteiga cortada em cubos – sem isso, a textura vai ser meia boca. Descobri que o segredo é não inventar, respeitar esse passo. A receita vem do Canadá, mas adaptei com ingredientes da nossa despensa, mel no lugar do xarope de bordo, fécula de mandioca substituindo o milho; isso muda a textura do creme, deixa mais firme e denso, mas sem perder cremosidade. O tal creme é aquele momento mágico de ficar de olho na panela, mexer, esperar as bolhas pequenas surgirem nas bordas, sentir o ar doce da mistura. Montar em potes individuais é uma jogada de mestre para controlar a porção e deixar bonito. Essa sobremesa me surpreendeu em cada camada: massa crocante, recheio denso e a leveza do chantilly, tudo equilibrado por texturas e sabores que convidam pra uma segunda colherada.

Ingredientes

Massa

  • 480 ml (cerca de 2 xícaras) de farinha de trigo comum
  • 55 ml (¼ xícara) de açúcar refinado
  • 2,5 ml (½ colher de chá) de sal
  • 230 ml (1 xícara) de manteiga gelada cortada em cubos
  • 15 ml (1 colher de sopa) de leite integral
  • 1 ovo
  • Recheio

    • 480 ml (2 xícaras) de açúcar mascavo embalado
    • 60 ml (¼ xícara) de fécula de mandioca (substituindo a fécula de milho)
    • 480 ml (2 xícaras) de creme de leite fresco 35% de gordura
    • 200 ml (¾ xícara) de mel claro (no lugar do xarope de bordo)
    • 2 gemas de ovo batidas levemente
    • 1 ovo inteiro levemente batido
    • Chantilly

      • 375 ml (1 ½ xícara) de creme de leite fresco gelado
      • 75 ml (⅓ xícara) de açúcar refinado

Sobre os ingredientes

A mudança mais importante foi substituir a fécula de milho por fécula de mandioca, que tem uma textura mais firme e um pouco mais elástica, o que evita que a sobremesa fique mole demais depois de gelada. O mel no lugar do xarope de bordo traz um sabor mais complexo, com requintes florais e um pouco de acidez natural que corta a doçura intensa do açúcar mascavo, equilibrando o conjunto. A manteiga precisa estar bem gelada para garantir a crocância; se amolecer demais, o resultado pode ficar gorduroso e pesado. Usar creme de leite fresco com no mínimo 35% de gordura faz diferença na consistência do recheio e do chantilly. Se não tiver ovos frescos, sugiro ovos caipiras, que vão deixar o sabor mais intenso. Se faltar açúcar mascavo, pode usar uma mistura de açúcar cristal e melaço em proporções iguais para improvisar.

Modo de preparo

Massa

  1. Misture farinha, açúcar e sal num processador rápido; imperativo usar manteiga bem fria, mas não congelada, para dar aquela textura 'esfarelada' quando bater. Pulsar até parecer pedacinhos de ervilha, nunca virar pasta. Semater um disco jogando o leite e ovo por último, ligar só até a massa agarrar, senão fica pesada.
  2. Fazer um disco com as mãos, envolver em filme plástico e refrigerar pelo menos 30 minutos para firmar bem antes de abrir.
  3. Abrir com rolo numa superfície levemente enfarinhada para 3 a 5 mm de espessura; grosso demais perde crocância, fino demais quebra quando montar. Cortar 36 discos de aproximadamente 6 cm. Dispor em tabuleiro coberto com papel manteiga, voltar à geladeira por 25 minutos – requisito fundamental para não encolher ao assar.
  4. Pré-aquecer o forno a 205 graus Celsius, usar a grade inferior para o calor ser mais direto na base. Assar discos por aproximadamente 14 a 16 minutos até dourarem bem nas bordas e base; sair do forno e esfriar completamente sobre grade para não criar umidade embaixo.
  5. Recheio

    1. Misturar açúcar mascavo com fécula de mandioca em panela média. Juntar creme de leite, mel, gemas e ovo inteiro, mexendo vigorosamente para integrar tudo e não formar grumos. Cozinhar em fogo médio, mexendo sem parar com fouet; é lento, tem que cuidar para não talhar. O ponto surge quando borbulhas começam a aparecer nas bordas e mistura engrossa na textura de creme espesso – leva uns 12 minutos, mas use o olho e toque para saber se tá firme, nem líquido nem completamente gelificado.
    2. Desligar o fogo, passar o creme para tigela e cobrir com filme plástico colado diretamente na superfície – essa proteção evita aquela película chata que endurece com o ar. Resfriar até temperatura ambiente e depois gelar por pelo menos 1 hora até firmar mas continuar maleável.
    3. Chantilly

      1. Com o creme de leite muito frio, bater com açúcar até formar picos firmes; não passar do ponto para não virar manteiga. Usar batedeira rápida facilita, mas exercício do pulso e cuidado com a textura vão garantir cremosidade perfeita.
      2. Montagem

        1. Para cada pote Mason com capacidade de 250 ml, começar com um disco da massa no fundo. Soprar aroma de manteiga quente vem à mente. Colocar generosa porção do recheio, espalhar com cuidado para nivelar. Colocar um segundo disco por cima, cobrir com o chantilly. Finalizar com terceiro disco para fechar; fechar as tampas.
        2. Levar à geladeira por mínimo de 2 horas, o essencial para os sabores se assentarem e a textura do recheio firmar pra segurar tudo junto ao cortar. Melhor deixar mais tempo se puder, até uma noite.
        3. Guardar na geladeira até a hora de servir, que pede calma para não desmontar o charme visual e sensação fresca ao paladar.

Dicas de preparo

A massa pede atenção na temperatura: trabalhar rápido para não derreter a manteiga, que deve ficar em pedacinhos para criar aquela textura leve e quebradiça depois de assada. O ponto da massa é reconhecido quando ela começa a formar uma bola mas ainda está levemente pegajosa – nunca sovar demais, isso desenvolve glúten e endurece a base. Assar numa prateleira baixa para que o calor atinja diretamente o fundo do disco e deixe crocante. Para o recheio, mexer o tempo inteiro evita que os ovos cozinhem rápido demais e formem pedaços – paciência é a palavra no fogo médio. A textura certa é entre um creme espesso e uma espécie de pudim mole; se ferver demais, endurece demais depois. Cobrir a superfície com filme plástico colado evita a formação da película grosseira no creme. O chantilly deve ser firme, mas cuidado com o excesso de batedeira para não passar do ponto e ficar com aspecto de manteiga branca. Montagem em camadas garante a mistura ideal de cada textura na mordida; fechar bem para preservar a frescura. Essa sobremesa pede geladeira, calma para o sabor se revelar.

Dicas da chef

  • 💡 Importante ter a manteiga bem fria; se derreter demais na massa, fica pesada. Isso estraga a crocância. Sinta a textura, tem que ficar esfarelada. Intercalar os passos. Misturar rápido. Não sove a massa; isso libera glúten, deixando dura.
  • 💡 Ao fazer o recheio, mexer vigorosamente. Isso garante que não tem grumos. Fogo médio sempre. Fique de olho nas borbulhas. Quando sente o aroma doce subindo é hora de desligar. Esse creme é delicado demais. Se passar do ponto, pode talhar.
  • 💡 Montar em potes faz diferença na apresentação e o controle de porções. A primeira camada de massa deve ser bem moldada. Use a mão pra ajustar. Para o chantilly, é fundamental que o creme de leite esteja bem gelado; assim você consegue formar picos firmes sem virar manteiga.
  • 💡 Na hora de assar, a temperatura do forno é crucial. Coloque na prateleira inferior, pra base ficar crocante. Se deixar muito tempo, a massa escurece. A cor é o sinal. Se a borda dourar, já está bom. Não deixe esfriar numa superfície plana; a umidade estraga.
  • 💡 Ótima dica: o açúcar mascavo pode ser substituído por um mix de açúcar cristal e melaço. Misture igual para funcionar. Use ovos caipiras, são mais saborosos e trazem um toque especial. Para a fécula, o uso de mandioca faz diferença na textura; firme e elástica. Não passe do ponto no chantilly.

Perguntas frequentes

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