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Terrine de Peixe Cremosa

Terrine de Peixe Cremosa

Por Julia

Terrine feita com filés frescos de peixe branco substituindo por filés de tilápia e substituindo creme de 35% por creme de leite fresco. Legumes diferentes, usando ervilhas tortas no lugar das asperges, e cenoura manteve, mas em cubos. Cozimento feito em banho-maria, leve variação no tempo para garantir textura firme e úmida, ideal para servir fria com pão artesanal. Rende seis a oito porções. Técnica útil para capturar o sabor delicado do peixe sem perder a suculência. Perceba a textura aveludada pronta pelo tato, e o aroma sutil do creme com ervas frescas.
Preparo: 35 min
Cozimento: 25 min
Total:
Porções: 6 a 8 porções
#entrada #peixe #receitas francesas
Passei anos tentando acertar a terrine de peixe. A ideia básica é simples – peixe branco batido com ovos e creme, cozido em banho-maria para textura firme e fresca, que pode ser fatiada e servida fria. Mas não é trivial. O segredo está na escolha do peixe – tilápia é mais acessível que o tradicional peixe branco, e não perde muito em sabor. Outra mudança importante: trocar creme 35% por creme de leite fresco deixa o resultado mais leve, menos amanteigado. Uso ervilhas tortas no lugar das tradicionais asperges; dão frescor e textura crocante, e cenoura em cubos pra dar cor e doçura. A prática diz: respeite tempo e temperatura; ovo demais vira borrachudo e pouca cocção deixa cru no meio. Mantenha o olho na cor e a textura deve sair perfeita.

Ingredientes

  • 430 g filés de tilápia frescos, cortados em pedaços
  • 5 ovos
  • 260 ml creme de leite fresco
  • 50 ml cebolinha fresca picada
  • 2,5 ml sal
  • Pimenta-do-reino moída na hora a gosto
  • 100 g ervilhas tortas cozidas
  • 1 cenoura descascada, cozida em cubos
  • Sobre os ingredientes

    Para começar, peixe fresco é crucial, mas se encontrar a tilápia limpa e fresca for difícil, pode usar filé de pescada amarela ou namorado, desde que esteja firme ao toque e sem cheiro forte. Congelar por uns 15 minutos facilita processar e evita que o peixe exale líquido em excesso, o que prejudica a textura final. Creme de leite fresco substitui o creme 35%, traz sabor mais delicado e uma textura menos pesada. Para ervas, farinha com cebolinha funciona, mas pode usar salsinha ou dill para nuances diferentes – só não exagere, o peixe tem que cantar. Os legumes aqui variam conforme estação; ervilhas tortas dão crocância, mas brócolis ou palmito também funcionam, desde que cozidos para não murchar dentro da terrine. Sal e pimenta são essenciais; não economize – sem tempero, perde a graça. Caso fique líquido demais, adicione uma colher de sopa de farinha de arroz para ajudar na firmeza sem pesar no sabor. Use papel manteiga de boa qualidade e unte toda a forma, assim evita dor de cabeça na hora de desenformar.

    Modo de preparo

  • Pré-aqueça o forno a 175 °C. Não é exato, mas o forno tem que ficar na temperatura certa para não ressecar a terrine; 180 deixa muito seca, 160 demora demais.
  • Já que o peixe deve estar bem gelado para ser processado, coloque os filés no freezer por 15 a 20 minutos. Isso ajuda a formar uma pasta sem ficar esfarelado demais.
  • Forre uma forma tipo pão com papel manteiga, deixando sobra nas laterais para virar a terrine depois. Passe manteiga generosamente para evitar grudar; não é lugar para economia.
  • No processador bata até virar pasta o peixe gelado. Garanta que não vire um purê líquido – textura gelatinosa é sinal de peixe passado demais.
  • Adicione os ovos e pulse para incorporar, não bata demais para evitar entrada de ar que pode montar bolhas na textura final.
  • Junte o creme fresco, mais frio, e pulse rapidamente para misturar. Use uma espátula para incorporar a cebolinha. Salpique o sal e tempere com pimenta do reino na medida. Mexa com calma para distribuir.
  • Espalhe metade da mistura na forma. Arrume as ervilhas tortas e os cubos de cenoura por cima em uma camada uniforme; é a surpresa visual que dá charme e textura à fatia depois.
  • Complete com o restante do creme de peixe, alise com espátula e pressione delicadamente para compactar sem esmagar.
  • Monte banho-maria: coloque a forma dentro de uma assadeira grande e encha com água quente até atingir metade da altura da forma. Isso evita bordas secas e cozimento desigual.
  • Leve ao forno e cozinhe por cerca de 25 a 30 minutos. Observe: quando a terrine estiver firme e ligeiramente amarelada na superfície e um palito sair limpo ao espetar, está no ponto certo.
  • Retire do forno, deixe esfriar um pouco para firmar a textura antes de levar à geladeira. Mínimo 4 horas, o ideal é de um dia para o outro.
  • Desenforme puxando as bordas do papel, corte com uma faca afiada. Sirva frio com pão de fermentação natural e uma salada verde para equilibrar a textura cremosa.
  • Dicas de preparo

    O passo de congelar o peixe por 15 a 20 minutos não é frescura, ajuda a conseguir uma mousse homogênea e evita que o líquido escape e crie textura arenosa. Processar até ver uma pasta fina, mas parar antes de virar um purê líquido, que estraga o cozimento, é treino. Mistura homogênea com os ovos, creme e ervas é chave; mexa com espátula para manter leveza na hora de montar. Arrumar as ervilhas tortas e cubos de cenoura em camada única cria contrastes visuais e texturais que são o charme. Banho-maria é o passo que deixa a terrine macia, nada de colocar a forma direto no forno – isso assa e resseca. Fique de olho na firmeza, teste com palito, e observe a cor levemente dourada na superfície. Depois de pronta, deixar esfriar em temperatura ambiente faz a terrine firmar o suficiente para desenformar sem abrir rachaduras. Geladeira por mínimo 4 horas, de preferência um dia, intensifica sabor e deixa textura perfeita para fatiar. Para servir, faca afiada é indispensável, uma faca de pão corta muito bem sem esmagar. Pão artesanal, de fermentação natural, valoriza esse tipo de entrada gelada na perfeição.

    Dicas da chef

    • 💡 A textura é questão de técnica. Congelar o peixe garante que fique homogêneo ao processar. Evita borra e textura arenosa. Faça isso sempre para aumentar suas chances.
    • 💡 Se você não achar tilápia fresca, pode usar pescada amarela. Limpa, firme ao toque. Ponto essencial. Ou até namorado se disponível. Variantes ajudam a manter a receita acessível.
    • 💡 Cuidado com o tempo de forno. Verifique a cor da superfície. Tem que ficar levemente dourada. O palito deve sair limpo. Cozinhar muito resulta em borrachudo.
    • 💡 Papel manteiga é um aliado. Use-o generosamente e unte bem a forma. Evita a dor de cabeça no momento de desenformar. Não economize em manteiga, é crucial.
    • 💡 Manter ervas em equilíbrio é fundamental. Cuidado para não enjoar. Cebolinha é suave, mas salsinha é uma boa alternativa. Procure sempre o sabor do peixe como protagonista.

    Perguntas frequentes

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