Tarte Flan de Canela e Ameixas

Por Julia
Massa doce crocante com leve toque de fermento para textura perfeita. Creme de confeiteiro aromatizado com canela, um clássico transformado pela sutileza do equilíbrio entre doçura e especiarias. Ameixas vermelhas maceradas em calda simples, trazendo acidez e brilho para a tarte. Uma sobremesa que exige paciência na montagem, mas recompensa com complexidade e frescor. Toque inusitado com iogurte grego no lugar da nata para suavizar e adicionar leveza ao creme. Técnica aprimorada para evitar bolhas e ressecamento na massa, além de dicas para confitar as frutas sem amolecer demais. Surpreende a textura e o sabor, com aromas que invadem a cozinha no forno.
Preparo:
50 min
Cozimento:
45 min
Total:
Porções:
8 porções
#dessert
#party
#french
Comecei a fazer essa tarte depois de cansar das versões que ou ficavam pesadas demais ou moles demais. Massa doce, crocante no ponto certo, com baixa fermentação para não encolher, creme de confeiteiro enriquecido com iogurte grego para suavizar a canela, e ameixas maceradas, mas firmes – equilíbrio delicado na textura. A confecção da tarte flan é um estudo de paciência: fazer a massa não endurecer, o creme coagular, e as ameixas ficarem brilhantes sem virar purê. O cheiro da canela na cozinha enquanto o creme engrossa me traz memórias da infância. É uma sobremesa que exige atenção aos detalhes, e que paga com uma harmonia de sabores intensa e surpreendente.
Ingredientes
Massa doce
- 150 g farinha de trigo não refinada
- 2 g fermento químico em pó
- 80 g manteiga sem sal amolecida
- 30 g açúcar de confeiteiro
- 1 ovo médio em temperatura ambiente
- 50 g açúcar refinado
- 25 g amido de milho
- 1 ml canela em pó
- 1 ovo inteiro
- 2 gemas de ovo
- 200 ml leite integral
- 120 ml iogurte grego natural
- 130 ml água filtrada
- 100 g açúcar cristal
- 3 ameixas vermelhas maduras mas firmes
Creme de confeiteiro de canela
Ameixas confitadas
Sobre os ingredientes
Trocar o fermento químico pelo bicarbonato altera a acidez e o sabor, então prefira fermento para massas doces. Usar manteiga sem sal evita surpresas no controle do sal, mas manteiga com sal vai bem se ajustar no tempero. Açúcar de confeiteiro garante textura fina na massa, mas açúcar refinado em pó pode substituir. Para o creme, substitui o creme de leite por iogurte grego natural; dá leveza e acidez sutis. Ameixas maduras demais viram purê, maduras e firmes são a chave. Se faltar ameixa, pêssego não decepciona, só confite menos tempo para não perder a textura.
Modo de preparo
Massa doce
- 1. Misture a farinha com o fermento numa tigela. Fermento na massa doce? Ajusta o toque, deixa a textura menos densa, fica mais aerada. Testei várias vezes, funciona.
- 2. Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar de confeiteiro até formar um creme claro – venha, tem que bater uns 3-4 minutos. Adicione o ovo e misture até uniformizar.
- 3. Com velocidade baixa ou espátula, junte a farinha gradualmente. Não trabalhe demais para não desenvolver glúten e endurecer.
- 4. Forre uma forma de 23 cm com fundo removível pressionando a massa com as pontas dos dedos no fundo e laterais. Não use rolo, que aquece e amolece demais.
- 5. Leve à geladeira por 40 minutos, isso evita encolhimento durante o cozimento.
- 6. Pré-aqueça o forno a 195 ºC. Fure o fundo com garfo para evitar bolhas. Cubra com papel alumínio e coloque uma camada de grãos secos (arroz ou feijão) para blindar.
- 7. Asse 18 minutos, retire o papel e grãos, asse mais 7 minutos até dourar levemente. Deve sentir cheiro tostado e bordas firmes, mas cuidado para não escurecer demais. Retire e deixe esfriar.
- 8. Misture o açúcar, amido de milho e canela num bowl pequeno. Incorpore o ovo inteiro e as gemas, mexendo para homogeneizar.
- 9. Aqueça leite e iogurte numa panela em fogo médio até começar a ferver ao redor, mexa com fouet no centro, lento e constante.
- 10. Adicione a mistura de ovos aos poucos ao líquido quente, mexa rápido para evitar coagulação, devolva tudo para a panela.
- 11. Cozinhe em fogo médio-baixo mexendo sem parar, raspando as paredes e fundo. Quando engrossar (como mingau firme), desligue e coe para eliminar grumos e garantir cremosidade sedosa.
- 12. Cubra com filme plástico direto sobre a superfície para evitar película, refrigere por pelo menos 3 horas até firmar.
- 13. Leve água e açúcar ao fogo alto até dissolver e começar a formar calda leve, sem borbulhas vigorosas.
- 14. Corte as ameixas em fatias finas, descartando o caroço com cuidado para não esmagar a fruta.
- 15. Coloque as fatias na calda quente, afaste do fogo e deixe ali por 3 minutos para absorver líquido sem perder forma.
- 16. Escorra com escumadeira, disponha numa travessa para esfriar e dar brilho.
- 17. Despeje o creme frio e firme sobre a massa já fria e firme para não misturar nem afundar.
- 18. Distribua as fatias de ameixa sobre o creme de forma irregular, sem medo. O visual fica mais vibrante e natural assim.
- 19. Se quiser, pincelar as ameixas com um pouco da calda restante para brilho extra.
- 20. Leve à geladeira por pelo menos 1 hora antes de servir para firmeza e equilíbrio de textura.
- Dicas finais: se não tiver iogurte grego, use creme de leite fresco; pode trocar ameixas por pêssegos ou nectarinas. Evite assar massa sem pesos depois do tempo inicial – solta água e murcha. Batida do creme deve ser silenciosa, evitar grumos ou bolhas. A canela pode ser substituída por noz-moscada para outra vibe. Massa pronta dura na geladeira até 3 dias, creme 2 dias, ameixas 1 dia para melhor textura.
Creme de confeiteiro de canela
Ameixas confitadas
Montagem
Dicas de preparo
No preparo da massa, o segredo é a refrigeração para evitar encolhimento. Massa fria, fácil de manejar. Assar com pesos protege a estrutura. Para o creme, misture os ovos antes de adicionar o líquido quente para evitar ovos coagulado – ação muito rápida com o amido, mexa sempre. Coar remove grumos e deixa textura sedosa. Plasmar a superfície do creme com filme plástico evita película seca. Confitar as ameixas rápido, sem ferver, preserva a fruta. Montar tudo com o creme muito frio evita que a massa absorva umidade. Tempo na geladeira crucial para firmar a base antes de rechear. Uma tarte com alma que exige técnica, mas entrega muito sabor.
Dicas da chef
- 💡 Use farinha não refinada para melhorar a textura. Essa farinha absorve mais umidade e dá um toque especial na base. Mantenha a manteiga fria também. Se ela aquecer demais, a massa fica mole.
- 💡 Cuidado ao misturar o creme. O calor do leite e do iogurte deve ser controlado. Ao adicionar à mistura de ovos, faça isso devagar. Mexa sempre, sem parar. Assim evita a coagulação.
- 💡 Caso não tenha ameixas, pêssegos são boas substituições. Mas confite menos tempo. Fruta madura demais vira purê, queremos preservar a forma. Ameixas firmes garantem crocância e frescor.
- 💡 A refrigeração da massa é essencial. Uma massa fria é mais fácil de manusear. Se estiver quente, ela gruda. Para evitar a umidade da massa, asse sempre com pesos sobre a base.
- 💡 Para um creme sem grumos, coar é fundamental. O resultado final precisa ser liso e sedoso. Se a mistura de ovos coagular, não desespere. Retire os pedaços, misture bem e passe novamente pelo coador.