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Torta de Maçã Brasileira

Torta de Maçã Brasileira

Por Julia

Torta com recheio de maçãs variadas, textura entre firme e macia, crosta amanteigada. Combina duas maçãs diferentes para um resultado complexo, com toque de especiarias renovado pela noz-moscada e limão. Crosta feita com farinha integral reforça sabor e resistência. Ponto certo no forno é chave, textura da massa contra o toque ao olho. Variação do tradicional francês, mas com adaptação brasileira nas proporções e ingredientes, garantindo torta suculenta e pouco doce.
Preparo: 50 min
Cozimento: 50 min
Total:
Porções: 8 porções
#torta #maçã #sobremesa #caseira
Sabe aquela torta que chama atenção pelo aroma, pelo contraste textura? Não é só misturar maçã + açúcar. Tem que entender a relação entre a fruta e a crosta. Já testei várias versões, umas ficavam meio aguadas, outras duras como pedra. Combinar maçãs Fuji com Gala não é por acaso, uma firme, outra mais suculenta, cria o jogo de texturas que historicamente tento decifrar. Trocar a canela pela noz-moscada traz um frescor diferente; raspas de limão ajudam a balancear doçura. E nada de farinha branca, farinha integral é pit stop para comer com a consciência mais leve e sabor diferente. Cozinha não é regra, é experimentação até achar o ponto perfeito pra você.

Ingredientes

Recheio de maçã

  • 50 ml manteiga sem sal
  • 200 ml açúcar mascavo
  • 2,3 litros maçãs Fuji descascadas e cortadas em 6 partes (8-10 médias)
  • 450 ml maçãs Gala peladas e cortadas em 6 partes (2 médias)
  • 2 ml noz-moscada ralada
  • 5 ml raspas de limão siciliano
  • Massa

    • 450 ml farinha integral fina
    • 1,5 ml sal
    • 200 ml manteiga fria em cubos
    • 100 ml água gelada
    • 10 ml vinagre de maçã

Sobre os ingredientes

Manteiga deve estar sempre gelada pra massa manter a crocância; substitua por óleo de coco para versão vegana, mas espere massa menos firme. Açúcar mascavo dá cor e umidade sem exagerar no doce; se não tiver, use açúcar demerara, que se aproxima. No lugar das maçãs Fuji, pode trocar por Brasileira Nacional, como a apple juá, adaptando o tempo de cocção para amadurecimento total. Vinagre de maçã é importante para a textura da massa, ajuda na formação do glúten, se não tiver use um pouco de limão. A medida da água é variável, vai até o ponto da massa formar bola, sem grudar nas mãos ou no processador.

Modo de preparo

Massa

  1. Comece misturando a farinha, sal e manteiga no processador em pulsos curtos. Importante parar quando o tamanho for de ervilhas para garantir crocância, nada de exagerar e deixar a massa pesada.
  2. Jogue água gelada e vinagre, só até formar uma bola. A massa não pode ficar grudenta nem seca demais, use as pontas dos dedos para sovar rápido e envolver tudo rapidamente.
  3. Separe em duas bolas achatadas, envolva em plástico e mande pra geladeira por pelo menos 30 minutos. Refrigeração ajuda a manteiga firmar e evita encolhimento depois.
  4. Recheio

    1. Em frigideira grande, derreta a manteiga em fogo médio-alto e joga açúcar mascavo até formar uma calda ligeiramente dourada. Não deixe queimar, mexa rápido.
    2. Junte as maçãs, noz-moscada e raspas de limão. Mexa para uniformizar e cozinhe mexendo de vez em quando uns 15 a 20 minutos, até que uma parte esteja mole, outra coma açúcar, bem diferente de purê.
    3. O ideal é sentir maçãs bem macias, ainda com pouco líquido residual, que engrossa mexendo sempre.
    4. Montagem

      1. Forre uma forma de 23 cm com uma das massas, pressionando com os dedos, incluindo laterais. Se sobrar massa na borda, reserve para decorar.
      2. Coloque o recheio no centro, fazendo um monte não espalhado, reforça suculência no meio e crocância nas beiradas.
      3. Abra o segundo disco e com cortadores pequenos faça 5 furos espalhados, para vapor sair e evitar bolhas na crosta, mas não mais que isso para manter a umidade.
      4. Cubra a torta com a segunda massa, pressione as bordas apertando com os dedos, depois finalize com garfo para evitar abertura no forno.
      5. Pincele levemente água ou ovo batido para garantir a cor dourada, eu prefiro água para não pesar no sabor.
      6. Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus. Importante colocar a grade o mais baixo possível, para crostinha por baixo ficar firme.
      7. Asse por cerca de 50 minutos, ou quando a crosta estiver dourada, firme ao toque e o recheio chegar a borbulhar por alguns minutos pelas saídas.
      8. Deixe esfriar pelo menos 30 minutos antes de cortar para não desmanchar. Torta aguenta até 3 dias à temperatura ambiente, mas no calor recomendo geladeira para evitar melaço.
      9. Dicas e truques

        1. Se não tem maçã Fuji, vá de maçã verde para balancear o doce do mascavo. Se não tiver vinagre de maçã, suco de limão funciona. Trocar manteiga por margarina não traz crocância, massa perde textura, evite.
        2. Durante a cocção do recheio, se hora estiver muito líquido, aumente um pouco o fogo para evaporar. Se secar demais, adicione um fio de água na massa, mas com moderação.
        3. Na hora de abrir a massa, farinha é amiga para não grudar, mas não exagere ou torta fica seca e dura.
        4. Experimente juntar pedaços de goiabada derretida no recheio para um sabor brasileiro reforçado, vai por mim.
        5. Evite abrir o forno nas primeiras 30 minutos para não afundar a crosta.
        6. Até conseguir sentir o ponto ideal do recheio, vai errar umas três vezes, paciência e banco de horas na cozinha. Cada fruta tem seu jeito.

Dicas de preparo

No preparo da massa, evite bater demais no processador para não aquecer a manteiga. Massa quente = torta dura. Refiltre o recheio após seu cozimento para tirar excesso de líquido, mas não descarte tudo ou torta ficará seca. Cuidado ao fechar a torta, uma borda bem selada evita que o recheio vaze e demore para assar. O tempo no forno é guia, observe cor da crosta e a borbulha do recheio pelas saída – só aí indique que está pronto. Respeite o descanso após o forno para que o recheio firme e não escorra ao cortar. Para pincelar, água é melhor que leite para não amolecer a massa, mas ovo vai dar a cor mais bonita. Se a torta ficar pálida, aumente um pouco o forno nos últimos minutos, fique de olho para não queimar.

Dicas da chef

  • 💡 Primeiro, a manteiga deve estar bem gelada. Isso é fundamental para a crocância. Se aquecer, a massa vai ficar pesada. E a crosta deve ser leve e quebradiça. Lembre-se: não bata demais no processador. Ensaios anteriores ensinaram isso bem.
  • 💡 Se sua massa ficar grudenta, não fique desesperado. Acrescente um pouquinho mais de farinha integral de forma controlada. Mas atenção! Exagerar nessa hora resulta em uma torta seca e dura. A prática é a chave. Experiência é tudo.
  • 💡 Quando fizer o recheio, não esqueça das maçãs. Fuji traz firmeza, enquanto Gala dá suculência. Combine! Se não encontrar esses tipos, use maçãs verdes que oferecem a acidez necessária pra equilibrar o doce. Alternativas são sempre boas.
  • 💡 Preste atenção ao tempo de forno. A crosta deve ficar com um tom dourado. Isso é um sinal de que está pra ficar do jeito certo. Se ela estiver pálida, aumente um pouco a temperatura. Fique de olho. Queimar não é uma opção.
  • 💡 Cuidado ao abrir o forno. Mantenha a porta fechada pelas primeiras meia hora. Isso mantém calor e garante que a torta cresça corretamente. O resultado é essencial. Se abrir e afundar, já era a sua obra-prima.

Perguntas frequentes

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