Aller au contenu principal
RF

Vitela Marsala com Batatas

Vitela Marsala com Batatas

Por Julia

Corte da vitela desconstruído, ossos usados pra fundo de sabor. Dourar tudo na mesma panela pra extrair gostos intensos. Marsala substituído por vinho tinto seco, deixa o prato mais brasileiro com toque ácido. Batatas rattes trocadas por batata bolinha, firmeza ideal. Cozimento lento pra carne ficar macia, quase derretendo. Chá de alho substitui a coriandra, combinação surpreendente e mais comum aqui. Chorizo vira linguiça calabresa, tempero mais familiar e picante. Acompanhado de couve refogada na manteiga, prato rústico e completo. Sem pressa, usar aroma e textura como guia, não relógio. Resultado final com caldo encorpado, carne suculenta e batatas macias, visual vibrante e cheiro que anuncia festa.
Preparo: 35 min
Cozimento:
Total:
Porções: 6 porções
#prato principal #comfort food #receita fácil
Quando comecei a cozinhar vitela em casa, uma coisa era clara: não tem atalho pra pegar sabor intenso e textura macia. Aí o marsala tradicional brasileiro às vezes falta, o tinto tem personalidade, vira um braço forte no prato. Manter os ossos junta toda a definição do caldo, aquele perfume terroso que enlouquece. Batatas bolinha substituem as rattes, porque aqui é o que encontro com firmeza na feira, e funcionam demais. Linguiça dá um toque conhecido do Brasil, foge do chorizo importado, e a pimenta do reino ao invés da coriandra me ajuda a trazer o calor que a língua aqui ama. Aprendi na marra, errando batata cozida demais e carne dura. Deixei o cozimento mais longo, mas sempre atento à textura, porque nem só o relógio manda. Resultado que lembra panela da mãe, mas com conversa moderna.

Ingredientes

  • 1,4 kg palette de vitela com osso
  • 50 ml azeite de oliva
  • 1 c. de chá de chá de alho em pó
  • 100 g linguiça calabresa em cubos
  • 4 cebolinhas frescas cortadas em quartos
  • 1 xícara vinho tinto seco (substitui marsala)
  • 1 litro de caldo de galinha
  • 750 ml de batata bolinha cortada ao meio
  • 1/4 xícara salsinha picada
  • sal e pimenta do reino preta moída na hora
  • Sobre os ingredientes

    Trocar ingredientes às vezes é questão de encontrar o que está na despensa. Marsala tem substituto que mantém a acidez e a doçura natural: vinho tinto seco. A linguiça calabresa é mais fácil de achar que chorizo e dá aquele caráter picante que não deixa a receita sem graça; não corta a gordura da mesma forma, então fica mais rico. Chá de alho no lugar da coriandra traz um aroma diferente, mais próximo do que temos no Brasil e agrada bastante por firmar como tempero único, evita confusões em família. Batata bolinha suporta bem o cozimento e tem a casca fina, dá textura firme mas macia. Se tiver problemas com caldo pouco espesso, pode engrossar no final com um dedo de farinha dissolvida no caldo frio, mexendo bem para não empelotar – truque da cozinha rápida. Sal e pimenta pro final porque assim você controla melhor.

    Modo de preparo

  • Primeiro, tirar os ossos da vitela, mantendo-os. Ah, carne tem que estar quase sem gordura aparente. Pittar em cubos grandes. Ossos vão pro fogo primeiro, essa é a base do sabor.
  • Na panela grande, aquecer 30 ml de azeite em fogo médio. Quando começar a chiar, jogar os ossos pra dourar, mexer ocasionalmente, até ficarem caramelizados, uns 12 minutos. Reservar em um prato – trava o sabor dessa forma.
  • Voltar a panela pros cubos de carne. Dourar aos poucos em fogo forte, virando pra cor uniforme. Cuidado pra não lotar e cozinhar no vapor. Acrescentar o chá de alho, sal e pimenta. Reservar separado para não soltar líquido e perder cor.
  • Na mesma panela, colocar o restante do azeite. Juntar a linguiça calabresa e cebolinhas. Fritar até começar a ficar crocante e caramelizado, aromas intensificando. Deglacear com o vinho tinto, raspando o fundo pra soltar tudo. Deixar reduzir um pouco até o cheiro do álcool sumir – isso é crucial pra não ficar amargo.
  • Adicionar os cubos de vitela e os ossos, logo em seguida o caldo de galinha fervente. Aumentar fogo até primeiro borbulhar, baixar pro mínimo e tampar. Cozinhar por cerca de 1h05 até sentir a textura da carne começar a ceder. Testar com garfo, deve entrar quase sem resistência.
  • Jogar as batatas bolinha e deixar cozinhando descoberto. Tempo varia, se batata amolecer rápido, desligar. Fique de olho, batata virar purê é erro clássico. Cerca de 40 minutos, mexendo delicadamente pra não desmanchar nada.
  • Retirar os ossos com pegador, procurar pequenos espinhos e eliminar qualquer surpresa desagradável. Corrigir sal e pimenta, o caldo deve estar concentrado e saboroso.
  • Por fim, salpicar salsinha picada pra frescor. Servir imediatamente com couve refogada na manteiga ou espinafre refogado, equilíbrio perfeito entre abrazo rústico e toque verde.
  • Dica final: se sobrar, memória é usar caldo como base pra risoto, aproveita tudo sem desperdício. Carne fria pode endurecer, prefira consumir logo, ou reutilizar.
  • Dicas de preparo

    O segredo da receita está em dourar bem tudo, não apressar o processo. Ossos, carne, linguiça e cebola – cada um na sua vez – extrair os sucos melhora demais a complexidade do prato. Evite mexer enquanto carameliza; som do chiado forte indica que está limpando o gosto cru e hidratando a panela para deglacear depois. Deglacear com vinho tinto no fogo certo evita que o cheiro alcoólico domine. Cozinhar com tampa fechada a maior parte do tempo mantém a temperatura estável e umidade no ponto. Depois, abrir para cozinhar as batatas deixa que os líquidos evaporem e o caldo engrosse naturalmente. Use teste do garfo para saber ponto da carne e das batatas; paciência é o que manda aqui. Na hora de retirar ossos, cuidado para não deixar fragmentos ou cartilagens que dificulte o consumo. Finalizar com ervas frescas sempre eleva, mas nada substitui o cheiro liberado pela carne cozida com a linguiça e o vinho casando tudo.

    Dicas da chef

    • 💡 Quando for dourar a carne, não tenha pressa. Sinta o cheiro e observe a cor mudar. Essa parte é crucial pra deixar tudo bem saboroso. Se você encher a panela, a carne vai soltar água. Isso é erro comum. Pode deixar tudo no fogo. Silêncio e paciência são suas melhores amigas.
    • 💡 Na hora de escolher o vinho tinto, evite os muito doces. Um seco combina melhor. O álcool precisa evaporar. Isso tira o sabor amargo. Deglacear bem ajuda. É o que traz os sabores que grudam no fundo da panela. Cheiro bom vem disso.
    • 💡 Batatas bolinhas, firmeza é tudo. Elas não desmancham fácil. O tempo de cozimento é variável, então fique atento. Quando o garfo entrar com pouca resistência, está no ponto. Um erro clássico? Deixar virar purê. Mexa devagar e com cuidado.
    • 💡 Na hora de retirar os ossos, atenção. Eles são fundamentais pro sabor, mas pequenas partes podem ficar. Use um pegador e verifique. O caldo deve estar bem concentrado. A textura é tudo. Se sentir que tá ralo, pode engrossar com um pouco de farinha dissolvida no caldo.
    • 💡 Finalizando, sempre acrescente salsinha. Traz frescor. E não esqueça da couve refogada. Isso é tradição. O verde equilibra. Um toque no prato que faz a diferença. Aroma e cor sempre importam.

    Perguntas frequentes

    Você também vai gostar

    Ver todas as receitas →