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Tarte rústica de frutas

Tarte rústica de frutas

Por Julia

Uma torta rústica feita com uma massa simples, crocante e amanteigada, recheada com uma mistura suculenta de nectarinas, pêssegos e damascos. A doçura natural das frutas é equilibrada pela leve acidez e a textura da crosta dá aquele contraste bom. Cozida até a borda dourar e os sucos borbulharem, resultando num aroma convidativo e visual rústico que remete à cozinha caseira e campestre.
Preparo: 40 min
Cozimento: 35 min
Total:
Porções: 8 a 10 porções
#torta #frutas #receitas fáceis #culinária francesa
Já cansei de tentar tortas que ficam com massa pesada ou recheio encharcado; depois de algumas tentativas com frutas e experimentos na massa, descobri uns macetes importantes. Massa rica, fria e manuseada com pressa cria essa crocância leve e ao mesmo tempo firme, que não desmancha no meio do preparo. O uso do amido de milho para o recheio é salvador contra aquela água que chega do aquecimento das frutas maduras. Mudar um pouco a farinha tradicional por integral dá um toque que lembra a casa da avó, além de encorpar a textura, sem pesar. A gente aprende na prática que bom é juntar as frutas da estação, fatiar fino e distribuir com cuidado, sem exagero no recheio para não transbordar. Parece bobagem, mas o cuidado na preparação da borda faz toda a diferença na apresentação e na firmeza da torta. Cheiro de fruta caramelizando e massa dourada no forno… difícil resistir.

Ingredientes

Massa

  • 215 g farinha de trigo integral fina (substitui parte da farinha branca para textura e sabor; dá um toque rústico)
  • 23 g açúcar de confeiteiro
  • 6 ml fermento químico em pó
  • 1 ml sal fino
  • 110 g manteiga sem sal muito fria, em cubos pequenos
  • 55 ml iogurte natural integral (ou creme de leite leve para uma massa mais rica)
  • 12 ml água gelada (use gelo triturado se estiver muito quente na cozinha)
  • leite para pincelar
  • açúcar cristal ou demerara para polvilhar
  • Recheio de frutas

    • 950 g frutas variadas: nectarinas, pêssegos e damascos cortados em fatias finas e uniformes
    • 100 g açúcar granulado (pode trocar por açúcar mascavo, dá um sabor mais caramelo)
    • 6 ml amido de milho (misturado ao açúcar para evitar que os líquidos fiquem muito soltos)
    • uma pitada de canela em pó opcional, para um toque aromático

Sobre os ingredientes

A farinha usada não precisa ser exatamente integral, pode variar conforme o que tiver em casa, até farinha de aveia funciona se quiser inovar, só cuidado para não alterar a liga. Açúcar mascavo é mais escuro, então se estiver fazendo uma torta mais aberta, o visual muda, mas o sabor fica mais complexo. Manteiga tem que estar bem fria, não vale usar margarina ou manteiga amolecida, isso compromete totalmente a textura. Iogurte natural pode ser substituído por creme de leite, se quiser algo mais gorduroso e suave na massa. Sobre as frutas, escolha as que estiverem frescas e firmes, mesmo as maduras podem ser levemente firmes para evitar que soltem muito líquido. Sempre corte em fatias finas e uniformes para um cozimento homogêneo. Se estiver muito quente, é melhor preparar a massa com as mãos frias e usar gelo em vez de água gelada no processo.

Modo de preparo

Massa

  1. Pré-aqueça o forno a 215 ºC; posição da grade no centro. Prepare uma assadeira com tapete de silicone ou papel manteiga para evitar grudar. A manteiga deve estar gelada, senso comum mas crucial: ajuda a criar uma textura quebradiça com bolhas pequenas, não gordurosa.
  2. Num processador, combine a farinha integral, açúcar de confeiteiro, fermento e sal; pulse rápido pra misturar. Adicione a manteiga e processe em pulsos curtos até parecer pequenos grãos do tamanho de ervilhas, sinal da gordura distribuída, que vai dar uma crocância firme mas delicada.
  3. Junte o iogurte e a água gelada aos poucos; pulse só até a massa começar a unir – não deve formar uma bola completamente homogênea, para não ativar o glúten e virar massa dura. Se precisar, pingue um pouquinho mais de água gelada, mas cuidado pra não encharcar. Tire do processador e forme um disco com as mãos rapidamente sem aquecer demais.
  4. Polvilhe farinha na bancada e abra o disco em círculo de aproximadamente 35 cm (14 polegadas). Tente manter uma espessura uniforme, porque massas muito finas queimam rápido, e grossas ficam cruas no meio. Transfira com cuidado para a assadeira – o ideal é enrolar no rolo e desenrolar já sobre o papel.
  5. Recheio

    1. Misture as frutas com o açúcar, o amido de milho e a canela se usar, numa tigela grande. O amido vai absorver o excesso de líquido durante o cozimento, evitando que a crosta fique encharcada e garantindo que os pedaços de fruta fiquem bonitos e firmes. Se as frutas estiverem muito maduras, reduza o açúcar pra equilibrar doçura e acidez.
    2. Distribua o recheio ao centro da massa, deixando uma borda livre de uns 5 cm – não pano de prato, dobra cuidadosa pra fechar e criar pregas rústicas. Não force a dobra demais pra não rasgar a massa ao assar; pregas deixam visual bonito e as frutas apararem suculência sem escorrer.
    3. Pincele as bordas da massa com leite, cuidadosamente para não pingar nas frutas, e polvilhe açúcar cristal na borda – isso vai criar uma textura crocante e um brilho dourado no forno.
    4. Assar por cerca de 28 a 33 minutos. Observe a crosta: tem que ficar bem dourada e firme. Os líquidos das frutas devem borbulhar e soltar aroma intenso, sinal que caramelização está rolando. Se o açúcar começar a escurecer muito rápido nas bordas, cubra com papel alumínio para não queimar. Use tempo como guia, mas prioridade para a cor e o som do borbulhar.
    5. Retire do forno e deixe esfriar um pouco antes de cortar para que o recheio se assente e não escorra ao servir. Sirva ainda morna com iogurte natural ou uma bola de sorvete de creme – essa combinação fresca equilibra a doçura e traz contraste de temperatura que é ouro.
    6. Dicas: para variar, substitua iogurte por creme azedo ou creme de leite para uma massa mais amanteigada. Se estiver sem fermento químico, pode usar bicarbonato só se acrescentar um ácido (exemplo: umas gotas de limão no iogurte). Caso as frutas estejam muito firmes, dê uma leve passada rápida em frigideira para amolecer antes de montar.

Dicas de preparo

O segredo está na textura da massa depois do processamento: deve parecer areia grossa com pedacinhos de manteiga, não uma bola homogênea. Isso garante quando assar a crocância quebradiça. Pra abrir a massa, sempre polvilhe farinha com moderação para evitar que ela grude, mas sem exagero para não endurecer. No recheio, misturar frutas com açúcar e amido evita aquela calda aguada que estraga tudo e mantém a massa crocante. Durante o cozimento, se as bordas dourarem rápido demais, cubra com papel alumínio para proteger e deixe o centro continuar cozinhando. Siga mais os sinais visuais e sonoros que o relógio. Quando a borda está dourada e o recheio borbulhando, pode tirar. Ao tirar do forno, é melhor esperar esfriar levemente, assim o recheio não escorre na hora de cortar e tudo mantém a forma rústica bonita.

Dicas da chef

  • 💡 A massa precisa estar fria. Manteiga bem gelada. Faço questão disso. Se não, a crocância vai embora. Use água bem gelada. E não misture demais.
  • 💡 A escolha das frutas importa muito. Nectarinas, pêssegos, damascos. Variar frutas é essencial. Se usar mango, fica bom também. Mas cuidado, pode soltar mais água.
  • 💡 O amido de milho é fundamental. Misture com açúcar. Não deixe a mistura aguada. E se as frutas estiverem muito maduras, reduza o açúcar. A amargura aparece.
  • 💡 A borda não pode queimar. Observa bem, se assa rápido, papel alumínio. Páro tudo e cubro pra proteger. Tempo é bom, mas cor é melhor. Olho sempre.
  • 💡 Sirva com sorvete. O contraste de temperatura é mágico. Faz toda a diferença. Ou com iogurte fresco. Isso equilibra a doçura e traz leveza ao prato.

Perguntas frequentes

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